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Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Interações sociais de casais vivendo com HIV dez anos após introdução dos anti-retrovirais no Brasil
Autor(es): Juliana Mara Felisberto
primer Tutor: Maria Imaculada de Fatima Freitas
primer miembro del tribunal : Palmira de Fátima Bonolo
Segundo miembro del tribunal: Francisco Carlos Felix Lana
Resumen: Este estudo tem o objetivo de compreender as interações sociais de casais infectados pelo HIV dez anos após a instituição da terapia anti-retroviral (TARV) no Brasil, comparando seus resultados com estudo realizado por Freitas, em 1998, sobre o mesmo objeto e com a mesma metodologia. A proposta teórico-metodológica, de cunho qualitativo, fundamenta-se nas teorias interacionistas e foi realizada com entrevistas abertas, em profundidade, analisadas com base na análise estrutural de narração. Foram abordados seis casais heterossexuais com, pelo menos, um ano de vida de vida em comum e em tratamento para o HIV/aids em um serviço público de referência em Belo Horizonte, Minas Gerais. A interpretação dos dados apontou três categorias temáticas: a descoberta da soropositividade pelos cônjuges; as interações no interior do casal; as interações do casal com o exterior. No momento da descoberta, ainda estão presentes sustos, medos do inesperado, choque, tristeza, angústia e fuga, apesar de os participantes saberem dos avanços científicos no campo do HIV. As falas atuais acusam menor medo da morte, presente de forma intensa há dez anos, mas esse medo está implícito quando as pessoas afirmam a necessidade de mudança de visão da vida para se realizarem planos em curto prazo. O relacionamento conjugal foi abordado pelos participantes antes do diagnóstico, durante a revelação e como está hoje. As dificuldades são as mesmas e as diversas formas de segredo transitam nos pólos da confiança e da desconfiança no cotidiano dos casais. Com relação à família há escolhas de revelar ou esconder a verdade sobre o diagnóstico, havendo necessidade de dissimulações, pequenas mentiras e omissões, geralmente, para se proteger do risco de maledicências e de preconceito, ou para proteger os familiares próximos de sofrimentos. Nas interações com o círculo social, os casais continuam mantendo segredo quanto à soropositividade, principalmente pelo medo do preconceito. Apenas os mais próximos compartilham do diagnóstico, não havendo mudança com relação aos resultados encontrados no estudo de 1998. Há dificuldades para a socialização e a adaptação à nova trajetória de vida e os profissionais de saúde devem criar estratégias de acompanhamento que incluam o atendimento aos casais e suas famílias.
Abstract: This study has the objective to comprehend the social interactions of couples affected by the HIV ten years after the institution of the anti-retroviral therapy (ARVT), comparing its results with the study done by Freitas, in 1998, about the same object and using the same methodology. The theoretical-methodological proposal, with a qualitative aspect, is funded on the interaction theories and was done with open interviews, analyzed based on the structural narration analysis. Six heterosexual couples, with at least one year of common life and being treated for HIV/aids in a public service in the city of Belo Horizonte, Brazil were interviewed. The data interpretation pointed three thematic categories: The discovery of the soropositivity by the partners; The interaction in the inside of the couple; The interaction of the couple with the exterior. In the moment of the discovery, there is still presence of fear of the unexpected, shock, sadness, apprehensiveness and get away, even though the participants knew the scientific advances in the HIV field. The current speeches show a smaller fear of death, intensely present ten years ago, but this fear is implied when people affirm the need to change the view of life to do short terms plans. The relationship was approached by the participants before the diagnosis, during the revelations and how it is today. The difficulties are the same and the various forms of secrets travel between the confidence and the lack of confidence in the daily life of the couple. When it comes to family, there are choices to reveal or hide the truth about the diagnosis, existing the need of dissimulations, small lies and omissions, generally to protect the risk of prejudice or to protect the family members from suffering. In the interactions with the social circle, the couples continue to maintain the secret about the seropositivity, especially because of prejudice. Only the closer ones share the diagnosis, and there are no changes related to the results found in the study of 1998. There are difficulties to socialize and adapt to the new life path and the health professionals must create accompaniment strategies that include the care for the couples and for their families.
Asunto: Brasil
Soropositividade para HIV/psicologia
Humanos
Enfermagem
Pesquisa Qualitativa
Preconceito
Anti-Retrovirais
Casamento
Conjuges
Sindrome de Imunodeficiência Adquirida/psicologia
Relacões Interpessoais
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/GCPA-7V8JCP
Fecha del documento: 8-may-2009
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