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Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Evolução tectonotermal e processos multifásicos de mineralização de ouro no Depósito Turmalina, Quadrilátero Ferrífero, Brasil: geologia, análise estrutural, geotermometria e isópopos de enxofre
Autor(es): Wendell Fabricio da Silva
Primeiro Orientador: Carlos Alberto Rosiere
Primeiro Coorientador: Bernhard Manfred Buhn
Primeiro membro da banca : Atlas Vasconcelos Corrêa Neto
Segundo membro da banca: Fabricio de Andrade Caxito
Resumo: O depósito Turmalina ocorre na base do greenstone belt Arqueano Rio das Velhas, na região NW do Quadrilátero Ferrífero. A sucessão litológica consiste em uma sequência metavulcano-sedimentar metamorfisada na fácies anfibolito. Um granito da Suíte Intrusiva Mato Dentro ocorre em contato discordante com esta sequência. Os corpos minerais estão confinados em zonas de cisalhamento WNW-ESE, mergulhando para NNE. Dois eventos deformacionais são descritos em Turmalina, G1 e G2. A geração de estruturas G1 se desenvolveu em um evento compressivo e progressivo com transporte tectônico inicial de N para S que migrou a NNE para SSW durante o Arqueano. A segunda geração de estruturas G2 é interpretada como resultado de um regime transpressivo sinistral de direção NE-SW, possivelmente no Paleoproterozóico. Os corpos minerais estão relacionados a veios compostos por quartzo (>80%) fumê e leitoso, carbonato e sulfetos. O sulfeto mais abundante é pirrotita, que normalmente está associada a arsenopirita e pirita. A abundância de ouro é diretamente proporcional à concentração de arsenopirita. Três associações de sulfetos são identificadas, sendo as duas primeiras mineralizadas. Os sulfetos de primeira associação com ouro precipitaram próximos ao pico metamórfico (em temperaturas inicialmente em torno de 590 ºC, chegando a 510 ºC) e guardam íntima relação com o desenvolvimento de G1, que certamente precede a intrusão granítica (datada em 2664±35 Ma). A segunda associação de sulfetos com ouro é possivelmente produto de remobilização da primeira e é interpretada como de idade Paleoproterozóica. Estes sulfetos se recristalizaram em um ambiente de resfriamento com temperaturas variando de 490 a 366 ºC. Três gerações de granada foram reconhecidas no Depósito Turmalina: Grt1, Grt2 e Grt3. Grt1 mostra estágio de crescimento com núcleo pré a sin-tectônico e borda tardi-tectônica associado ao evento Arqueano G1 e em condições de retrometamorfismo (máximo de 625ºC no núcleo e mínimo de 548 ºC nas bordas). O início da precipitação dos sulfetos da primeira associação se deu antes do término de seu crescimento. Grt2 está associada à ascensão e instalação do corpo granítico nas rochas encaixantes. Esta granada é de origem tardi a pós-tectônica em relação ao evento G1 e se deu em condições de metamorfismo progressivo. Grt3 tem ampla distribuição espacial no depósito e seu crescimento ocorreu associado ao metamorfismo regional, sendo interpretada como pós-G1 e pré-G2. Pirrotitas, arsenopiritas e piritas pertencentes à primeira e segunda associação teve uma gama de valores de 34S de 3.29 a 4.42 e 2.94 a 5.76, respectivamente. Comparando com outros depósitos no QF e no mundo e usando dados geológicos, interpreta-se que o fluido responsável pela mineralização no Depósito Turmalina tenha origem metamórfica, sendo favorecido pelo aumento da temperatura durante a ascensão do corpo granítico.
Abstract: The Turmalina gold deposit is located in the NW of the world-class Quadrilátero Ferrífero iron-gold province, at the base of the Archean Rio das Velhas greenstone belt. The lithological succession consists of a volcano-sedimentary sequence intruded by the Mato Dentro Granitic Suite. The gold-bearing orebodies are confined to shear zones. The Archean G1 compressive event starts with an initial N-S shortening and then moves towards transport from the NNE to the SSW. The second generation of structures G2 is interpreted as the result of a continuous activity of the transpressional G1 shear zone however under ductile-brittle conditions. Three sulfides assemblages are identified, first two mineralized in gold. The first sulfide assemblage is associated with the G1 metamorphic peak that precedes the granitic intrusion at 2664±35 Ma. The second association of sulfides, remobilized during a decrease in temperature, is associated to the G2 event. Three generations of garnet were recognized. Grt1 depicts a pre- to syntectonic core and late-tectonic rim developed during the G1 event. Garnet-biotite temperatures yielded up to 625ºC for the cores and a minimum of 548°C for the rims. Grt2 is late- to post-tectonic, associated with the intrusion of the granite, yielding temperature near the peak of metamorphism. Grt3 occurs as late stage blasts overgrowing the pervasive G1-tectonic fabric. The 34S isotope values from the first and second sulfide assemblages range from 3.29 to 4.42 V-CDT and 2.94 to 5.76 V-CDT, respectively. In comparison with other gold deposits from worldwide, it is suggested that the Au derives from sedimentary and/or volcano-sedimentary layers such from the Nova Lima Group. The hydrothermal fluid responsible for the gold mineralization at the Turmalina deposit developed initially during prograde metamorphism at upper amphibolite facies conditions, shortly before the temperature peak associated with granitic intrusion, and continued until lower temperatures (around 510 oC). The gold remobilization and the formation of a second sulfide assemblage occurred at a post-metamorphic stage during the G2 event at temperatures between 490 and 366°C.
Assunto: Ouro  Quadrilátero Ferrífero (MG) -
Enxofre  Isótopos 
Termometro e termometria 
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/IGCC-AHGEDS
Data do documento: 29-Jul-2016
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