Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-76LJ8N
Type: Dissertação de Mestrado
Title: Gênese, caracterização e cronologia das tufas da Serra das Araras, Mato Grosso
Authors: Daniel Correa
First Advisor: Philippe Maillard
First Referee: Cristiane Valeria de Oliveira
Second Referee: AUGUSTO SARREIRO AULER
Third Referee: LUIS BEETHOVEN PILO
Abstract: Na face leste da Província Serrana mato-grossense, na região da serra das Araras, ocorrem notáveis depósitos de tufas ativas e fósseis. Os primeiros são depósitos essencialmente fluviais, de pequena espessura, estratificados, bastante friáveis, e de reduzida distribuição espacial na área de estudo. Os depósitos fósseis, denominados de formação Xaraiés, são representados por tufas calcárias distribuídas em cerca de 30km de extensão, com espessura máxima identificada de 20m, de grande variedade faciológica e de evolução complexa. O objetivo principal deste estudo é caracterizar os depósitos de tufas da serra das Araras e compreender sua gênese. A caracterização compreendeu a definição da área de ocorrência e o limite do depósito, sua estratigrafia interna e no contexto da geologia na qual está inserida, a discriminação faciológica dos litotipos e os processos atuantes sobre o depósito. A fim de melhor caracterizar os depósitos, amostras da formação Xaraiés foram datadas por meio do 230Th/234U por ICP/MS, e análise químicas por fluorescência de raios X foram aplicadas em diversas amostras. O mapeamento original existente para as rochas da formação Xaraiés foi refeito, resultando em ampliação da área do mapeamento anteriormente existente. A espessura do depósito foi revista, indicando uma espessura confirmada de 20m, em contradição com dados existentes na literatura onde o depósito exibiria 100m de espessura. As relações de contato das rochas da formação Xaraiés com as unidades limitantes foram melhor definidas, porém a estratigrafia interna do depósito não foi satisfatoriamente estabelecida neste trabalho, devido ao comportamento maciço e ao processo de desmonte ao qual o depósito foi submetido. A variedade faciológica dos depósitos foi interpretada a partir de diferenciações macroscópicas dos litotipos, com base em critérios de dureza, cor, material fóssil, e condição erosiva (in situ ou rolado). Para os litotipos da formação Xaraiés foram identificadas quatro distintas fáceis. As tufas neoformadas foram identificadas com base em características morfodeposicionais, sendo identificados tipos em barragem, cachoeira, margem de leito fluvial, e pântano. As datações confirmaram o caráter fóssil da formação Xaraiés (idades obtidas entre =100 mil anos e ±600 mil anos), e são indicativos de uma deposição muItitemporal, considerando os efeitos de uma limitação amostral. Os dados de elementos maiores e perda fogo oriundos de 23 amostras de tufas fósseis e neoformadas confirmaram os elevados teores de CaO para todas as amostras, e valores muito baixos de MgO. Indicaram também a sílica como o principal componente não carbonático para as amostras analisadas. São resultados químicos concordantes com a literatura, que não contribuíram na diferenciação dos litotipos. A variedade faciológica dos litotipos Xaraiés não parece estar ligada a diferenciações químicas, mas sim a fatores pós-deposicionais, responsáveis por maiores ou menores alterações da rocha, a exceção do conteúdo fossilífero. As tufas neoformadas estão restritas, mormente aos leitos fluviais e praticamente desaparecem fora do trecho serrano. Sua origem está ligada à existência de dois fatores: (1) fluídos ricos em CaC03; (2) forte gradiente hidráulico responsável pela turbulência de fluxo. Informações de campo levam a crer que períodos de menor precipitação sejam mais propícios à formação dessas tufas devido a menor capacidade erosiva das drenagens, além disso nestes períodos há uma menor diluição da água. A origem das rochas da formação Xaraiés, por sua vez, está ligada a um forte condicionante hidrogeológico, com a surgência pretérita de fluídos ricos em CaC03, extravasados no contato entre os membros inferior (calcítico) e superior (dolomítico) da formação Araras. O estabelecimento de uma relação de causa e efeito entre formação de tufas e mudanças climáticas passadas não pode ser desenvolvida neste trabalho, devido ao caráter ainda preliminar dos dados existentes
Subject: Mato Grosso
Calcário Mato Grosso
Geologia
Geologia estratigráfica
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-76LJ8N
Issue Date: 10-Jul-2006
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
caracterizacao_cronologia.pdf11.9 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.