Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/SMOC-9KPNVR
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Tratamento da lesão dermonecrótica induzida pelo veneno de Loxosceles laeta com dapsona e células-tronco mesenquimais
Autor(es): Guilherme de Caro Martins
Primeiro Orientador: Marilia Martins Melo
Primeiro membro da banca : Katia Cristina Barbaro Nogueira
Segundo membro da banca: Benito Soto Blanco
Resumo: Objetivou-se avaliar os efeitos das células-tronco mesenquimais, isoladas e associadas à dapsona em feridas dermonecróticas em coelhos submetidos à inoculação de 20 g de veneno de Loxosceles laeta. Foram utilizados 25 coelhos machos, adultos, Nova Zelândia, com peso médio de 1,0 kg, distribuídos em cinco grupos de cinco animais. À exceção do grupo controle negativo (CN), que foi submetido apenas à aplicação de água ultrapura, todos os outros grupos foram submetidos à aplicação de 20 g de veneno de Loxosceles laeta na região interescapular e tratados 4 horas após a inoculação do veneno, da seguinte forma: grupo controle positivo (veneno + PBS); grupo DAP (veneno + 2 mg/kg de dapsona); grupo CTMs (veneno + células-tronco mesenquimais) e grupo DAP + CTMs (veneno + dapsona e células-tronco mesenquimais). Os animais foram avaliados diariamente e realizados registros fotográficos em altura pré-definida de 50 cm para posterior análise da evolução da área da ferida por morfometria. Amostras de sangue foram coletadas imediatamente antes da aplicação do veneno e 3, 6, 9 e 12 dias após, para avaliação e monitoração de parâmetros hematológicos e bioquímicos, incluindo proteinograma. Após 12 dias os animais foram eutanasiados e amostras de pele de (5 cm x 6 cm) ao redor da lesão foram retiradas e fixadas em paraformol para posterior análise histológica. No hemograma, houve leucocitose e discreta anemia (p< 0,05), três dias após a inoculação do veneno, nos grupos que receberam veneno, exceto no grupo DAP+CTMs em que a leucocitose não foi observada. No perfil proteico, observou-se aumento significativo de alfa-2 globulina (p< 0,05), 3 h após a inoculação do veneno, exceto no grupo que recebeu dapsona. Após a avaliação da taxa de contração das feridas, observou-se que as CTMs isoladas e associadas com dapsona, proporcionaram recuperação tecidual mais rápida, quando comparada aos outros tipos de tratamento. Em relação à histopatologia foi observado que os animais do grupo CP apresentaram extensas áreas de necrose, úlceras, intenso infiltrado neutrofílico e mineralização. Os animais tratados com dapsona, CTMs e associação entre as terapias apresentaram lesões menos significativas com áreas de mineralização e angiogênese. Além disso, observou-se maior deposição colagênica, principalmente devido ao colágeno do tipo III, no grupo DAP+CTMs, quando comparadas com o CN (p< 0,05). Conclui-se que a terapia com CTMs, principalmente quando associadas com a dapsona, devem ser consideradas como terapia futura para o loxoscelismo cutâneo.
Abstract: This study aimed to evaluate the effects of mesenchymal stem cells (MSC), isolated and associated with dapsone in dermonecrotics wounds in rabbits inoculated with 20g of Loxosceles laeta venom. 25 male adult rabbits, New Zealand, with an average weight of 1.0 kg were divided into five groups (n = 5). Except for the placebo group (PG), in which was only inoculated ultrapure water, in all other groups were applicated 20g of Loxosceles laeta venom in the interscapular region and treated four hours after with: phosphate buffer saline (PBS); dapsona (2mg/kg); MSCs (1,25X106) and association of dapsona and MSCs. The animals were evaluated daily and photographic records made at pre-set 50 cm for further analysis of the evolution of the wound area by morphometry. Blood samples were collected immediately before the application of poison and 3, 6, 9 and 12 days for evaluation and monitoring of hematological and biochemical parameters, including protein concentrations. After 12 days the animals were euthanized and skin samples (5cmx6cm) around the lesion were removed and fixed in paraformol for subsequent histological analysis. In Blood cell count, mild anemia and leukocytosis was observed (p< 0.05) three days after inoculation of the poison, except in the group which we associated dapsona e MSC where leukocytosis was not observed. In protein profile, there was a significant increase in alpha- 2 globulin (p< 0.05), 3 hours after venom inoculation, except in the group receiving dapsone. After evaluating the rate of wound contraction, we observed that MSC isolated or in association with dapsone, showed faster tissue repair when compared to other types of treatment. Histologically it was observed that the animals that received PBS showed extensive areas of necrosis, ulcers, intense neutrophilic infiltrate and mineralization. Animals treated with dapsone, MSCs and with the association between the therapies had fewer significant lesions with areas of mineralization and angiogenesis. Moreover, we observed a higher collagen deposition, mainly due to collagen type III, in the group that received dapsona + MSCs when compared with PG (p < 0.05). We conclude that therapy with MSCs, particularly when associated with dapsone should be considered as a future therapy for cutaneous loxoscelism.
Assunto: Aranha Veneno
Loxosceles Veneno
Coelho como animal de laboratório
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/SMOC-9KPNVR
Data do documento: 14-Jan-2014
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