Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/VGRO-8D8P6P
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Excluir, isolar e conviver: um estudo sobre a lepra e a hanseníase no Brasil
Autor(es): Luciano Marcos Curi
Primeiro Orientador: Betania Goncalves Figueiredo
Primeiro membro da banca : Mauro Lucio Leitão Condé
Segundo membro da banca: Rita de Cassia Marques
Terceiro membro da banca: Isabela Maria Bernardes Goulart
Quarto membro da banca: Anny Jackeline Torres da Silveira
Resumo: A lepra e a hanseníase são diferentes. Um exame histórico particularizado evidencia essa afirmação. Uma e outra pertencem a épocas e conjunturas díspares e estão ligadas a estilos de pensamento próprios. Este trabalho situa a lepra e a hanseníase nas suassingularidades, essas vistas a partir da história brasileira devidamente contextualizada na história Ocidental. Neste contexto, salienta as rupturas e peculiaridades de ambas, contrapondo-se a continuidade geralmente estabelecida entre elas. Procura também mostrar que o uso irrefletido da palavra lepra eclipsa uma descontinuidade históricosocialque existiu materializada nas práticas de exclusão e isolamento dos leprosos. Essas práticas foram amplamente utilizadas, mas eram diferentes e a variação que historicamente representavam é um indício inconteste das descontinuidades da história da lepra e da impropriedade de aproximá-la da história da atual hanseníase. Portanto,essa pesquisa procurou demonstrar que a hanseníase é uma doença nova e não um novo nome para a velha lepra. Examinadas retrospectivamente, esquivando-se dos anacronismos rotineiros, o advento da hanseníase evidenciou-se a partir da gênese e emergência de um saber científico específico que passou a definir essa doença. Talconstatação foi possível a partir da realização de uma análise histórico-cultural empreendida sob inspiração da teorização de Ludwik Fleck. Em suma, definitivamente, hanseníase não é lepra.
Abstract: Leprosy and hansen's disease are different. A! particularized historical examination evidences that assertion. Both of them belong to different times and situations and are linked to their own thought style . This work located leprosy and hansen's disease in their uniqueness, these views from the Brazilian history properly contextualized in Western history. In this context, it stresses the ruptures and peculiarities of both, in contrast withthe generally established continuity between them. It also seeks to show that the thoughtless use of the word leprosy eclipses socio-historical discontinuity that existed embodied in practices of exclusion and isolation of lepers. These practices have been widely used, but they were different and the variation that historically represented is incontestable evidence of discontinuities in the history of leprosy and the impropriety of bringing it to the history of current hansen's disease. Therefore, this research sought to show that hansen's disease is a new disease and not a new name for the old leprosy. Examined retrospectively, dodging routine anachronisms, the advent of hansen's disease became evident from the genesis and emergence of specific scientific knowledge that came to define this disease. This finding was possible after the realization of a culturalhistorical analysis undertaken under the inspiration of the theory of Ludwik Fleck. In short, definitely, hansen's disease is not leprosy.
Assunto: Medicina História
Saúde pública
Hanseníase
Doenças História
História
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/VGRO-8D8P6P
Data do documento: 16-Dez-2010
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
tese_de_luciano_marcos_curi.pdf9.51 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.