Pelo rio Mapuera: Reflexões sobre arqueologia e etnologia indígena na Amazônia e Guiana

dc.creatorCamila Pereira Jacome
dc.date.accessioned2019-08-10T06:51:22Z
dc.date.accessioned2025-09-08T23:17:34Z
dc.date.available2019-08-10T06:51:22Z
dc.date.issued2011-08-29
dc.description.abstractThis work intends to contribute to the archaeological and ethnological scholarship engaged with discussing long-term relationships and internal and external policies among the indigenous populations of the Amazon region. Ethnographers argue that there are two main conflicting visions concerning that topic: one of them claims that there are intense relations between different groups, linked by extensive political, trading, and kinship networks (Gallois 2005). The other favors notions of atomism and political isolation among indigenous groups (Rivière 1984). The example of the Waiwai Indians (Mapuera River northern Pará) with whom we have been working since, allows us to demonstrate how both modes work together and operate synchronously in a complementary manner. Some ethnographers (Lathrup 1970, Roosevelt 1980) argue that chiefdoms already existed in the prehistoric period, while others contend that if that were the case, large populations development and sustainability would not be possible in the rainforest. Our project attempts at overcoming this quandary by looking at both modern indigenous societies and archaeological remains to better understand the societies of this region In order to examine if these modalities existed before the European colonization, we peruse and discuss the most recent archeological scholarship concerning the middle Amazon region (Neves, 2010; Moraes 2010, Lima 2009), more specifically the Tapajós and Trombeta regions (Gomes 2009; Guapindaia 2008), and alongside the coast of Guyana (Rostain 2010). The main disagreement between the two hypotheses relevant to some archaeologists (Lathrap 1970, Roosevelt 1980) concerns the existence or not of chiefdoms since the prehistoric period, and the observation made by anthropologists that suggests that the current population form small, autonomous societies. Such tension is a result of theoretical impasses and methodological differences as well as of difficulties of dialogue between the two disciplines. We have noted that the two fields of knowledge tend to conceive of indigenous political parties, past and present, as very dissimilar. Our conclusion therefore is that the absence of historical exchange between archeology and anthropology contributed to the lack of a productive debate on Amerindian societies of the past and present.
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1843/BUOS-97GKBU
dc.languagePortuguês
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Gerais
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subjectAntropologia
dc.subjectÍndios Waiwái
dc.subjectAmazonia
dc.subjectEtnologiaa
dc.subject.otherArqueologia
dc.subject.otherAmazônia
dc.subject.otherGuianas
dc.subject.otherEtnologia indígena
dc.subject.otherWaiwai
dc.titlePelo rio Mapuera: Reflexões sobre arqueologia e etnologia indígena na Amazônia e Guiana
dc.typeDissertação de mestrado
local.contributor.advisor1Andre Pierre Prous Poirier
local.contributor.referee1Ruben Caixeta Queiroz
local.contributor.referee1Cristiana Nunes Galvão de Barros Barreto
local.description.resumoO presente trabalho pretende articular de forma complementar a arqueologia e a etnologia indígena da Amazônia, para pensar as relações políticas internas e externas entre grupos indígenas ao longo do tempo. Iniciamospor apresentar duas visões conflitantes propostas pelos etnólogos: uma delas, que focaliza a existência de relações entre diversos grupos interligados por extensas redes políticas, comerciais e de parentesco (Gallois 2005), e o outra que privilegia o atomismo ou isolamento político dos grupos indígenas (Rivière 1984). A partir do exemplo atual dos grupos indígenas Waiwai do Rio Mapuera (grupo do norte do Pará), verificamos que estes dois modos políticos, aparecem juntos e operam sincronicamente por complementaridade. Também existe uma oposição teórica entre os arqueólogos. Para alguns deles (Lathrap 1970, Roosevelt 1980), existiram cacicadosno período pré-colonial, visão opostas aos primeiros trabalhos sobre a floresta tropical não suportaria o desenvolvimento nem a sustentabilidade de grandes grupos (Meggers 1954). Para verificar se estas duas modalidades poderiam ser encontradas em tempos anteriores à colonização européia, apresentamos e discutimos as pesquisas arqueológicas recentes realizadas no médio Amazonas (Neves, 2010; Moraes 2010; Lima 2009), nos rios Tapajós e Trombetas, (Gomes 2009; Guapindaia 2008) e no litoral das Guianas (Rostain 2010). Estas pesquisas têm indicado que também houve diversidade de formas políticas no passado. A oposição entre a hipótese pertinente para alguns arqueólogos (Lathrap 1970, Roosevelt 1980) da existência de chefaturasno período pré-histórico e a observação pelos etnólogos do fato que as populações atuais, formam pequenas sociedades autônomas, deve-se tanto aos impasses teóricos e a diferenças metodológicas quanto às dificuldades de diálogo entre as duas disciplinas. Notamos que atualmente os dois campos de conhecimento, tendem a conceber as formações políticas indígenas, atuais e antigas, como diversas. A conclusão, portanto, é que ausência histórica de intercâmbio entre arqueologiae antropologia contribuiu para a falta de debates de fato rentáveis sobre as sociedades ameríndias do passado e do presente.
local.publisher.initialsUFMG

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
versao_2013.pdf
Tamanho:
16.58 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format