Avaliação dos primeiros cem óbitos por COVID-19 e transmissão intra-hospitalar, um risco negligenciado no início da pandemia

dc.creatorKarina Martins Nogueira Napoles
dc.date.accessioned2023-05-11T11:45:45Z
dc.date.accessioned2025-09-09T01:27:57Z
dc.date.available2023-05-11T11:45:45Z
dc.date.issued2022-05-11
dc.description.abstractO mundo enfrentou uma das maiores crises de saúde pública e econômica com a pandemia de COVID-19 de inicio em dezembro 2019 em Wuhan, China. Nenhum estudo detalhado regional no Brasil dos primeiros óbitos por COVID-19 foi realizado anteriormente. Esse estudo objetivou descrever características demográficas, clínicas e radiológicas dos primeiros 100 óbitos por COVID-19 de Belo Horizonte. Estudo transversal dos primeiros cem óbitos por COVID-19 ocorridos em BH, capital de MG. Os dados foram coletados dos prontuários médicos, de agosto/2020 a outubro/2020 utilizando uma ficha de investigação de óbitos, disponibilizada pelo Centro Informações Estratégicas Vigilância Saúde (CIEVS) de BH. Foram excluídos 7 pacientes por falta de informação para estudo, e substituídos pelo óbito seguinte. Para banco de dados e análise estatística, foram utilizados o programas Excel e SPSS Statistics for Windows and Macintosh. Esse estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob o número CAAE 34103320.6.0000.5149. Os cem óbitos ocorreram em 19 hospitais, de 30 março 2020 a 19 junho 2020, sendo 47 homens e 53 mulheres. A média da idade foi 69,3 ± 14,8 anos, sendo 64% entre 61 e 90 anos, e 89% maiores de 50 anos. Em relação a raça, foram 50 parda, 42 branca, e 7 preta. Observamos em média 6,5 dias entre o início dos sintomas e a internação, 15,5 dias o início dos sintomas para o óbito, e 11,3 dias de hospitalização. Encontramos em 50 desses óbitos até 4 condições de risco, e em 25 foi definido limitação de esforço terapêutico em algum momento do tratamento. Houveram 14 infecções relacionadas a assistência a saúde (IRAS) conforme critérios ANVISA e 24 possíveis IRAS (se início dos sintomas dentro de 3 a 14 dias após a internação ou alta). Um determinado hospital investigado enfrentou surto, notificado ao CIEVS, onde dos 18 óbitos encontrados no nosso estudo provenientes desse hospital, 15 foram possíveis IRAS. Os sintomas mais frequentes foram: dispneia 100%, desconforto torácico 85%, febre 77%, tosse 75%. As condições de risco mais frequentes foram: idade > 60 anos 72%, hipertensão arterial sistêmica 69%, diabetes melittus 47%, DPOC 32% e Obesidade 24%. A radiografia de tórax (n=75) revelou 92% infiltrado intersticial, 23% consolidação, e a tomografia de tórax (n=49) 86% infiltrado vidro fosco, 35% consolidação. As complicações mais frequentes: choque séptico 98%, sepse secundária 68%, hiperglicemia 54%, insuficiência renal dialítica 49%. Chamamos atenção para a alta frequência das IRAS por COVID-19 nos primeiros cem óbitos notificados ao CIEVS de BH. Alertamos para necessidade de elevação da suspeição diagnóstica no início de surtos e epidemias, para que seja realizado diagnóstico precoce e instituição rápida de medidas preventivas.
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1843/53084
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Gerais
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subjectCOVID-19/mortalidade
dc.subjectMortalidade Hospitalar
dc.subjectCOVID-19/epidemiologia
dc.subjectSinais e Sintomas
dc.subjectEstudos Transversais
dc.subjectDissertação Acadêmica
dc.subject.otherCOVID-19
dc.subject.otherMortalidade
dc.subject.otherSintomas
dc.subject.otherComplicações
dc.subject.otherEpidemiologia
dc.titleAvaliação dos primeiros cem óbitos por COVID-19 e transmissão intra-hospitalar, um risco negligenciado no início da pandemia
dc.title.alternativeAssessment of the first hundred deaths from COVID-19 and intra-hospital transmission, a risk that was neglected at the beginning of the pandemic
dc.typeDissertação de mestrado
local.contributor.advisor-co1Júlia Fonseca de Morais Caporali
local.contributor.advisor-co1Júlia Fonseca de Morais Caporali
local.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8760914841429870
local.contributor.advisor1Unaí Tupinambás
local.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9944131333164201
local.contributor.referee1Mateus Rodrigues Westin
local.contributor.referee1Silvana Spindola
local.contributor.referee1Helena Duani
local.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8365911119094586
local.description.resumoO mundo enfrentou uma das maiores crises de saúde pública e econômica com a pandemia de COVID-19 de inicio em dezembro 2019 em Wuhan, China. Nenhum estudo detalhado regional no Brasil dos primeiros óbitos por COVID-19 foi realizado anteriormente. Esse estudo objetivou descrever características demográficas, clínicas e radiológicas dos primeiros 100 óbitos por COVID-19 de Belo Horizonte. Estudo transversal dos primeiros cem óbitos por COVID-19 ocorridos em BH, capital de MG. Os dados foram coletados dos prontuários médicos, de agosto/2020 a outubro/2020 utilizando uma ficha de investigação de óbitos, disponibilizada pelo Centro Informações Estratégicas Vigilância Saúde (CIEVS) de BH. Foram excluídos 7 pacientes por falta de informação para estudo, e substituídos pelo óbito seguinte. Para banco de dados e análise estatística, foram utilizados o programas Excel e SPSS Statistics for Windows and Macintosh. Esse estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sob o número CAAE 34103320.6.0000.5149. Os cem óbitos ocorreram em 19 hospitais, de 30 março 2020 a 19 junho 2020, sendo 47 homens e 53 mulheres. A média da idade foi 69,3 ± 14,8 anos, sendo 64% entre 61 e 90 anos, e 89% maiores de 50 anos. Em relação a raça, foram 50 parda, 42 branca, e 7 preta. Observamos em média 6,5 dias entre o início dos sintomas e a internação, 15,5 dias o início dos sintomas para o óbito, e 11,3 dias de hospitalização. Encontramos em 50 desses óbitos até 4 condições de risco, e em 25 foi definido limitação de esforço terapêutico em algum momento do tratamento. Houveram 14 infecções relacionadas a assistência a saúde (IRAS) conforme critérios ANVISA e 24 possíveis IRAS (se início dos sintomas dentro de 3 a 14 dias após a internação ou alta). Um determinado hospital investigado enfrentou surto, notificado ao CIEVS, onde dos 18 óbitos encontrados no nosso estudo provenientes desse hospital, 15 foram possíveis IRAS. Os sintomas mais frequentes foram: dispneia 100%, desconforto torácico 85%, febre 77%, tosse 75%. As condições de risco mais frequentes foram: idade > 60 anos 72%, hipertensão arterial sistêmica 69%, diabetes melittus 47%, DPOC 32% e Obesidade 24%. A radiografia de tórax (n=75) revelou 92% infiltrado intersticial, 23% consolidação, e a tomografia de tórax (n=49) 86% infiltrado vidro fosco, 35% consolidação. As complicações mais frequentes: choque séptico 98%, sepse secundária 68%, hiperglicemia 54%, insuficiência renal dialítica 49%. Chamamos atenção para a alta frequência das IRAS por COVID-19 nos primeiros cem óbitos notificados ao CIEVS de BH. Alertamos para necessidade de elevação da suspeição diagnóstica no início de surtos e epidemias, para que seja realizado diagnóstico precoce e instituição rápida de medidas preventivas.
local.identifier.orcidhttps://orcid.org/0000-0002-5834-2420
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
local.publisher.initialsUFMG
local.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical

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