Nos palcos da história: teatro, política e liberdade, liberdade (1965-1967)
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Editor
Universidade Federal de Minas Gerais
Descrição
Tipo
Dissertação de mestrado
Título alternativo
Primeiro orientador
Membros da banca
Miriam Hermeto de Sa Motta
Marcos Francisco Napolitano de Eugenio
Marcos Francisco Napolitano de Eugenio
Resumo
Liberdade, liberdade, de autoria de Flávio Rangel e Millôr Fernandes será o objeto de apreciação deste trabalho. O foco será analisar o espetáculo produzido pelo Grupo Opinião e protagonizado por Paulo Autran, considerando as questões políticas e artísticas, que perpassaram a sua trajetória. Ainda que a encenação se coloque como o eixo condutor da pesquisa, pretende-se analisar os produtos culturais derivados do espetáculo, são eles: o livro, editado pela Civilização Brasileira, o disco, lançado pela Gravadora Forma e o Concurso de sambas sobre a liberdade, organizado pelo grupo produtor do espetáculo. Com o objetivo de inserir esses produtos culturais no cotidiano artístico brasileiro, objetivamos analisar como se processou a relação entre o teatro e a política, entre a arte e o poder. O texto dramatúrgico de Liberdade, liberdade tinha a intenção de protestar contra a Ditadura Militar, mas para evitar um enfrentamento direto com o regime, foi construído através de vários eventos históricos que falassem sobre a liberdade ou demonstrassem períodos da história onde o homem teve a liberdade cerceada. Para entendermos o alcance desse objetivo no espetáculo e em seus produtos culturais, mobilizaremos sua inserção dentro de uma cultura política de esquerda, investigando também, a trajetória do Grupo Opinião, os idealizadores da montagem, o elenco, os produtores, assim como as relações estabelecidas com o governo, a crítica, o público e os órgãos de censura. Pôde-se observar em Liberdade, liberdade a existência de um diálogo desigual entre a peça e o regime militar, assim como diversas contradições na forma de engajamento pretendida pela peça e em sua repercussão.
Abstract
Freedom, freedom, authored by Flávio Rangel and Millôr Fernandes will be the object of appreciation of this work. Its aim will be to analyze the spectacle produced by Group Opinion and starring Paulo Autran, considering the politicals and artistic questions, that overpassed his career. Although the staging is the central point of the research, we intend to analyze cultural products derived from the spectacle, namely: the book, edited by Brazilian Civilization, the record, released by Forma Records and the Sambas Contest, about freedom, organized by producers of the spectacle. In order to insert these cultural products in the Brazilian artistic quotidian, we aimed to analyze how it processed the relation between theatre and politics, between art and power. The dramaturgical text Freedom, freedom, was intended to protest against the Brazilian Military Dictatorship, but to avoid a direct confrontation with the Military regime, it was built through several historical events that talked about freedom or showed periods of history where men had the freedom curtailed. To understand the scope of this objective in the spectacle and its cultural products, we will mobilize its insertion into a left-wing political culture, also investigating the trajectory of the Group Opinion, the creators of the play, the cast, the producers, as well the relations established with the government, the criticism, the public and the media censorship. It was observed in Freedom, Freedom the existence of an unequal dialogue between the play and the military regime, as several contradictions in the form of engagement required by the play and in its repercussion.
Assunto
Liberdade, liberdade (Musical), Grupo Opinião, Brasil História 1965-1967, História, Rangel, Flavio,1932-1988, Ditadura e ditadores, Fernandes, Millor, 1924-
Palavras-chave
Produção teatral, Millôr Fernandes, História Cultural, Grupo Opinião, História Política, Ditadura Militar, Flávio Rangel, Liberdade, Paulo Autran, Teatro Engajado