Imaginários e dinâmicas socioterritoriais na produção do espaço da Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira em São Paulo -SP

dc.creatorGiliard Sousa Ribeiro
dc.date.accessioned2025-10-15T19:40:41Z
dc.date.issued2025-09-09
dc.description.abstractThis thesis aims to understand the production of space and the imaginary surrounding the Octávio Frias de Oliveira Cable-Stayed Bridge (São Paulo-SP/Brazil), in light of the socio-territorial dynamics and fragmentations that traverse it. The methodology adopts a qualitative approach, with bibliographic and documentary research, using newspapers, magazines, and other audiovisual media, along with field observation incorporating ethnographic elements. The theoretical framework draws on authors such as Henri Lefebvre (2000; 2009), David Harvey (1980; 2005; 2007; 2012), and Pierre Bourdieu (1989; 1997; 2002; 2011; 2023). The analytical path is structured around three interdependent axes. In the Political and Legal axis, the study begins with an analysis of the territorial configuration of the Morumbi neighborhood and the Real Parque favela, in order to understand the elements that enabled the commodification of the territory where the bridge was built. This process is framed within the Água Espraiada Urban Partnership Operations (OUCAE), made possible through the sale of Certificates of Additional Construction Potential (CEPACs), instruments that reveal the alliance between state and market in the financialization of urban land. In the Image and Tourism axis, the thesis explores the bridge’s transformation into a media icon, symbolic asset, and visual commodity appropriated by city marketing strategies, advertising campaigns, and real estate developments – including the monetization of the “bridge view” by luxury hotels. Drawing on the categories of uses and counter-uses (Leite, 2007), the study also analyzes insurgent appropriations that reconfigure spatial meanings and challenge hegemonic narratives. In the Life and Everyday axis, through “close-up and insider” observation (Magnani, 2002), the research investigates deviant flows of pedestrian and cyclist who daily risk themselves on a bridge designed for automobiles and visual spectacle. These crossings, though not anticipated by urban planning, reveal subaltern resistances and everyday practices of spatial reinvention. The thesis concludes that the cable-stayed bridge operates as both a material and symbolic device of spatial spectacularization, urban commodification, socio-territorial fragmentation, and reproduction of urban inequalities. It argues that urban objects such the bridge condense both material and imaginary disputes over urban space, and that understanding these disputes is crucial for envisioning alternative forms of space production. In this sense, the unplanned uses and everyday resistances analyzed here offer analytical potential for rethinking the city from the perspective of human scale and pedestrian mobility.
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1843/576
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Gerais
dc.rightsAcesso aberto
dc.rightsAcesso aberto
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
dc.subjectPontes estaiadas
dc.subjectPlanejamento urbano
dc.subjectEspaços públicos
dc.subjectPonte Estaiada Octávio Frias de Oliveira (São Paulo, SP)
dc.subject.otherPonte estaiada
dc.subject.otherCidade de São Paulo
dc.subject.otherProdução do espaço
dc.subject.otherImaginário urbano
dc.subject.otherCidade-mercadoria
dc.titleImaginários e dinâmicas socioterritoriais na produção do espaço da Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira em São Paulo -SP
dc.typeTese de doutorado
local.contributor.advisor1Leandro Benedini Brusadin
local.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6145842454776872
local.contributor.referee1Beatriz Alencar d’Araújo Couto
local.contributor.referee1Gerardo Alberto Silva
local.contributor.referee1Luciano Torres Tricárico
local.contributor.referee1Valéria Ferraz Severini
local.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8481849431796550
local.description.resumoEsta tese tem como objetivo compreender a produção do espaço e do imaginário da Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira (São Paulo-SP/Brasil), diante das dinâmicas e fragmentações socioterritoriais que a atravessam. A metodologia adota uma abordagem qualitativa, com pesquisa bibliográfica e documental, utilizando jornais, revistas e outras mídias audiovisuais, além de observação de campo com elementos etnográficos. O referencial teórico mobiliza autores como Henri Lefebvre (2000; 2009), David Harvey (1980; 2005; 2007; 2012) e Pierre Bourdieu (1989; 1997; 2002; 2011; 2023). O percurso analítico se estrutura em três polos interdependentes. No polo Político e Jurídico, parte-se da análise da configuração territorial do bairro do Morumbi e da favela Real Parque, para então compreender os elementos que viabilizaram a mercantilização do território em que a ponte foi construída, como parte da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada (OUCAE), viabilizada pela venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPACs), instrumentos que revelam a aliança entre Estado e mercado na financeirização do solo urbano. No polo Imagem e Turismo, explora-se a transformação da ponte em ícone midiático, ativo simbólico e mercadoria visual, apropriada por estratégias de city marketing, campanhas publicitárias e empreendimentos imobiliários — incluindo a monetização da “vista para a ponte” por hotéis de luxo. A partir das categorias de usos e contra-usos (Leite, 2007), analisam-se também as apropriações insurgentes que reconfiguram os sentidos do espaço e desafiam narrativas hegemônicas. No polo Vida e Cotidiano, por meio de uma observação “de perto e de dentro” (Magnani, 2002), investigam-se os fluxos desviantes de pedestres e ciclistas que se arriscam diariamente sobre uma ponte concebida para o automóvel e o espetáculo visual. Essas travessias, ainda que não previstas pelo planejamento urbano, revelam resistências subalternas e práticas cotidianas de reinvenção do espaço. Conclui-se que a ponte estaiada atua como dispositivo material e simbólico da espetacularização do espaço, da mercantilização da cidade, da fragmentação socioterritorial e da reprodução das desigualdades urbanas. Defende-se que os objetos urbanos, como a ponte, condensam disputas materiais e imaginárias sobre o urbano, e que compreendê-las é fundamental para pensar alternativas de outras formas de produção do espaço. Nesse sentido, os usos não previstos e as resistências cotidianas analisadas revelam potências analíticas para repensar a cidade a partir da escala humana e da mobilidade a pé.
local.identifier.orcidhttps://orcid.org/0009-0000-6946-6202
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA
local.publisher.initialsUFMG
local.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
local.subject.cnpqCIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Tese_RIBEIRO, Giliard_2025.pdf
Tamanho:
13.13 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format

Licença do pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
2.07 KB
Formato:
Item-specific license agreed to upon submission
Descrição: