A feminização da pobreza advinda da divisão sexual do trabalho: uma análise da desigualdade social no Brasil pela perspectiva de gênero e raça

dc.creatorDaniella Barbosa Monteiro Santos
dc.date.accessioned2025-04-16T15:04:31Z
dc.date.accessioned2025-09-09T01:22:07Z
dc.date.available2025-04-16T15:04:31Z
dc.date.issued2025-03-14
dc.description.abstractThe feminization of poverty is a phenomenon that was first mentioned in 1978 by American sociologist Diane Pearce, who sought to portray the trend towards an increase in the proportion of women among the poorest population, as well as the increase in female-headed households in the United States (IPEA, 2005). Even with the empirical perception of the feminization of poverty, the origins and structures of the phenomenon in Brazil have not been deeply investigated. For this reason, this dissertation seeks to investigate the existence of the feminization of poverty in Brazil, analysing the relationship with the sexual division of labour, from the intersectional perspective of race and gender. The sexual division of labor assigns women activities that are devalued and overload their routine, interfering with their experience in the labor market, which results in a more aggravated experience of poverty. This imbalance in reproductive activities interferes with the search for equality for all marginalized subjects (Hirata, 2004), reflecting the patriarchal, capitalist and colonial hierarchies that organize society. The research is justified by the need to understand the context of intergenerational female poverty, which burdens and harms women and has repercussions on social and economic inequalities for society as a whole, especially for the working class. The methodology used was a bibliographical review of texts on the feminization of poverty and gender inequality in the Brazilian context, as well as the main national and international institutional documents dealing with the issue. Texts on the sexual division of labor and the main current parameters on poverty were also reviewed. In addition, data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics and made available by the Federal Executive Branch on income, occupation and domestic services were analyzed in order to identify the main groups that are among the poorest in Brazil. To this same end, the policy and data of the Bolsa Família Program and CadÚnico were also analyzed, taking into account the relevance of both to the fight against poverty in Brazil. The conclusion is that the feminization of poverty exists and mainly harms black women, who, due to their colonial and slave heritage, are mainly responsible for carrying out reproductive work, which is systematically devalued in order to marginalize and subordinate them.
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1843/81650
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Gerais
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subjectDireito do trabalho
dc.subjectTrabalho feminino
dc.subjectDivisão do trabalho por sexo
dc.subjectMulheres - Condições sociais
dc.subject.otherFeminização da pobreza
dc.subject.otherGênero
dc.subject.otherRaça
dc.subject.otherInterseccionalidade
dc.subject.otherDivisão sexual do trabalho
dc.titleA feminização da pobreza advinda da divisão sexual do trabalho: uma análise da desigualdade social no Brasil pela perspectiva de gênero e raça
dc.title.alternativeThe feminization of poverty arising from the sexual division of labor: an analysis of social inequality in Brazil from the perspective of gender and race
dc.typeDissertação de mestrado
local.contributor.advisor1Nathalia Lipovetsky e Silva
local.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/0685837899874499
local.contributor.referee1Lívia Mendes Moreira Miraglia
local.contributor.referee1Flávia Souza Máximo Pereira
local.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0847133069045873
local.description.resumoA feminização da pobreza é um fenômeno citado pela primeira vez em 1978, pela socióloga norte-americana Diane Pearce, que buscava retratar a tendência de aumento na proporção de mulheres entre a população mais pobre, bem como o aumento de famílias chefiadas por mulheres, nos Estados Unidos (IPEA, 2005). Mesmo com a percepção empírica da feminização da pobreza, as origens e estruturas do fenômeno no Brasil não são profundamente investigadas. Por isso, essa dissertação busca investigar a existência da feminização da pobreza no Brasil, analisando a relação com a divisão sexual do trabalho, pela perspectiva interseccional de raça e gênero. A divisão sexual do trabalho designa às mulheres atividades que são desvalorizadas e sobrecarregam sua rotina, interferindo na experiência dentro do mercado de trabalho, o que resulta na experiência de pobreza mais agravada. Esse desequilíbrio nas atividades reprodutivas, interfere a busca pela igualdade de todos sujeitos marginalizados (Hirata, 2004), refletindo as hierarquias patriarcais, capitalistas e coloniais que organizam a sociedade. A pesquisa justifica-se pela necessidade de compreender o contexto da pobreza feminina intergeracional que sobrecarrega e prejudica as mulheres e repercute em desigualdades sociais e econômicas para toda sociedade, principalmente à classe trabalhadora. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica dos textos sobre feminização da pobreza e desigualdade de gênero no contexto brasileiro, bem como dos principais documentos institucionais nacionais e internacionais que tratassem sobre o tema. Também foram revisados textos sobre a divisão sexual do trabalho e os principais parâmetros atuais sobre a pobreza. Além disso, foi realizada a análise de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e disponibilizados pelo Poder Executivo Federal sobre rendimentos, ocupação e serviços domésticos, em busca de analisar os principais grupos que estão entre os mais pobres no Brasil. Para este mesmo fim, também analisou-se a política e os dados do Programa Bolsa Família e o CadÚnico, levando em consideração a relevância de ambos para o combate à pobreza no Brasil. Com isso, conclui-se que a feminização da pobreza existe e prejudica principalmente mulheres negras, que pela herança colonial e escravocrata são as principais responsáveis pela realização do trabalho reprodutivo, que é desvalorizado sistematicamente para marginalizá-las e subordiná-las.
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentDIREITO - FACULDADE DE DIREITO
local.publisher.initialsUFMG
local.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Direito

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Dissertação_Completa.pdf
Tamanho:
1.95 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format

Licença do pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
2.07 KB
Formato:
Plain Text
Descrição: