Outra história : a experiência de dependentes químicos no enfrentamento da vida

dc.creatorCarolina Couto da Mata
dc.date.accessioned2020-01-27T14:06:59Z
dc.date.accessioned2025-09-09T00:11:06Z
dc.date.available2020-01-27T14:06:59Z
dc.date.issued2016-05-31
dc.description.abstractDrug addiction has been considered social and public health problems in Brazil. Addicts and professionals commonly refer to recovery as a natural process of overcoming this condition. Based on biographical narratives, discussion groups and our expertise, this thesis proposes “recovery" as both a dynamic and historical process of facing life-threatening experiences, considering illness part of living. In this sense, health status improvement relates to the addicts’ ability to act and react to what happens to them. They feel naturally invited to face their own suffering, perceived as a limitation. They gain knowledge by giving meaning to this whole process, as well as from their coping experience. In our research, addicts have developed coping skills through three settings: therapeutic communities, mutual-help groups, and spiritual and/or religious experiences. The process of engagement in these social practices offered them a large field of situated learning activities just as it emphasized the relational nature of knowledge production. Tensions, conflicts, changes, improvements, inventions and power relations offered rich settings in learning opportunities. In these contexts, called communities of practice, dependents shared experiences, knowledge and ways of overcoming their problems, building a community of “addicts in recovery”.
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1843/32226
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Gerais
dc.rightsAcesso Aberto
dc.subject.otherDependência química
dc.subject.otherExperiência
dc.subject.otherAprendizagem situada
dc.subject.otherComunidade de prática
dc.titleOutra história : a experiência de dependentes químicos no enfrentamento da vida
dc.typeTese de doutorado
local.contributor.advisor1Vanessa Andrade de Barros
local.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5196908774560885
local.contributor.referee1José Alfredo Oliveira Debortoli
local.contributor.referee1Walter Ernesto Ude Marques
local.contributor.referee1Hugo Monteiro Ferreira
local.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2914319281575274
local.description.resumoA dependência química tem sido considerada um problema social e de saúde pública no Brasil. Frequentemente, os próprios dependentes químicos e os profissionais que atuam nesse campo usam o termo “recuperação” ao se referirem ao processo singular de cuidado da condição de saúde desses sujeitos. Nesta tese, com base nas narrativas biográficas, nos grupos de discussão entre dependentes químicos e em nossa experiência profissional, compreendemos a “recuperação” como um “enfrentamento” e o adoecer como parte do viver. Nesse sentido, a saúde e a doença desses sujeitos foram relacionadas à capacidade deles de agir e reagir ao que percebiam ameaçar suas vidas, ao se sentirem naturalmente convocados a enfrentar o próprio sofrimento, por percebê-lo como uma limitação. Ao transformarem o seu modo de vida, ao responderem ao que lhes sucedia e pelo modo como conferiam sentido a esse processo, eles construíram um saber pela experiência de enfrentamento. Dessa forma, esses “sujeitos da experiência” constituíram sua existência, sua personalidade, seu caráter, sua particularidade, sua estética, sua ética, sua cultura, enfim, sua humanidade. Os recursos que os dependentes deste estudo desenvolveram para agir e enfrentar sua condição de vida foram aprendidos em três contextos: no modelo comunitário de tratamento, nos grupos de mútua-ajuda e na espiritualidade/religião. O processo de engajamento desses sujeitos nesses contextos sociais ofereceu um campo rico em práticas culturais para experimentarem situações de aprendizagem sobre o enfrentamento do adoecer como parte do movimento da vida. Essa aprendizagem situada enfatiza a natureza relacional da produção do conhecimento ao negociar significados e ainda pela característica socializante das atividades. A dimensão social e interacional da aprendizagem seria atravessada por tensões, conflitos, mudanças, improvisos, invenções e relações de poder, compreendidos como um cenário fértil para o aprender. Nesses cenários de aprendizagem, denominados comunidades de prática, os dependentes compartilharam saberes e modos de agir que redimensionaram suas maneiras de viver e formaram a comunidade dos “dependentes em recuperação”.
local.publisher.countryBrasil
local.publisher.departmentFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
local.publisher.initialsUFMG
local.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia

Arquivos

Pacote original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Tese 2016 Carolina Couto.pdf
Tamanho:
1.36 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format

Licença do pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
2.07 KB
Formato:
Plain Text
Descrição: