Mecanismo de ação e toxicidade da anfotericina B no tratamento de micoses

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Universidade Federal de Minas Gerais

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Erna Geessien Kroon

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Os principais antifúngicos disponíveis comercialmente têm mecanismos de ação similares e o principal alvo destes compostos está representado por esteróis da membrana celular fúngica. Embora numerosas pesquisas, centradas no desenvolvimento de drogas antifúngicas, estejam sendo realizadas nas últimas décadas, apenas alguns agentes foram disponibilizados para uso clínico no tratamento de micoses sistêmicas: anfotericina B, 5- flucitosina, miconazol, cetoconazol, fluconazol, itraconazol, voriconazol, posaconazol e caspofungina. Anfotericina B, primeira droga antifúngica sistêmica comercialmente disponível, permanece como droga de escolha na maioria dos casos de infecções dessa natureza. Não obstante a recente introdução de derivados imidazólicos de baixa toxicidade e ação antifúngica sistêmica, anfotericina B é, particularmente, importante contra fungos invasivos, em micoses disseminadas graves, especialmente no hospedeiro imunocomprometido. É um antifúngico administrado em fusão lenta, por via venosa, por ser mal absorvido pelo trato gastrointestinal. Anfotericina B interage, sobretudo, com o ergosterol, que constitui o principal esterol da membrana plasmática fúngica, alterando a permeabilidade seletiva desta por originar poros permeáveis à saída de água e de pequenas moléculas essenciais à sobrevivência do microrganismo, especialmente íons de potássio, amônio e fosfato. Com o progredir da lesão ocorre, também, a saída de açúcares, ésteres, nucleotídeos e proteínas. Em consequência da desintegração da permeabilidade da membrana ocorre deterioração metabólica e morte da célula. Este trabalho visa apresentar o mecanismo de ação da anfotericina B e sua toxicidade no organismo do paciente.

Abstract

The main commercially available antifungal agents have similar mechanisms of action and the main target of these compounds is represented by the fungal cell membrane sterols. Although numerous studies focusing on the development of antifungal drugs are being carried out in recent decades, few agents were available for clinical use in systemic mycoses: amphotericin B, 5-flucytosine, miconazole, ketoconazole, fluconazole, itraconazole, voriconazole, posaconazole and caspofungin. Amphotericin B, the first commercially available systemic antifungal drug, remains the drug of choice in most cases of such infections. Despite the recent introduction of imidazole derivatives of low toxicity and systemic antifungal, amphotericin B is particularly important against invasive fungi in severe disseminated mycosis, especially in immunocompromised patients. Amphotericin B is an antifungal administered intravenously slowly because it is poorly absorbed from the gastrointestinal tract. Amphotericin B interacts mainly with ergosterol, which is the main sterol of fungal plasma membrane, altering the selective permeability by a permeable pores leading to the loss of water and small molecules essential to the survival of the organism, especially potassium ions, ammonium and phosphate. With the progression of injury, also occurs the exit of sugars, esters, nucleotides and proteins. As a result of the disintegration of membrane permeability and metabolic deterioration occurs cell death. This paper presents the mechanism of action of Amphotericin B and its toxicity to the patient's body.

Assunto

Microbiologia, Infecções fúngicas, Drogas antifúngicas, Anfotericina B

Palavras-chave

Infecções fúngicas, Toxicid, Anfotericina B

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