Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/33614
Tipo: Tese
Título: Negociando distâncias em defesa da educação para as brasileiras em Nísia Floresta
Autor(es): Bárbara Amaral da Silva
Primeiro Orientador: Helcira Maria Rodrigues de Lima
Primeiro membro da banca : Raquel Lima de Abreu-Aoki
Segundo membro da banca: Erica Renata de Souza
Terceiro membro da banca: Carla Barbosa Moreira
Quarto membro da banca: Mariana Jafet Cestari
Resumo: A dominação patriarcal e a consequente desvalorização feminina impulsionaram, desde sempre, mulheres e homens a tentarem diminuir a desigualdade de gêneros. Figura importante na luta pela melhoria da vida das mulheres brasileiras foi Nísia Floresta, que, nas primeiras décadas do século XIX, já lutava pelo direito das meninas de uma educação que não fosse baseada apenas em prendas domésticas. Nesse sentido, pode-se dizer que a autora potiguar foi uma das precursoras do movimento feminista brasileiro. Neste trabalho, pretendemos analisar como se deu a defesa das mulheres a partir de um viés educacional, o que será feito por uma análise discursivo-argumentativa de quatro textos escritos por Floresta que abordam a educação feminina brasileira, sendo eles Conselhos à minha filha (1845), Discurso que às suas educandas dirigiu Nísia Floresta Brasileira Augusta (1847) Fany ou o Modelo das Donzelas (1847) e Opúsculo Humanitário (1853). A escolha desse corpus se deu por abordar a educação feminina brasilleira, sendo ela entendida, tanto por nós quanto por Nísia, de forma ampla, isto é, abrangendo tanto a educação moral quanto a institucional. Com a pesquisa pretendemos responder a duas questões principais: Como a construção argumentativa das obras agiria no sentido de defender a educação das mulheres? Será que autora, de fato, contribuiria para a valorização feminina ou, em alguma medida, ela ainda manteria e reproduziria doxai inferiorizantes do feminino? Para tanto, contaremos com a Análise Argumentativa do Discurso, de Ruth Amossy, por abordar a linguagem situada, a fala conjugada a lugares sociais e quadros institucionais, e, em alguma medida, sujeita a coerções, e ainda permitir contribuições teóricas de outros campos (retórica, lógica e pragmática). Além disso, traremos à tona a Teoria da Problematologia e a negociação de distâncias, de Michel Meyer, o que nos ajudará a pensar se, em nosso corpus, Floresta teria caminhado mais em direção à diminuição ou ao aumento das distâncias (diferenças) em relação aos auditórios. Na primeira parte da pesquisa, realizaremos a contextualização do corpus. Posteriormente, apresentaremos o aporte teórico, destacando o papel primordial da doxa para a construção argumentativa. Por fim, sucederá a análise. Para além da importância cultural de resgate da memória de Nísia Floresta e de construção da história das mulheres brasileiras e do feminismo brasileiro, nossa pesquisa ainda se diferencia das abordagens já depreendidas em outras áreas, devido ao seu alcance linguístico-discursivo.
Assunto: Análise do discurso
Floresta, Nísia, 1810-1885
Mulheres – Educação
Retórica
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FALE - FACULDADE DE LETRAS
Curso: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/33614
Data do documento: 6-Mar-2020
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Bárbara Amaral da Silva versão final com folha de aprovação.pdfBárbara Amaral da Silva versão final com folha de aprovação.pdf4.64 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.