Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/34426
Type: Tese
Title: Fatores contextuais associados à autopercepção da extensão territorial da vizinhança
Authors: Fabiano de Almeida Célio
First Advisor: Waleska Teixeira Caiaffa
First Co-advisor: Amélia Augusta de Lima Friche
Abstract: Introdução: Muitos estudos têm investigado a relação entre saúde e vizinhança. No entanto, essas pesquisas encontram desafios em questões metodológicas, como a correta delimitação de vizinhança. Para tanto, existem duas estratégias principais: a primeira utiliza fronteiras artificiais, geralmente criadas para finalidades administrativas; a segunda considera a definição do próprio indivíduo, a vizinhança autopercebida. Objetivo: Identificar os fatores contextuais associados ao tamanho da vizinhança autopercebida. Métodos: Dados individuais e do ambiente percebido foram obtidos por meio do inquérito domiciliar “Saúde em Beagá” (2008 e 2009), e os dados objetivos do ambiente por meio de Observação Social Sistemática (OSS), realizado nos Distritos Sanitários Oeste e Barreiro de Belo Horizonte, Minas Gerais. O “Saúde em Beagá” foi um estudo de amostra probabilística por conglomerado realizado em três estágios: setor censitário, domicílio e um residente adulto. Foram entrevistados 4.048 indivíduos, que deram origem a 1.295 segmentos de ruas por meio de sorteio aleatório. O sorteio foi realizado com endereços de residência, posteriormente agrupados em 147 vizinhanças, tomando como base o setor censitário. Para verificar a associação entre percepção da extensão territorial da vizinhança e os fatores contextuais observados, foi utilizada a regressão logística ordinal multinível. As seguintes variáveis contextuais foram testadas: escalas de percepção do ambiente físico e social da vizinhança, densidade demográfica e conectividade das ruas. Em seguida, foi avaliada a influência da segregação residencial por posição socioeconômica. No segundo nível, foram testadas as variáveis obtidas pela OSS. As covariáveis individuais foram utilizadas como ajuste em ambas as análises. Resultados: Residentes que perceberam sua vizinhança mais propícia ao deslocamento a pé (OR=2,96; IC95%: 1,29-3,82) e mais violenta (OR=1,35; IC95%: 1,12- 1,62); também perceberam sua vizinhança de forma mais ampla. Considerando a OSS, apenas o subdomínio itens de trânsito para pedestres (grade, faixa, passarela) esteve associado à percepção de maior extensão territorial da vizinhança (OR=1,26; IC95%: 1,04-1,54). A segregação residencial não esteve associada à percepção da extensão territorial da vizinhança. Conclusão: Os achados do presente estudo contribuem para o melhor entendimento do conceito de vizinhança autopercebida. A identificação dos fatores contextuais associados a essa variável pode ser utilizada para apoiar a construção e operacionalização de conceitos mais robustos de vizinhança. Estudos que considerem vizinhanças mais próximas dos locais vivenciados pelos indivíduos podem fornecer evidências mais sólidas sobre os impactos da vizinhança na saúde.
Subject: Saúde da População Urbana
Percepção Social
Serviços de Saúde Suburbana
Autoimagem
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/34426
Issue Date: 22-Feb-2019
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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