Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/34437
Tipo: Dissertação
Título: Clássica barbárie: regras de gosto e variações da forma na recepção setecentista da poesia épica
Autor(es): Thiago Nunes Santana
Primeiro Orientador: Maria Juliana Gambogi Teixeira
Primeiro Coorientador: Nabil Araújo de Souza
Primeiro membro da banca : Antônio Orlando de Oliveira Dourado Lopes
Segundo membro da banca: Ana Lúcia Machado de Oliveira
Resumo: Este estudo busca mapear as regras e critérios mobilizados na avaliação, por parte de comentadores, da poesia épica na segunda década do século XVIII na França, particularmente no que hoje é conhecido como Querela sobre Homero, bem como seus mecanismos de legitimação frente a regras e critérios concorrentes. Por se tratar de um debate no qual grande parte da classe letrada francesa daquele período tomou parte – trata-se de um desdobramento da Querela dos Antigos e Modernos –, muitas são as perspectivas a partir das quais os posicionamentos eram defendidos. Todas, porém, derivadas das regras poéticas conforme codificadas pelas fontes e autoridades clássicas (como Aristóteles e Horácio), cujas torções e desvios garantiam a identidade e a coesão dos dois partidos, isto é, Anciens ou Modernes: enquanto os primeiros compreendiam a Ilíada como o poema exemplar por excelência, e justificavam-no por meio de certas interpretações das regras clássicas da epopeia, seus adversários viam no mesmo poema a deturpação dessas regras – consideradas, no entanto, a partir de outras interpretações. Busquei, portanto, identificar os percursos de leituras das poéticas antigas, que passam a alicerçar critérios opostos e a fundamentar conclusões tão díspares na apreciação do gênero épico, de maneira geral, e do poeta grego, particularmente. No momento seguinte, examino as formas por meio das quais os dois partidos reivindicavam a legitimidade para a própria interpretação da doutrina diante das leituras concorrentes, seja através do prestígio de tratados de poesia já existentes, sobretudo aqueles do século XVII, no caso dos Anciens, seja pela identificação entre o racionalismo cartesiano – igualmente prestigioso – e o próprio método, nos Modernes. A partir disso, foi possível lançar um novo olhar sobre o chamado classicismo na Europa, frequentemente homogeneizado, e sobre a Querela dos Antigos e Modernos, muitas vezes simplificada pela fortuna crítica recente.
Assunto: Homero – Crítica e interpretação
Poesia épica grega – História e crítica
Poesia épica – História e crítica
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FALE - FACULDADE DE LETRAS
Curso: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/34437
Data do documento: 29-Mai-2020
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