Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/35005
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisor1Eduardo de Assis Duartept_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4231604049505722pt_BR
dc.contributor.referee1Marcos Antônio Alexandrept_BR
dc.contributor.referee2Maria Nazareth Soares Fonsecapt_BR
dc.contributor.referee3Heloísa Toller Gomespt_BR
dc.contributor.referee4Rita Terezinha Schmidtpt_BR
dc.creatorLaísa Marra de paula Cunha Bastospt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0349030085174637pt_BR
dc.date.accessioned2021-02-18T14:01:24Z-
dc.date.available2021-02-18T14:01:24Z-
dc.date.issued2020-08-26-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/35005-
dc.description.abstractThis work aims to investigate the ways in which the narrative of Maria Firmina dos Reis (1822-1917) articulates nation and coloniality. Therefore, the main corpus of analysis is formed by Úrsula (1859), Gupeva (1861) and A escrava (1887). The hypothesis is that these texts approach hegemonic representations of the nation, and, at the same time, destabilize them by introducing perspectives of groups that were not conceived as national subjects, namely: indigenous people, Africans, black Brazilians and white Brazilian women. In this sense, two gestures developed by the author in her narratives are examined: the pedagogy for a new, anti-slavery, masculinity; and the positive representation of characters and speeches made inferior by the canonical nationalist imagination. In Gupeva, an Indianist short story of dark atmosphere, the plot shows contradictions without offering syntheses, since the contact between white men and indigenous people ends in dishonour and impossibility of future. In Ursula, these contradictions are combined around the antagonist, the metaphorically monstrous slave master, and are synthesized by his social, physical and moral disciplining, which is made through a combination of the nationalist and gothic repertoire. In the short story A Slave, openly abolitionist, the recognition of the memory of slavery and the victory of its black descendant suggest a somewhat more hopeful view of that late 19th century, as the final scene indicates, with the liberation of a young black man. It is argued that, when constructing interpretations of interethnic and gender relations based on colonialist violence, Firmina dos Reis moves away from literary images and projections around the whitening of the Brazilian national subject, which have codified reflections on Brazilianness, establishing a privileged place for the memory of injustices. As a result, the work of Maria Firmina dos Reis makes the field of 19th century Brazilian literature and the national imagination more embracing and complex.pt_BR
dc.description.resumoO trabalho tem como objetivo investigar as maneiras pelas quais a narrativa de Maria Firmina dos Reis (1822-1917) articula nação e colonialidade. Para tanto, o corpus principal de análise é formado por Úrsula (1859), Gupeva (1861) e A escrava (1887). Examina-se a hipótese de que esses textos dialogam com representações hegemônicas da ideia de nação brasileira, e ao mesmo tempo as desestabilizam ao introduzir perspectivas de grupos que não foram concebidos enquanto sujeitos nacionais, nomeadamente: indígenas, africanos, brasileiras/os negras/os e brasileiras brancas. Diante desse panorama, verificam-se dois gestos desenvolvidos pela autora em suas narrativas: a pedagogia para uma nova masculinidade, antiescravagista; e a representação positiva de personagens e discursos inferiorizados pela imaginação nacionalista canônica. Em Gupeva, conto indianista de atmosfera sombria, o enredo evidencia contradições sem oferecer sínteses, pois o contato entre brancos e indígenas desemboca em desonra e impossibilidade de futuro. Em Úrsula, essas contradições aglutinam-se em torno do antagonista, o senhor de escravos metaforicamente monstruoso, e são sintetizadas pelo seu disciplinamento social, físico e moral; o que se dá através de uma combinação do repertório nacionalista com o gótico. Já no conto A escrava, abertamente abolicionista, o reconhecimento da memória da escravidão e a vitória da descendência negra sugerem uma visão algo mais esperançosa daquele fim de século XIX, conforme indica a cena final, da libertação de um jovem negro. Defende-se que ao construir interpretações das relações interétnicas e de gênero calcadas em violências colonialistas, Firmina dos Reis afasta-se de imagens e projeções literárias associadas ao desejo de embranquecimento do sujeito nacional brasileiro, as quais têm codificado reflexões sobre a brasilidade, fixando um lugar de destaque para a memória das injustiças. Como resultado, a obra de Maria Firmina dos Reis torna mais abrangente e complexo o campo da literatura brasileira oitocentista e da imaginação nacional.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFALE - FACULDADE DE LETRASpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Estudos Literáriospt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/*
dc.subjectMaria Firmina dos Reispt_BR
dc.subjectNaçãopt_BR
dc.subjectColonialidadept_BR
dc.subjectGóticopt_BR
dc.subject.other.Reis, Maria Firmina dos, 1822-1917. – Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subject.otherFicção brasileira – História e críticapt_BR
dc.subject.otherLiteratura e naçãopt_BR
dc.titleA narrativa de Maria Firmina dos Reis: nação e colonialidadept_BR
dc.title.alternativeThe narrative of Maria Firmina dos Reis: nation and colonialitypt_BR
dc.typeTesept_BR
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
A NARRATIVA DE MARIA FIRMINA DOS REIS - nação e colonialidade.pdf1.65 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons