Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/36126
Type: Monografia (especialização)
Title: Parto e nascimento com ocitocina sintética: uso ou abuso?
Authors: Gabriela de Cássia Camargo Rolim de Britto
First Advisor: Livia de Souza Pancrácio de Errico
metadata.dc.contributor.advisor2: .
Abstract: INTRODUÇÃO: A administração rotineira de ocitocina durante o trabalho de parto é classificada como uma prática desnecessária, inadequada ou perigosa. Seu uso pode levar à morte fetal, hemorragia pós-parto, além de contribuir com o desenvolvimento de transtornos emocionais do puerpério e déficits cognitivos na infância. No entanto, mesmo diante das evidências, observa-se seu uso indiscriminado. OBJETIVOS: Conhecer a magnitude do uso da ocitocina durante o trabalho de parto em parturientes de risco habitual e seus fatores associados. METODOLOGIA: Estudo seccional, de base hospitalar, que usou dados da pesquisa “Nascer em Belo Horizonte: Inquérito sobre Parto e Nascimento”. A partir da amostra de 1088 mulheres, após exclusão daquelas admitidas para cesariana eletiva ou que apresentavam intercorrências na gestação, 389 puérperas foram incluídas na análise. Para estimar as associações entre o uso de ocitocina e características das puérperas e dos serviços, optou-se pela análise univariada. Para avaliar a relação entre uma ou mais variáveis, foi composto um modelo ajustado submetido à análise multivariada. RESULTADOS: A prevalência do uso de ocitocina foi de 47,8%. Para mulheres que iniciaram o pré-natal tardiamente ou que possuíam cicatriz uterina, as taxas de infusão de ocitocina foram significativamente menores (p<0,001). Ser admitida com seis ou mais centímetros de dilatação e apresentar três a quatro contrações em 10 minutos foi relacionado a um menor uso de ocitocina. Observou-se que puérperas submetidas a intervenções, principalmente manobra de Kristeller e analgesia, apresentaram maior uso de ocitocina. A via de nascimento predominante foi vaginal (92,1%), porém não se mostrou influenciada pelo uso da ocitocina. Houve um óbito fetal intraparto, dois óbitos neonatais precoces e a permanência de um recém-nascido internado após o 27º dia de vida, em todos os casos o uso de ocitocina esteve presente. Observou-se maior uso de ocitocina em partos assistidos por médicos remunerados de acordo com a produtividade. Em contrapartida, ser assistido por enfermeiro se mostrou como fator de proteção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso da ocitocina parece ser uma prática frequente. Sua elevada prevalência, bem como a presença concomitante de outras intervenções, pode ser considerada um reflexo da vigência do modelo médico hegemônico como pilar norteador da atenção obstétrica nos serviços avaliados.
Abstract: INTRODUCTION: Routine administration of oxytocin during labor is classified as an unnecessary, inappropriate or dangerous practice. Its use can lead to fetal death, postpartum haemorrhage, and contribute to the development of emotional disorders of the puerperium and cognitive deficits in childhood. However, even in the face of the evidence, it is observed its indiscriminate use. OBJECTIVES: To know the magnitude of oxytocin use during labor in pregnant women at usual risk and their associated factors. METHODOLOGY: A hospitalbased sectional study using data from the survey "Born in Belo Horizonte: Birth and Birth Survey". From the sample of 1088 women, after exclusion of those admitted for elective cesarean section or who presented complications during pregnancy, 389 puerperae were included in the analysis. In order to estimate the associations between the use of oxytocin and characteristics of puerperal and services, univariate analysis was used. To evaluate the relationship between one or more variables, an adjusted model was submitted to multivariate analysis. RESULTS: The prevalence of oxytocin use was 47.8%. For women who started prenatal late or who had uterine scarring, oxytocin infusion rates were significantly lower (p <0.001). Being admitted with six or more centimeters of dilatation and presenting three to four contractions in 10 minutes was related to decreased use of oxytocin. It was observed that puerperae submitted to interventions, mainly Kristeller's maneuver and analgesia, presented greater use of oxytocin. The predominant birth route was vaginal (92.1%), but it was not influenced by the use of oxytocin. There was one intrapartum fetal death, two early neonatal deaths and the permanence of a newborn hospitalized after the 27th day of life, in all cases the use of oxytocin was present. There was a greater use of oxytocin in physician-assisted deliveries according to productivity. On the other hand, being assisted by a nurse proved to be a protective factor. FINAL CONSIDERATIONS: The use of oxytocin appears to be a common practice. Its high prevalence, as well as the concomitant presence of other interventions, can be considered a reflection of the validity of the hegemonic medical model as the guiding pillar of obstetric care in the evaluated services.
Subject: Analgesia
Cicatriz
Hemorragia Pós-Parto
Morte Fetal
Ocitocina
Parto
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
metadata.dc.publisher.program: Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede Cegonha
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/36126
Issue Date: 18-Sep-2017
Appears in Collections:Especialização em Enfermagem Obstétrica - Rede Cegonha (EAD)

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Parto e Nascimento com Ocitocina Sintética - uso ou abuso.pdf366.61 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.