Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/43057
Tipo: Tese
Título: A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto
Título(s) alternativo(s): The emergence of the poster in Jornadas de Junho : politics and insurgencies of writing and image in the context of protest
Autor(es): Rubens Rangel Silva
Primeiro Orientador: Ângela Cristina Salgueiro Marques
Primeiro Coorientador: Bruno Guimarães Martins
Primeiro membro da banca : Elton Antunes
Segundo membro da banca: Eduardo Antônio de Jesus
Terceiro membro da banca: Jorge Luiz Cunha Cardoso Filho
Quarto membro da banca: Márcio Souza Gonçalves
Quinto membro da banca: Ricardo Lessa Filho
Resumo: Esta pesquisa busca analisar a emergência do cartaz de manifesto nas Jornadas de Junho nos diferentes ambientes como exercício estético-político de autoexpressão e de escrita insurgente alternativa às mídias tradicionais, como agente articulador de visibilidade, constituindo assim o caráter político, didático e transformador do próprio acontecimento. Inspirados nas coleções e nas constelações construímos um corpus de pesquisa que nos ajudou a contar o que ocorreu em junho de 2013. A partir de cartazes de manifesto e de outras narrativas sobre as Jornadas de Junho (jornalísticas, científicas e artísticas) esboçamos as complexas relações sociais e políticas daquele momento histórico. Para nos iluminar em nossas análises convocamos autores como Rancière, Didi-Huberman, Deleuze, Brecht, Bakhtin, Butler, entre outros. Os cartazes foram analisados em sua performance junto aos corpos dos manifestantes e nos ambientes por onde apareceram, sendo moldado e moldando esses ambientes na passagem de um para o outro. Para o desenvolvimento deste estudo, no exercício da construção de coleções/constelações, buscou-se organizar e examinar os cartazes/imagens desta tese como prática criativa de comunicação em um determinado contexto e ambientes em que tais conteúdos foram criados. Nosso modelo metodológico analisou não só o conjunto de imagens e cartazes por nós colecionados, mas diferentes conjuntos de dados que ajudaram a compreender o acontecimento. As diferentes fontes de dados não foram tratadas como campos isolados. Em vez disso, nosso modelo mostrou como os diferentes dados se relacionaram e se complementaram, dando uma visão mais complexa e emaranhada dos acontecimentos. O cartaz foi um “dispositivo” de insurgência que interrompeu a máquina consensual em seu modo habitual de produzir sentido e legibilidade para os acontecimentos. Permitiu que a escrita se tornasse parte da performance e do gesto político que redesenhou os percursos urbanos e as experimentações individuais. Possibilitou aos sujeitos experimentarem e expressarem suas subjetividades. Com isso compreendemos que não se tratou apenas de elaborar entendimentos sobre a própria participação/exposição nos protestos, mas de fabular uma outra experiência, de inventar outro vocabulário, apresentando novos termos, novos enunciados que se contrapusessem àqueles já legitimados.
Abstract: This research seeks to analyze the emergence of the poster in the June Journeys in different environments as an aesthetic-political exercise of self-expression and insurgent writing as an alternative to traditional media, as an articulating agent of visibility, thus constituting the political, didactic and transforming character of the event itself. Inspired by the collections and constellations, we built a research corpus that helped us to tell what happened in june 2013. From manifesto posters and other narratives about the June Journeys (journalistic, scientific and artistic) we sketched the complex relationships social and political aspects of that historical moment. To enlighten us in our analyses, we call on authors such as Rancière, Didi-Huberman, Deleuze, Brecht, Bakhtin, Butler, among others. The posters were analyzed in their performance next to the bodies of the demonstrators and in the environments where they appeared, being molded and molding these environments in the passage from one to the other. For the development of this study, in the exercise of building collections/constellations, we sought to organize and examine the posters/images of this thesis as a creative practice of communication in a given context and environments in which such contents were created. Our methodological model analyzed not only the set of images and posters we collected, but different sets of data that helped to understand the event. Different data sources were not treated as isolated fields. Instead, our model showed how different data related and complemented each other, giving a more complex and tangled view of events. The poster was a “device” of insurgency that interrupted the consensual machine in its usual way of producing meaning and legibility for the events. It allowed writing to become part of the performance and political gesture that redesigned urban paths and individual experiments. It allowed the subjects to experience and express their subjectivities. With this, we understand that it was not just a matter of elaborating understandings about the participation/exhibition in the protests, but of creating another experience, of inventing another vocabulary, presenting new terms, new statements that would oppose those already legitimized.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Curso: Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/43057
Data do documento: 13-Dez-2021
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