Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/44310
Type: Dissertação
Title: Condições de trabalho nas escolas brasileiras da educação básica e saúde dos professores: EDUCATEL, 2016
Authors: Évelin Angélica Herculano de Morais
First Advisor: Mery Natali Silva Abreu
First Co-advisor: Ada Ávila Assunção
First Referee: Sérgio William Viana Peixoto
Second Referee: Graziella Lage Oliveira
Abstract: INTRODUÇÃO: Os professores são uma classe profissional bastante exposta ao risco de adoecimento, particularmente os da Educação básica. Nas últimas décadas, estudos sobre saúde do professor identificaram principalmente alta prevalência de distúrbios de voz, transtornos mentais e agravos osteomusculares. Porém, prevalecem os projetos investigativos locais sobre as relações entre condições de trabalho e saúde dos professores, enfocados no tradicional processo saúde-doença. A autoavaliação de saúde (AAS) é um indicador validado, amplamente utilizado em inquéritos epidemiológicos. É preditor de morbimortalidade porque sintetiza o quadro real de saúde de uma pessoa. Fatores individuais e clínicos podem influenciar a AAS de adultos, mas pouco se sabe sobre as associações relacionadas às características ocupacionais. OBJETIVO: O objetivo desse estudo foi verificar a associação entre fatores ocupacionais e a autoavaliação de saúde dos professores da Educação Básica brasileira. MÉTODOS: Inquérito telefônico, realizado entre 2015 e 2016, representativo dos professores da Educação Básica do país, cuja variável desfecho foi obtida por meio da pergunta “Em geral, você diria que a sua saúde é”, com opções de respostas categorizadas em ruim (muito ruim, ruim, regular), boa e muito boa. As variáveis explicativas foram hierarquizadas em blocos específicos: características do trabalho, individuais e de saúde. Para avaliar os fatores associados à AAS foi utilizado o Modelo de Regressão Logística de Chances Proporcionais, devido ao caráter ordinal da variável resposta. RESULTADOS: A prevalência de AAS ruim foi de 27% (IC 95%: 26,9%–27,1%). A chance de pior AAS foi significativamente maior para os professores com 10 a 20 anos de tempo de serviço (OR=1,17; IC 95% 1,01-1,35); que trabalharam sob pressão laboral (OR=1,18; IC 95% 1,04-1,33), vivenciaram casos de violência verbal (OR=1,26; IC 95% 1,09-1,44) e indisciplina (OR=1,26; IC 95% 1,10-1,45) e com tempo de deslocamento até escola superior a 50 minutos (OR=1,19; IC 95% 1,03-1,38). A chance de pior AAS foi significativamente menor para aqueles que relataram exercer outro tipo de atividade remunerada (OR=0,78; IC 95% 0,65-0,94), ter tempo suficiente para cumprir suas tarefas (OR=0,77; IC 95% 0,64-0,92), apoio social (OR=0,79; IC 95% 0,69-0,89) e satisfação com o próprio trabalho (OR=0,79; IC95% 0,69-0,91). CONCLUSÃO: Sugere-se uma escuta ativa em oposição a avaliações rigorosas, consideração do tempo de deslocamento entre moradia e escola nas escalas e horários, promoção de ambientes de paz e justiça em âmbito escolar e seus entornos, fomento ao apoio entre colegas como medidas de enfrentamento aos desafios diários do cotidiano do professor.
Subject: Professores Escolares
Condições de Trabalho
Autoavaliação Diagnóstica
Saúde do Trabalhador
Ensino Fundamental e Médio
Inquéritos Epidemiológicos
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEM
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/44310
Issue Date: 24-Feb-2021
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