Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/45839
Type: Tese
Title: A materialidade do poder no pensamento de Michel Foucault : por uma “história política dos corpos”
Authors: Juliana de Paula Sales Silva
First Advisor: Helton Machado Adverse
First Referee: Angela Couto Machado Fonseca
Second Referee: Marcos Alexandre Gomes Nalli
Third Referee: Amaro de Oliveira Fleck
metadata.dc.contributor.referee4: Fábio Abreu dos Passos
Abstract: Esta tese se dedica a pensar as relações entre o poder e corpo, percorrendo a chamada analítica do poder de Michel Foucault, acompanhando suas demarcações históricas. Trata-se de buscar pelas relações entre o poder e o corpo historicamente ancoradas, segundo uma compreensão ampla da analítica, que começa a ser elaborada pelo filósofo desde o início da década de 1970, percorrendo os cursos, obras e outros textos a partir dos quais é possível resgatar certo projeto de escrita de uma “história política dos corpos”, a ser buscado por nós dentro das várias genealogias propostas por Foucault. Remontando vários capítulos possíveis dessa história política dos corpos, que envolve os corpos assujeitados ao trabalho, aos sistemas de utilidade em geral, ao controle e incitação da sexualidade, abarcando a captura da vida pelo poder e a normalização biopolítica da sociedade, coloca-se em relevo a ideia foucaultiana de que o poder passa pelos corpos. Aplicando-se nos corpos individuais ou coletivos, formando redes de apoio e complexas relações de sujeição, o poder, embora não tenha substância para Foucault, evidencia sua materialidade. Pelo menos até 1976 no pensamento foucaultiano, a concepção de um poder que é material ou físico supõe que, investindo-se nos corpos e mesmo os produzindo, as práticas de poder e de saber constituem subjetividades. Todavia, ao transitarmos pela analítica, aceitando os desafios de termos de lidar com suas inúmeras reformulações e inflexões, seremos deslocados a buscar por uma “história política da população”, quando adentrarmos o curso de 1978 e a abertura para a governamentalidade. Interessa-nos o ponto em que a população, como um sujeito e objeto nas práticas de poder, se mostra como um corpo coletivo biológico e político a ser governado por práticas de Estado, ideia que nos leva não a uma unidade no percurso da analítica, agora transformada em uma analítica da governamentalidade, mas que nos sugere a continuidade das elaborações materialistas de Foucault acerca do poder.
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/45839
Issue Date: 25-May-2022
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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