Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/46932
Type: Tese
Title: Relação de objeto e constituição subjetiva : considerações sobre o objeto a em Jacques Lacan
Authors: Ariana Lucero
First Advisor: Angela Maria Resende Vorcaro
First Referee: Cristina Moreira Marcos
Second Referee: Gilson de Paulo Moreira Iannini
Third Referee: Antonio Marcio Ribeiro Teixeira
metadata.dc.contributor.referee4: Guilherme Massara Rocha
Abstract: Esta pesquisa tem por objetivo investigar o processo de elaboração do conceito de objeto a na teoria psicanalítica de Jacques Lacan, desde seus textos iniciais até seu O Seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (1964). Partimos da hipótese de que, apesar de o objeto a ser uma formulação original, Lacan serve-se dos esforços de outros psicanalistas – com destaque para Karl Abraham, Melanie Klein e D. W. Winnicott – que também lidaram com o problema do objeto. Analisamos o período de 1932 a 1955 com vistas a explicitar um objeto concebido na dimensão imaginária, a partir dos desenvolvimentos teóricos sobre o narcisismo e o estágio do espelho. A seguir, debruçamo-nos sobre o seminário das relações de objeto (1956-57), do qual podemos extrair um conceito de objeto puramente simbólico: a falta de objeto. Tecemos algumas considerações sobre o objeto a da fantasia, que contempla imaginário e simbólico. Percebemos, no entanto, que a formulação do objeto a não poderia prescindir do registro do real. E é a noção de das Ding que propicia-nos uma primeira abordagem do real, retomado na dimensão do corpo no seminário da angústia. É, portanto, uma nova concepção de corpo enquanto carne que permite a emergência do objeto a causa de desejo. Este objeto assume quatro formas: seio, fezes, olhar e voz. Privilegiamos os dois últimos como essenciais à constituição subjetiva. Ao mostrarmos, ainda, que algumas características do autismo podem ser explicadas a partir da não extração do objeto a, propomos que os objetos, de um modo geral, podem ser utilizados no tratamento desta psicopatologia. Defendemos, por fim, que as relações objetais são inerentes à constituição subjetiva, desde que formulado um objeto diferente de tudo o que já havia sido pensado sobre a relação de objeto na psicanálise. É o que faz Lacan com seu conceito de objeto a.
Abstract: This research aims to investigate Jacques Lacan’s concept of object a, from his early writings to his Seminar, book 11: the four fundamental concepts of psychoanalysis (1964). We depart from the hypothesis according to which, despite being an original elaboration, Lacan’s object a is conceived against the background of an extensive dialogue with different authors from the psychoanalytic tradition – in particular Karl Abraham, Melanie Klein, and D. W. Winnicott –, who also dealt with the problem of the object. Firstly, we analyze the period from 1932 to 1955 with the purpose of clarifying a conception of object linked to the imaginary dimension, as well as its relations with narcissism and the mirror stage. Then, we examine the seminar on object relations, from which we can extract a purely symbolic concept of object: the lack of object. We also bring forth some considerations on fantasy’s object a, which contemplates both imaginary and symbolic. We perceive, nevertheless, that the concept of object a could not cast aside the register of the real. And it is the notion of das Ding that allows us to approach the real, which will be revisited in the seminar on anxiety through its incidences on a new conception of the body. It is precisely this reappraisal of the body – from then on referred to as flesh – that enables the emergence of the object a as object cause of desire. The latter takes on four different forms: breast, feces, gaze, and voice. We privilege, in the last chapter of the thesis, the scopic and vocal objects as essential to subjective constitution. Furthermore, after showing that some features of autism can be explained by the non-extraction of the object a, we suggest that objects, generally speaking, might be used in the treatment of this psychopathology. Lastly, we sustain that object relations are inherent to mental constitution, as long as an original formulation of object – such as the Lacanian object a – is taken into consideration.
Subject: Psicologia - Teses
Autismo - Teses
Lacan, Jacques, 1901-1981
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/46932
Issue Date: 24-Apr-2015
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Tese Ariana Lucero.pdf3.36 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.