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http://hdl.handle.net/1843/53875
Full metadata record
DC Field | Value | Language |
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dc.contributor.advisor1 | Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro | pt_BR |
dc.contributor.advisor1Lattes | https://bv.fapesp.br/pt/pesquisador/88008/ludmila-mendonca-lopes-ribeiro | pt_BR |
dc.contributor.advisor2 | Antonio Carlos Wolkmer | pt_BR |
dc.contributor.advisor2Lattes | https://www.escavador.com/sobre/5843687/antonio-carlos-wolkmer | pt_BR |
dc.contributor.referee1 | Ana Beatriz Viana Mendes | - |
dc.contributor.referee2 | Ana Beatriz Viana Mendes | pt_BR |
dc.contributor.referee3 | Camila Silva Nicácio | pt_BR |
dc.contributor.referee3ID | Sara Araújo | - |
dc.contributor.referee4ID | Juliana Neves Lopes Rodrigues | - |
dc.contributor.referee5ID | Daniela Mesquita Leutchuk de CAdemartori | - |
dc.creator | Titos Moamba | pt_BR |
dc.creator.Lattes | https://www.escavador.com/sobre/12243523/titos-moamba | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-05-24T17:06:04Z | - |
dc.date.available | 2023-05-24T17:06:04Z | - |
dc.date.issued | 2023-02-27 | - |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/1843/53875 | - |
dc.description.resumo | Este trabalho intenta compreender o pluralismo jurídico vigente em Moçambique, a partir de uma leitura das teorias contra hegemônicas, sociologia das ausências e emergências, conjugadas com a interpretação de instrumentos normativos vigentes, apreciação das práticas sociais e administração de conflitos pelo direito positivo e consuetudinário nos distritos de Marracuene, Tsangano e Rapale. Para tal, tomamos como base: (i) a leitura histórica do pluralismo jurídico em Moçambique; (ii) a compreensão das características da coexistência entre o direito consuetudinário (operado pelos líderes comunitários e tradicionais) e o direito positivo (operado pelos tribunais, procuradorias etc.); (iii) a conciliação e o debate de todas essas apreciações. A partir desta coexistência (entre os dois tipos de direito) olhamos para a forma como os conflitos sociais locais são administrados, as prováveis ocultações e limitações do poder decisório de um para outro tipo de direito e questionamos o tipo de pluralismo jurídico que se institucionaliza em Moçambique. Nesta lógica, entramos no campo de pesquisa, onde usamos o método qualitativo através do qual, por um lado, efetuamos entrevistas semiestruturadas às lideranças que conduzem o direito consuetudinário e direito positivo e, por outro lado, fizemos observação participante em cerimónias ritualistas, tal como, acompanhamos julgamentos em tribunais comunitários nos distritos de Marracuene, Tsangano e Rapale. O trabalho de campo revelou que a luta pela sobrevivência do direito (positivo e consuetudinário) gera dois tipos de resistência: (i) a perpetuação das normas costumeiras nas práticas sociais, mesmo as tidas como ilícitas pelo direito positivo e, (ii) a resistência do direito positivo em ceder a legalização normativa de certas práticas costumeiras. Diante dessa ambiguidade, se assume uma intolerância, dado que, para o direito positivo, algumas normas costumeiras são ultrapassadas e supersticiosas, salvo se forem úteis às necessidades do mesmo, enquanto que para o direito consuetudinário, algumas normas estatais atropelam as práticas sociais. Assim, a resistência do direito positivo espelha um processo de homogeneização enquanto a resistência do direito consuetudinário é, em último caso, uma forma de lutar contra a desvalorização dos costumes locais e, sendo diferentes de uma comunidade para a outra, então é uma busca de valorização da diversidade e do pluralismo jurídico. Nessa luta, constata-se que, na administração de conflitos sociais, o poder decisório do direito consuetudinário limita-se ao poder decisório do direito positivo. Afinal, as decisões que prevalecem são do tribunal judicial, pois podem alterar as do tribunal comunitário, o inverso só é possível raramente e de forma opinativa. Portanto, as leis vigentes carecem de reconhecimento das especificidades locais e de formas de coordenação entre o direito positivo e direito consuetudinário. Ao agrupar o último ao primeiro, institucionaliza-se uma hierarquização cujos pontos de partida desse dualismo são materialmente díspares e colocam o direito consuetudinário como dependente do direito positivo. Mesmo assim, o direito consuetudinário não cessa de praticar seus costumes, mas é progressivamente ocultado pelo direito positivo, que cria uma igualdade aparente. Assim, não sendo suficiente o reconhecimento, acredita-se que a resistência dos costumes será a sirene para um pluralismo jurídico autêntico. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Minas Gerais | pt_BR |
dc.publisher.country | Brasil | pt_BR |
dc.publisher.department | FAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Sociologia | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFMG | pt_BR |
dc.relation | Programa Institucional de Internacionalização – CAPES - PrInt | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Pluralismo jurídico | pt_BR |
dc.subject | Direito consuetudinário | pt_BR |
dc.subject | Direito positivo | pt_BR |
dc.subject | Administração de conflitos | pt_BR |
dc.subject | Resistência | pt_BR |
dc.subject.other | Sociologia - Teses | pt_BR |
dc.subject.other | Direito - Moçambique - Teses | pt_BR |
dc.subject.other | Conflito - Administração - Moçambique - Teses | pt_BR |
dc.subject.other | Direito consuetudinário - Moçambique - Teses | pt_BR |
dc.title | Coexistência do direito positivo e consuetudinário na administração de conflitos em Moçambique : pluralismo juridico local? | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
Appears in Collections: | Teses de Doutorado |
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