Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/53973
Tipo: Artigo de Evento
Título: Ciclo de vida domiciliar, ciclo de vida do lote e dinâmica da cobertura do solo em Machadinho, Amazônia Brasileira
Autor(es): Vanessa Cardoso Ferreira
Gilvan Ramalho Guedes
Alisson Flávio Barbieri
Resumo: O campo teórico sobre demografia e meio ambiente cresceu muito nos últimos anos, sobretudo em decorrência do aumento dos problemas relacionados ao meio ambiente em todo o planeta. A ação humana cada vez mais é vista como responsável pela geração de diversos tipos de degradação ambiental, como desertificação, desmatamento, poluição de solos, água e atmosfera, ocupação de áreas que deveriam ser preservadas, entre outros. A Amazônia tem sido foco recorrente desse debate, uma vez que cada vez mais esse bioma vem sendo ameaçado pela ação antrópica. A floresta Amzônica é responsavel pelo equilibrio planetário, e mexer com esse equilíbrio pode gerar uma série de consequencias ambientais em escala global.Uma consequência do modelo de ocupação de Machadinho D’Oeste foi o aumento do desmatamento da região. Somente entre 1987 e 1995 observou-se que as taxas médias de desmatamento nas regiões rurais de Machadinho D’Oeste passaram de 14,28% para 43,56% da área total. A contribuição mais expressiva desse trabalho foi utilizar os arcabouços teóricos dos estágios da fronteira, do ciclo de vida domiciliar, do ciclo no lote e o modelo do ciclo de vida modificado (proposto por Guedes, 2010) para melhor compreender o contexto de desmatamento em Machadinho D’Oeste, em decorrência da agricultura familiar estabelecida na região, e em dois estágios diferentes da fronteira. Nenhuma outra região amazônica foi acompanhada desde o início do seu projeto de colonização. Outra particularidade desse trabalho foi o uso de uma metodologia recente, as regressões Beta (com a correção por fração e pelas Regressões Beta Zero Inflado). Isso apresenta um avanço, pois embora essa metodologia já tenha se mostrado como a mais interessante para realizar análises em proporção, ela ainda é pouco utilizada nas áreas de estudos de população e ambiente. Os resultados encontrados dos marcadores de ciclo de vida, ciclo do lote e integração com os mercados com relação ao aumento da proporção da área desmatada foram condizentes com achados anteriores na literatura. Os resultados preditos neste estudo para idade do chefe e tempo de residência no lote mostram resultados interessantes, em que os padrões de desmatamento aumentam de forma não-linear com o ciclo de vida domiciliar, aumentando sua intensidade no período de consolidação do lote (famílias nucleares e filhos jovens), revertendo a tendência de desmatamento quando os domicílios envelhecem. Ao mesmo tempo, o efeito não-linear do tempo de residência no lote sobre desmatamento sugere que os anos iniciais são predominantemente anos de experimentação com a terra, como advogados por Van Wey et al. (2007) e Guedes (2010). Esse efeito tende a se arrefecer a partir de aproximadamente 10 anos que os domicílios permanecem no lote, aprendendo a adaptar seus lotes a sistemas de uso do solo mais intensivos e sustentáveis.
Assunto: Desmatamento - Amazônia
Amazônia - Fronteiras
Areas subdesenvolvidas - Ciclos economicos - Estudo de casos
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FCE - DEPARTAMENTO DE DEMOGRAFIA
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/53973
Data do documento: 2016
metadata.dc.url.externa: http://www.abep.org.br/publicacoes/index.php/anais/article/view/2638
metadata.dc.relation.ispartof: ADEP - Associação brasileira de estudos populacionais
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