Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/1843/55575
Tipo: | Tese |
Título: | Preservação de arte rupestre: uma tarefa para ciborgues terrestres. |
Autor(es): | Ana Carolina Motta Rocha Montalvão |
Primeiro Orientador: | Luiz Antonio Cruz Souza |
Primeiro membro da banca : | Andrei Isnardis Horta |
Segundo membro da banca: | Mario Junior Alves Polo |
Terceiro membro da banca: | Rosana Pinhel Mendes Najjar |
Quarto membro da banca: | Yacy-Ara Froner Gonçalves |
Resumo: | A arte rupestre é o registro da expressão do pensamento simbólico de povos antepassados, indissociável da paisagem e presente em larga escala no território brasileiro. Entre os perigos aos quais a arte rupestre é suscetível destacam-se as modificações irreversíveis no meio ambiente, que causam a perda total deste patrimônio. Trata-se de um risco originado no sistema de crenças e valores da sociedade ocidental, que legitima uma relação predatória com a natureza e impõe uma realidade adversa à sua proteção. Assim, o objetivo central desta pesquisa é compreender como promover ações para a preservação da arte rupestre que sejam sustentáveis nesse contexto. A primeira parte desta pesquisa utiliza uma metodologia exploratória, fundamentada em pesquisa bibliográfica, para esclarecer quais os sentidos da arte rupestre e os objetivos da preservação. Situada no campo da interdisciplinaridade, buscamos conectar a questão central desta pesquisa aos saberes de diversas áreas correlatas – da Antropologia, da Arqueologia, do Meio Ambiente e da Ciência do Patrimônio. Para os debates específicos da Conservação-Restauração, destacamos a “Teoria Contemporânea da Restauração” (2003), de Salvador Muñoz Viñas, como principal referência utilizada. A segunda parte da tese se baseia em pesquisa de levantamento e pesquisa documental para analisar como as ações de preservação da arte rupestre têm sido desenvolvidas no Brasil. Após sobrevoar por este complexo cenário, o ensaio “Onde Aterrar?” (2020), de Bruno Latour, o “Manifesto Ciborgue” (1985), de Donna Haraway e “A queda do céu” (2015), de Davi Kopenawa e Bruce Albert, são utilizados para resolver as problemáticas identificadas, por meio da transgressão das fronteiras. A preservação sustentável da arte rupestre é uma tarefa para ciborgues terrestres, indivíduos capazes de colocar em diálogo as diferentes narrativas que a materialidade evoca, com o objetivo de proteger o que todas possuem em comum: seus territórios de vida. Essa pesquisa é parte do projeto “Patrimônio Cultural, Memória e Sustentabilidade - conceitos e práticas atualizadas” desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa ARCHE. |
Abstract: | Rock art is a record of symbolic thinking of ancestral peoples’ expression, inseparable from landscape and present on a large scale in Brazilian territory. Among the dangers to which rock art is susceptible are the irreversible changes in the environment, which cause the total loss of this heritage. It is a risk that originated in the system of beliefs and values of Western society, which legitimizes a predatory relationship with nature and imposes an adverse reality on its protection. Thus, the main objective of this research is to understand how to promote actions for the preservation of rock art that are sustainable in this context. The first part of this research uses an exploratory methodology, based on bibliographic research, to clarify the meanings of rock art and the objectives of preservation. Situated in the field of interdisciplinarity, we seek to connect the central question of this research to the knowledge of several related areas – Anthropology, Archeology, Environment and Heritage Science. For the specific debates on Conservation-Restoration, we highlight the “Contemporary Theory of Restoration” (2003), by Salvador Muñoz Viñas, as the main reference used. The second part of the thesis is based on survey research and documentary research to analyze how rock art preservation actions have been developed in Brazil. After flying over this complex scenario, the essay “Down to Earth?” (2020), by Bruno Latour, the “Cyborg Manifesto” (1985), by Donna Haraway, and “The fall of the sky” (2015), by Davi Kopenawa and Bruce Albert, are used to resolve the identified problems, through the transgression of borders. The sustainable preservation of rock art is a task for terrestrial cyborgs, individuals capable of putting into dialogue the different narratives that materiality evokes, with the aim of protecting what they all have in common: their life territories. This research is part of the project “Cultural Heritage, Memory and Sustainability - updated concepts and practices” developed by the ARCHE Research Group. |
Assunto: | Paisagem cultural Patrimônio cultural Arqueologia e história |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Instituição: | UFMG |
Departamento: | ARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA |
Curso: | Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
metadata.dc.rights.uri: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/55575 |
Data do documento: | 19-Out-2022 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Montalvao, Ana Carolina. Preservacao de arte rupestre..pdf | 44.85 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons