Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/57062
Tipo: Tese
Título: A colonização e seus restos : transmissão, linguagem e olhar
Autor(es): Omar David Moreno Cárdenas
Primeiro Orientador: Andréa Máris Campos Guerra
Primeiro Coorientador: Lynn Mario Trindade Menezes de Souza
Primeiro membro da banca : Fabio Santos Bispo
Segundo membro da banca: Jacqueline de Oliveira Moreira
Terceiro membro da banca: Gilson de Paulo Moreira Iannini
Quarto membro da banca: Ernani Pinheiro Chaves
Resumo: Esta pesquisa visou circunscrever marcas da colonização transmitidas como restos que reverberam no contemporâneo, dentro da cena política e societária e nos impasses da clínica psicanalítica. Trata-se de uma pesquisa que parte de um fenômeno político, porém, com consequências para a clínica e para a teoria, cuja modalidade principal de viabilidade metodológica foi a pesquisa teórica. Nesse contexto, entendemos que o método da nossa pesquisa é a escrita como forma de contornar o objeto e o saber. A técnica utilizada, nessa perspectiva, é da construção, de forma equiparável às construções em análise de Freud. Sustentamos uma reflexão epistemológica do encontro da psicanálise com os estudos de/pós/contra coloniais e concluímos um ponto de marginalidade em comum com relação à ciência hegemônica, mas a importância de se perguntar pela existência de uma psicanálise do resto do mundo que tome o território como uma variável a ser levada em consideração. Na perspectiva dos restos, assumimos algumas conclusões. Primeiro, que a experiência da colonização apresenta uma perturbação da temporalidade, ao deixar marcas que aparecem como criptas e anacronismos. Para entender a transmissão dessas marcas acudimos à reflexão sobre a verdade histórica e o lugar da tradição oral em Freud. Ao mesmo tempo, entendemos que é preciso formalizar a colonialidade em dois tempos. Um primeiro, no qual constituem-se as criptas e remete a uma cena colonial efeito de uma violência colonial direta. Nela, a voz aparece como o elemento pulsional que favorece essa inscrição, a língua, o pretuguês, como a testemunha da colonização; e lalíngua como a resposta subjetiva do ser falante perante a violência colonial. Em um segundo tempo, contemporâneo, o da situação colonial, em que há uma cristalização do corpo negro que aparece como um signo-índice do pior. O olhar racista (elemento de gozo), quando se depara com insígnias que denunciam um corpo herdeiro da diáspora africana, constitui-se como o marco que faz uma leitura imediata desse corpo. Dessa forma, engana o olho, apontando para a desumanização. Assinala-se o trabalho político e clínico do analista como uma insistência que permita fazer uma releitura desse corpo como signo, com efeitos não só no sentido, mas, especialmente, no deslocamento pulsional e de gozo.
Abstract: Esta investigación tuvo como objetivo circunscribir las marcas de la colonización transmitidas como restos que reverberan en lo contemporáneo, dentro de la escena política y societaria y en los impases de la clínica psicoanalítica. Se trata de una investigación que parte de un fenómeno político, sin embargo, con consecuencias para la clínica y para la teoría, cuya modalidad principal de viabilidad metodológica fue la pesquisa teórica. En ese contexto, entendemos que el método de nuestra investigación es la escritura como forma de contornar el objeto y el saber. La técnica utilizada, en esa perspectiva, es la de la construcción, de forma equivalente a las construcciones en análisis de Freud. Sustentamos una reflexión epistemológica del encuentro del psicoanálisis con los estudios de/pos/contra coloniales y concluimos un punto de marginalidad en común con relación a la ciencia hegemónica, así como la importante de preguntarse por la existencia de un psicoanálisis del resto del mundo que tome el territorio como una variable a ser llevada en consideración. En la perspectiva de los restos, asumimos algunas conclusiones. Primero, que la experiencia de la colonización presenta una perturbación de la temporalidad, al dejar marcas que aparecen como criptas y anacronismos. Para entender la transmisión de esas marcas acudimos a la reflexión sobre la verdad histórico y el lugar de la tradición oral en Freud. Al mismo tiempo entendimos que es necesario formalizar el colonialismo en dos tiempos. Un primero, en el cual se constituyen las criptas y remete a una escena colonial efecto de una violencia colonial directa. En ella la voz aparece como el elemento pulsional que favorece esa inscripción, la lengua, el pretuguês, como la testigo de la colonización; y lalangue como la respuesta subjetiva del parlêtre frente a la violencia colonial. En un segundo tiempo, contemporáneo, el de la situación colonial, hay una cristalización del cuerpo negro que aparece como un signo-índice de lo peor. La mirada racista (elemento de goce), cuando se enfrenta a las insignias que denuncian un cuerpo heredero de la diáspora africana, se constituye como el marco que hace una lectura inmediata de ese cuerpo. De esa forma, engaña al ojo, señalando para la deshumanización. Se resalta el trabajo político y clínico del analista como la insistencia que permita hacer una relectura de ese cuerpo como signo, con efectos no solo del sentido, sino, especialmente, en el desplazamiento pulsional y de goce.
Assunto: Psicologia - Teses
Colonização - Teses
Voz - Teses
Inconsciente - Teses
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/57062
Data do documento: 23-Jun-2023
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese. A colonização e seus restos..pdf3.27 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.