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Type:	Monografia (especialização)
Title:	Irrigação transanal simplificada em pacientes com mielomeningocele e incontinência fecal: resultados funcionais após três anos de tratamento
Authors:	Marcela Monteiro Pinheiro
First Advisor:	Jaqueline Almeida Guimarães Barbosa
First Referee:	Isabel Yovana Quispe Mendoza
Second Referee:	Márcia dos Santos
Abstract:	A mielomeningocele (MMC) é a espinha bífida aberta mais comum e grave. Após o nascimento, essa malformação pode levar a distúrbios funcionais, como constipação e incontinência anal, afetando mais de 80% dos indivíduos acometidos, com um impacto negativo na qualidade de vida desses pacientes e de seus familiares/cuidadores. A irrigação transanal (ITA) tem sido utilizada com sucesso no manejo desses distúrbios, porém o dispositivo utilizado, Peristeen®, não está disponível no Brasil. No país, a ITA foi padronizada utilizando o mesmo dispositivo via estomia. Objetivos: avaliar a continuidade da ITA simplificada após três anos de capacitação de pacientes com MMC e incontinência fecal (IF) acompanhados no serviço. Comparar os resultados do impacto na função evacuatória e a ocorrência de complicações ou eventos adversos. Método: pacientes com diagnóstico confirmado de MMC e IF que não responderam a medidas conservadoras, como dieta, tratamentos farmacológicos e fisioterápicos, foram treinados com a ITA simplificada de janeiro de 2017 a março de 2020 e avaliados quanto ao impacto da função evacuatória e qualidade de vida (QV). Nessa segunda fase do estudo, passados três anos dessa capacitação de introdução da ITA simplificada, foi realizada nova investigação com os mesmos pacientes e aplicado o questionário de IF Wexner, o protocolo I específico de MMC e um de procedimento prático (seguimento) a fim de verificar a continuidade do tratamento da ITA e o impacto na função evacuatória dos pacientes com MMC e IF, bem como os motivos da não adesão ao tratamento. Resultados: dos 23 pacientes do primeiro momento do estudo, 20 permaneceram com o procedimento de irrigação transanal após os três anos. Os motivos para descontinuidade do tratamento foram: dores no joelho, dificultando o assentamento no vaso sanitário; internações prolongadas e um paciente por episódios frequentes de diarreia. A defecação involuntária foi relatada por um paciente (5%) após três anos de ITA, e 95% não mais apresentavam perdas fecais ao longo do dia. Evacuação incompleta reduziu de 20% para 10% dos pacientes e 90% não mais utilizavam laxativos. Houve uma diminuição na taxa de incontinência anal de 7,00 para 6,00 na comparação de um ano para três anos de ITA simplificada. No final de três anos, 60% desses pacientes não mais apresentavam perdas sólidas e 90% não faziam uso de laxativos. Ao final de três anos de ITA, 40% dos pacientes realizavam o procedimento sozinhos, sem ajuda, em comparação com um ano que foi de 15%, dor abdominal foi relatada por 30% e 85% relataram melhora máxima na qualidade de vida. Conclusões: a ITA é um método seguro, simples, eficaz, sem efeitos colaterais para suspensão de tratamento. Produz melhora da constipação, da incontinência e da saúde em geral de pacientes com MMC e IF. A enfermagem tem papel fundamental em educação, motivação, suporte e monitorização contínua desses pacientes a fim de resguardar a técnica adequada, bem como os ajustes no volume de água para se conseguir uma adesão adequada.
Subject:	Meningomielocele Irrigação Terapêutica Incontinência Fecal Cuidados de Enfermagem
language:	por
metadata.dc.publisher.country:	Brasil
Publisher:	Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials:	UFMG
metadata.dc.publisher.department:	ENF - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA
metadata.dc.publisher.program:	Curso de Especialização em Enfermagem em Estomaterapia
Rights:	Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri:	http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
URI:	http://hdl.handle.net/1843/58343
Issue Date:	7-Jul-2023
Appears in Collections:	Especialização em Enfermagem em Estomaterapia

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