Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/61873
Tipo: Tese
Título: Plantas alimentícias não convencionais (PANC) como alternativa dietética para fenilcetonúricos.
Autor(es): Elaine Carvalho Minighin
Primeiro Orientador: Raquel Linhares Bello de Araújo
Primeiro Coorientador: Renata Adriana Labanca
Primeiro membro da banca : Christian Fernandes
Segundo membro da banca: Renan Campos Chisté
Terceiro membro da banca: Juliana Maria de Oliveira
Quarto membro da banca: Rosângelis Del Lama Soares
Resumo: A fenilcetonúria é um erro inato autossômico recessivo do metabolismo do aminoácido fenilalanina (Phe), causado por variantes no gene que codifica a fenilalanina hidroxilase. A principal forma de tratamento é a restrição dietética da Phe, associado ao uso de substitutos proteicos e alimentos com baixo teor de proteína como frutas e vegetais, tornando a dieta monótona. Considerando a grande biodiversidade do Brasil, estudos que explorem esse potencial, com a indicação de novas opções de alimentos vegetais, como as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), que possam contribuir na diversificação e na suplementação da dieta destes pacientes tornam-se interessante. Neste contexto, objetivou-se selecionar e caracterizar PANC com baixo teor de proteína (< 5%), quantificando o teor de Phe. Foram selecionadas 15 amostras de PANC, distribuídas em nove famílias botânicas e 12 espécies. Sendo elas 11 folhosas (almeirão-de-árvore, azedinha, bertalha, capiçoba, capuchinha, jambu, ora-pro-nóbis com e sem espinho, peixinho, taioba, vinagreira-roxa), um fruto (chuchu-de-vento), uma flor (capuchinha), uma sépala (vinagreira) e um talo (taioba). Em um primeiro momento, essas amostras foram caracterizadas quanto à composição centesimal e minerais. Sendo observados teores representativos dos minerais potássio, cálcio, magnésio e ferro, como também, conteúdo de fibras solúveis. O teor de compostos fenólicos totais, a capacidade antioxidante, e o perfil químico antes e após o processo de digestão gastrointestinal in vitro das amostras também foram avaliados. Os resultados mostraram níveis relevantes de compostos fenólicos totais e capacidade antioxidante em comparação com algumas hortaliças convencionais. Com relação ao perfil químico, foi possível identificar compostos de diferentes classes químicas, com destaque a classe dos flavonóides com maior número de compostos identificados. Além disso, verificou-se que houve diferença na constituição desses compostos antes e após o processo de digestão. Para determinar o teor de Phe das amostras de PANC, foi validado, em duas matrizes, um método cromatográfico empregando a cromatografia líquida de alta eficiência com detector ultravioleta (CLAE/UV). Os parâmetros de desempenho (linearidade, seletividade, efeito matriz, limite de detecção e quantificação, recuperação, repetibilidade e precisão intermediária) estudados na validação, indicaram a adequação do método para quantificação de Phe em matriz vegetal. Com relação ao teor de Phe das amostras foi observado que as amostras folhosas apresentaram maior teor de Phe, quanto às amostras de fruto, flor, sépala e talo. Os dados apresentados no estudo indicam que as amostras de PANC são adequadas para uso na dieta de pacientes com fenilcetonúria, desta forma a inclusão desses vegetais ao tratamento poderá auxiliar na diversidade alimentar e na ingestão de nutrientes, deixando-o menos monótona e mais palatável.
Abstract: Phenylketonuria is an autosomal recessive inborn error in the amino acid phenylalanine (Phe) metabolism caused by gene variants encoding phenylalanine hydroxylase. The main form of treatment is dietary Phe restriction, associated with using protein substitutes and low-protein foods such as fruits and vegetables, making the diet monotonous. Considering the incredible biodiversity of Brazil, studies that explore this potential, with the indication of new plant food options, such as Unconventional Food Plants (UFP), which may contribute to the diversification and supplementation of these patients' diets, become attractive. In this context, the objective was to select and characterize UFP with low protein content (< 5%), quantifying the Phe content. Fifteen UFP samples were selected, distributed in nine botanical families and 12 species. Of which 11 are leafy (almeirão-de-árvore, azedinha, bertalha, capiçoba, capuchinha, jambu, ora-pro-nóbis com e sem espinho, peixinho, taioba, vinagreira-roxa), one fruit (chuchu-de-vento), one flower (capuchinha), one sepal (vinagreira) and one stalk (taioba). At first, these samples were characterized by chemical composition and minerals. It was observed representative contents of the minerals potassium, calcium, magnesium, and iron, as well as contents of soluble fibers. The content of total phenolic compounds, the antioxidant capacity, and the chemical profile before and after the samples' in vitro gastrointestinal digestion process were also evaluated. The results showed relevant levels of total phenolic compounds and antioxidant capacity compared to some conventional vegetables. Regarding the chemical profile, it was possible to identify compounds from different chemical classes, emphasizing the class of flavonoids with the highest number of identified compounds. Furthermore, it was found that there was a difference in the constitution of these compounds before and after the digestion process. A chromatographic method using high-performance liquid chromatography with an ultraviolet detector (HPLC/UV) was validated in two matrices to determine the Phe content of the UFP samples. The performance parameters (linearity, selectivity, matrix effect, limit of detection and quantification, recovery, repeatability, and intermediate precision) studied in the validation indicated the method's suitability for quantification of Phe in plant matrix. Regarding the Phe content of the samples, it was observed that the leafy samples had a higher Phe content in the fruit, flower, sepal, and stem samples. The data presented in the study indicate that the UFP samples are suitable for use in the diet of patients with phenylketonuria. Thus, including these vegetables in the treatment can help with dietary diversity and nutrient intake, making them less monotonous and more palatable.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FARMACIA - FACULDADE DE FARMACIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/61873
Data do documento: 30-Ago-2023
Término do Embargo: 30-Ago-2025
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