Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/65365
Tipo: Dissertação
Título: Experiências adversas na infância e capacidade física no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
Título(s) alternativo(s): Adverse Childhood Experiences and physical capability in the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil)
Autor(es): Rodrigo Alves Pinto
Primeiro Orientador: Lidyane do Valle Camelo
Primeiro Coorientador: Rosa Weiss Telles
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Sandhi Maria Barreto
Primeiro membro da banca : Elis Mina Seraya Borde
Segundo membro da banca: Daniele Sirineu Pereira
Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar associações de um escore de exposição e também de aspectos específicos das experiências adversas na infância (EAIs) com a capacidade física da idade adulta, em contexto brasileiro. Utilizaram-se dados da terceira visita do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), realizada entre 2017 e 2019. Foram incluídos 10.896 servidores públicos brasileiros, ativos e aposentados, com idade entre 41 e 84 anos, e que possuíam dados disponíveis acerca da capacidade física e da exposição a EAIs. A capacidade física foi mensurada por meio da Short Physical Performance Battery (SPPB), cuja pontuação final varia de 0 a 12. Essa pontuação foi transformada em uma variável nominal com duas categorias: baixa capacidade física (≤7 pontos) e alta capacidade física (≥8 pontos). A investigação da exposição a EAIs foi feita por meio de cinco perguntas do Questionário Internacional de Experiências Adversas da Infância e de duas questões elaboradas pelos pesquisadores do ELSA-Brasil que, em conjunto, avaliaram a exposição à disfunção familiar (separação ou divórcio dos pais; morte dos pais ou responsáveis; ter morado com familiar que abusava de álcool e/ou drogas e/ou medicamentos, que tinha depressão ou outra doença mental, e que havia sido preso ou condenado) e ao trabalho infantil nos primeiros quatorze anos de vida. As exposições foram analisadas utilizando um escore com quatro níveis, relativo ao número de exposições reportadas: nenhuma exposição (escore=0), exposição a um tipo de EAI (escore=1), exposição a dois tipos (escore=2) e exposição a três ou mais tipos (escore≥3); e separadamente. Realizaram-se análises descritivas e regressões logísticas binárias, ajustadas para possíveis fatores de confundimento: idade, sexo, raça/cor de pele, escolaridade materna e escolaridade paterna. A média da idade dos participantes foi de 59,2 anos (DP=8,71) e 55,1% eram do sexo feminino. A exposição a pelo menos um tipo de EAI foi reportada por 42,2% da população e a baixa capacidade física foi observada em 28% dos participantes. Indivíduos expostos a um tipo de EAI (OR=1,18; IC95%=1,07;1,32), dois tipos (OR=1,19; IC95%=1,02;1,39) e três ou mais tipos (OR=1,36; IC95%=1,05;1,75) apresentaram mais chances de baixa capacidade física quando comparados aos indivíduos não expostos. Especificamente, ter morado com familiares que haviam sido presos ou condenados (OR=1,43; IC95%=1,02;1,99), morte dos pais ou responsáveis (OR=1,22; IC95%=1,05;1,41) e separação ou divórcio dos pais (OR=1,17; IC95%=1,01;1,36) foram associados à baixa capacidade física independentemente dos fatores de confusão. As evidências dessa investigação apontam para um possível efeito negativo das EAIs sobre a capacidade física da idade adulta, realçando a necessidade de ações de prevenção dessas exposições e dos seus danos.
Abstract: The aim of this study was to investigate associations of an exposure score and also of specific aspects of adverse childhood experiences (ACEs) with physical capability in adulthood, in a Brazilian context. Data from the third visit of the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), carried out between 2017 and 2019, were used. A total of 10,896 Brazilian civil servants, active and retired, aged between 41 and 84 years, and who had available data on physical capability and exposure to ACEs, were included. Physical capability was measured using the Short Physical Performance Battery (SPPB), whose final score ranges from 0 to 12. This score was transformed into a nominal variable with two categories: low physical capability (≤7 points) and high physical capability (≥8 points). The investigation of exposure to ACEs was carried out using five questions from the International Questionnaire of Adverse Childhood Experiences and two questions developed by ELSA-Brasil researchers which, together, assessed exposure to family dysfunction (separation or divorce of parents; death of parents or guardians; having lived with a family member who abused alcohol and/or drugs and/or medication, who had depression or another mental illness, and who had been arrested or condemned) and to child labor in the first fourteen years of life. Exposures were analyzed using a four-level score, relative to the number of reported exposures: no exposure (score=0), exposure to one type of ACE (score=1), exposure to two types (score=2) and exposure to three or more types (score≥3); and separately. Descriptive analyzes and binary logistic regressions were performed, adjusted for possible confounding factors: age, sex, race/skin color, maternal and paternal education. The mean age of participants was 59.2 years (SD=8.71) and 55.1% were female. Exposure to at least one type of ACE was reported by 42.2% of the population and low physical capability was observed in 28% of participants. Individuals exposed to one type of ACE (OR=1.18; 95%CI=1.07;1.32), two types (OR=1.19; 95%CI=1.02;1.39) and three or more types (OR=1.36; 95%CI=1.05;1.75) had more chances of low physical capability when compared to unexposed individuals. Specifically, having lived with family members who had been arrested or condemned (OR=1.43; 95%CI=1.02;1.99), death of parents or guardians (OR=1.22; 95%CI=1.05;1.41) and separation or divorce of parents (OR=1.17; 95%CI=1.01;1.36) were associated with low physical capability regardless of confounding factors. The evidence from this investigation points to a possible negative effect of ACEs on the physical capability of adulthood, highlighting the need for actions to prevent these exposures and their damage.
Assunto: Experiências Adversas da Infância
Trabalho Infantil
Aptidão Física
Velocidade de Caminhada
Saúde do Adulto
Estudos Longitudinais
Brasil
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/65365
Data do documento: 14-Jun-2023
Término do Embargo: 14-Jun-2024
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