Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/78452
Type: Tese
Title: Coinfecção Schistosoma-Leishmania: análise espacial de regiões coendêmicas e impacto da esquistossomose mansoni na leishmaniose tegumentar experimental
Other Titles: Schistosoma-Leishmania COINFECTION: spatial analysis of coendemic regions and impact of schistosomiasis mansoni in experimental tegumentary leishmaniasis
Authors: Genil Mororó Araújo Camelo Júnior
First Advisor: Deborah Aparecida Negrão Corrêa
First Referee: Andrea Teixeira de Carvalho
Second Referee: Mariângela Carneiro
Third Referee: Lílian Lacerda Bueno
metadata.dc.contributor.referee4: Roselene Ecco
Abstract: Esquistossomose e leishmanioses são doenças de grande impacto com de áreas de transmissão em comum. Porém, são poucos os estudos sobre áreas de ocorrência e possíveis impactos das coinfecções Schistosoma-Leishmania. Existem indícios de que a coinfecção cause piora clínica, afete a resposta imune e reduza a eficácia dos tratamentos. Assim, o presente trabalho visa identificar regiões coendêmicas para esquistossomose e leishmaniose tegumentar e avaliar os efeitos da infecção prévia por S. mansoni na imunopatogênese e parasitismo de L. amazonensis. Para determinar países onde coinfecções Schistosoma-Leishmania podem ser mais prováveis, montou-se um mapa de endemicidade global com base no The Global Health Observatory de 2022. Quarenta países foram coendêmicos, 23 dos quais têm altas taxas de transmissão de esquistossomose. Para análise regional, um estudo ecológico foi realizado com casos confirmados de leishmaniose tegumentar e esquistossomose registrados nas bases de dados do SINAN e no SISPCE em Minas Gerais entre 2013 e 2017, utilizando análises de indicadores de associação espacial. Análises de correlação espacial entre as duas doenças identificaram 61 municípios como agrupamentos de alta incidência conjunta, principalmente na microrregião de Caratinga. Este estudo possibilitou chamar atenção para áreas com maior potencial coendêmico, às quais devem ser destinados mais esforços de autoridades sanitárias. Já para avaliar os impactos da coinfecção experimental, foram utilizados camundongos BALB/c coinfectados com L. amazonensis após 8 semanas de infecção por S. mansoni. Peso, espessura da pata e mortalidade foram avaliados por 10 semanas pós-coinfecção, e órgãos foram coletados para análise. A coinfecção induziu agravamento da hepatomegalia, assim como menor espessura de lesão e maior carga parasitária de L. amazonensis. Em homogenato de pata e cultura de linfonodo poplíteo de animais coinfectados, houve manutenção de citocinas de perfil Th1 e aumento de IL-5 e IL-10 em relação aos somente com leishmaniose. Histopatologia de pata revelou que a coinfecção provocou áreas de necrose maiores e em maior número com amastigotas mais abundantes. Para melhor descrever a função de macrófagos, células peritoneais de camundongos sadios ou com 8 semanas de infecção por S. mansoni foram transferidas para camundongos infectados por L. amazonensis, ambas reduzindo similarmente a espessura das lesões em comparação ao controle. Logo, a infecção prévia por S. mansoni é capaz de alterar o microambiente imune no local de infecção por L. amazonensis, causando maior perda tecidual e maior proliferação de amastigotas, assim como piora da doença hepática.
Abstract: Schistosomiasis and leishmaniasis are two highly important diseases with overlapping transmission areas. However, there are only a few studies approaching the occurrence and possible impacts of Schistosoma-Leishmania co-infections. There is evidence that this co-infection leads to worse clinical outcomes, affects the immune response, and reduces treatment effectiveness. Therefore, the present study aims to identify regions co-endemic for schistosomiasis and tegumentary leishmaniasis and evaluate the effects of the previous S. mansoni infection on the immunopathogenesis and parasitism of L. amazonensis. To determine countries where Schistosoma-Leishmania co-infections are more likely to occur, an endemicity map was constructed based on data from The Global Health Observatory in 2022. Forty countries were considered co-endemic, 23 of which presented high level of schistosomiasis transmission. For a regional analysis, an ecological study using analyses of indicators of spatial association was conducted on confirmed cases of tegumentary leishmaniasis and schistosomiasis in Minas Gerais, between 2013 and 2017, obtained from SINAN and SISPCE databases. Spatial correlation analyses between the two diseases identified 61 municipalities as having concomitantly high incidences, particularly in the Caratinga microregion. This study allowed the identification of areas with a higher potential for co-endemicity, towards which health authorities should direct their efforts. To evaluate the impacts of the experimental co-infection, BALB/c mice were co-infected with L. amazonensis 8 weeks after S. mansoni infection. Weight, footpad thickness and mortality were evaluated weekly for 10 weeks post-co-infection, and organs were harvested for analysis. The co-infection induced a more pronounced hepatomegaly, as well as less footpad swelling with higher L. amazonensis parasite load. In footpad homogenate and popliteal-lymph node cell culture of co-infected mice, Th1 cytokine levels were maintained, and IL-5 and IL-10 concentrations were increased in relation to mice with only leishmaniasis. Histopathological analysis of footpads revealed larger and more numerous areas of necrosis in co-infected mice, along with more abundant amastigotes. To better describe macrophage function, peritoneal cells from non-infected mice and mice 8 weeks post-S. mansoni infection were transferred to mice infected with L. amazonensis, both reducing lesion thickness compared with the control. Therefore, the previous infection with S. mansoni can alter the immune microenvironment in the L. amazonensis infection site, leading to increased tissue loss and amastigote proliferation, as well as worsening liver disease.
Subject: Parasitologia
Schistosoma mansoni
Leishmania
Coinfecção
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA
metadata.dc.publisher.program: Curso de Especialização em Parasitologia
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/78452
Issue Date: 8-Jul-2024
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