Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6WEP5H
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Viagem e identidade em "Mazanga" e "O último vôo do flamingo"
Autor(es): Antelene Campos Tavares Bastos
Primeiro Orientador: Haydee Ribeiro Coelho
Primeiro membro da banca : Eduardo de Assis Duarte
Segundo membro da banca: Eliana Lourenco de Lima Reis
Terceiro membro da banca: Maria Nazareth Soares Fonseca
Quarto membro da banca: Laura Cavalcante Padilha
Resumo: Ao realizar um estudo comparatista das obras "Mazanga" , de Alberto Oliveira Pinto, e "O último vôo do flamingo", de Mia Couto, esta tese objetiva abordar o tema da viagem associado ao conceito de 'viagem para dentro' , de Edward Said. Ao analisar, nesses textos, a narração da viagem associada à estratégia da 'viagem para dentro, esta abordagem permite fazer uma reflexão sobre a identidade , com base no hibridismo. Os deslocamentos espaciais estão relacionados, nos referidos textos, à construção da memória, à 'polifonia' de vozes e ao entralaçamento entre História e literatura. Esse processo implica , nos termos aqui propostos, a 'viagem para dentro', cuja elaboração contrapontual, resultante do trabalho com a escrita, possibilita um reexame da herança do poder colonial, à luz de alguns aspectos sobre o pós-colonial. Em "Mazanga", o passado se torna matéria de reflexão por meio da 'memoria operadora da diferença', cuja construção apresenta a identidade como 'entrelugar' que é decorrente de um jogo a partir do qual se observa a tensão entre a voz e a letra. Com base no jogo de vozes, o 'entrelugar' se relaciona a um processo de transculturação. O livro ainda relaciona o tema de entrelaçamento e de cisão. No livro "O último vôo do flamingo" , o tema da viagem se associa ao processo memorialístico, sendo este analisado com base nas noções 'constelação' , 'mônada' e 'alegoria', de Walter Benjamin. Ao se organizar de forma constelacional, a memória se constitui como 'mônada', remetente metimicamente ao espaço de ruínas da nação. O caráter de melancolia, constituidor do olhar que focaliza o espaço de ruinas, propicia uma 'exegese alegórica da escrita'. Nesse sentido,ao apresentar o tema da viagem, por meio da memória, manifesta-se o processo polifônico que permite um questionamento da nação, vista como espaço liminar. Nesse espaço, a identidade cultural se constitui de forma híbrida, com base no processo de tradução cultural.
Assunto: Memória e literatura
Pós-colonialismo (Literatura)
Pinto, Alberto Oliveira Mazanga Crítica e interpretação
Relações culturais
Transculturação
Polifonia
Couto, Mia, 1955- O último vôo do flamingo Crítica e interpretação
Identidade na literatura
Literatura africana (Português) História e crítica
Literatura e história
Hibridismo
Viagem na literatura
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6WEP5H
Data do documento: 14-Fev-2006
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