Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AQKGWZ
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Feminismo, liberdade e prostituição: para além do dissenso democrático
Autor(es): Clarisse Goulart Paradis
Primeiro Orientador: Juarez Rocha Guimaraes
Primeiro membro da banca : Ricardo Fabrino Mendonca
Segundo membro da banca: Yumi Garcia dos Santos
Terceiro membro da banca: Flávia Millena Biroli Tokarski
Quarto membro da banca: San Romanelli Assumpção
Resumo: A tese identifica o dissenso democrático em torno da liberalização, proibição ou abolição da prostituição, dissenso esse entendido como resultado das disputas entre as diferentes linguagens políticas. Tais linguagens variam segundo os conceitos de liberdade, a relação deste com a ideia de igualdade e com o âmbito da sexualidade. O objetivo do trabalho é compreender os debates políticos em torno do significado da prostituição que foram estabelecidos na modernidade e contemporaneidade. Nesse sentido, examinamos alguns momentos decisivos o republicanismo democrático de Mary Wollstonecraft; a primeira onda do feminismo; o liberalismo de John Stuart Mill; o debate sobre prostituição no marxismo clássico e no anarquismo e, finalmente, as contribuições de Simone de Beauvoir, da segunda onda do feminismo e os debates que a seguiram. Foi possível concluir que o conceito de liberdade como autonomia, no pensamento político feminista, do século XVIII à primeira metade do século XX, foi fundamental para compreender a prostituição como uma forma de não liberdade. Esse conceito foi desestabilizado durante a segunda metade do século XX, no contexto dos debates feministas sobre a sexualidade e da emergência do neoliberalismo. Proponho, por fim, a reabilitação do conceito ampliado de liberdade como autonomia, no escopo do feminismo, de modo a construir uma base normativa emancipadora para pensar dilemas como o da prostituição.
Abstract: The thesis identifies the democratic dissent around the liberalization, prohibition or abolition of prostitution, understood as a result of the disputes between the different political languages. These languages vary according to the concepts of freedom, the relation of this to the idea of equality and the scope of sexuality. The purpose of the paper is to understand the political debates surrounding the meaning of prostitution that were established in modernity and contemporaneity. In this sense, we examine a few decisive moments - the democratic republicanism of Mary Wollstonecraft; the first wave of feminism; the liberalism of John Stuart Mill; the debate on prostitution in classical Marxism and anarchism, and finally the contribution of Simone de Beauvoir, the second wave of feminism and the ensuing debates. It was possible to conclude that the concept of freedom as autonomy in feminist political thought from the eighteenth century to the first half of the twentieth century was fundamental to understanding prostitution as a form of non-freedom. This concept was destabilized during the second half of the twentieth century in the context of feminist debates about sexuality and the emergence of neoliberalism. I propose, finally, the rehabilitation of the expanded concept of freedom as autonomy, within the scope of feminism, in order to build an emancipatory normative basis for thinking of dilemmas such as prostitution.
Assunto: Ciência política
Prostituição
Liberdade
Feminismo
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AQKGWZ
Data do documento: 6-Jul-2017
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