Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AY8GZD
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisor1Raoni Guerra Lucas Rajaopt_BR
dc.creatorMichelle Karine Figueiredopt_BR
dc.date.accessioned2019-08-13T08:27:58Z-
dc.date.available2019-08-13T08:27:58Z-
dc.date.issued2015-03-26pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/BUBD-AY8GZD-
dc.description.abstractThe last decades have been marked by a significant increase in activities through computerized systems and, consequently, changes occurred in the embodiment of labor, therefore, the worker before immersed in the "floor manufacture" and in actual contact with the field, it is taken to control rooms, where it operates and monitors machinery, equipment and processes that are miles away. This new configuration of the work attracted the interest of researchers from different areas who were interested in investigating and understanding the actions and perceptions of workers within that "virtual" framework. According to many of these studies, the computerization of work has profoundly changed the way employees relate to the object of their activity, favoring thus the development of intellective skills in place of body, extending the calculation capacity and memory of workers and generating new questions about the need to regulate the cognitive workload to avoid accidents and improve productivity. Thus, these studies include the computerized job as a predominantly cognitive activity, where problems are solved through analytical thinking in a similar way to a computer program, and where you can optimize the creation of graphical interfaces to match the tasks and the inherent capabilities of the worker's mind. The present study questions this predominantly cognitive vision through ethnographic-inspired research into the working practices in a control room of a power company in the State of Minas Gerais, where are remotely controlled power plants and substations. To analyze this empirical case, this study was based on the phenomenology of Merleau-Ponty perception and the concept of intuitive expertise proposed by Hubert and Stuart Dreyfus. From this analysis, this study argues that even in a fully computerized activity, actions and perceptions of experienced workers are not things that happen in a logical and analytical way by cognitive assumption. Moreover, it was observed that due to practical experiences, skills become incorporated and the worker is able to realize meaningfully and act in a natural way through the body. With this proposal, this study shows that, the control room operators, by incorporating the computerized interfaces in their phenomenological field (i.e. sink in that experience through their bodies) they are able to see "beyond" the computer screen. Understand that workers develop expertise through practical experiences can contribute positively to improve the way organizations see human-machine interface and thereby upgrade the way the trainings are proposed, and rules and graphical interfaces are formulated which go beyond universal prescriptions on the cognitive ability of workers.pt_BR
dc.description.resumoAs últimas décadas foram marcadas por um aumento significativo de atividades realizadas por meio de sistemas informatizados e, como consequência, ocorreram mudanças na forma de realização do trabalho, pois, o trabalhador, antes imerso no chão de fábrica e em contato real com o campo, é levado para salas de controle, onde opera e monitora máquinas, equipamentos e processos que estão a quilômetros de distância. Essa nova configuração do trabalho atraiu o interesse de pesquisadores de diversas áreas que se interessaram em investigar e entender as ações e percepções dos trabalhadores nesse âmbito virtual. De acordo com grande parte desses estudos, a informatização do trabalho modificou profundamente a forma com que os trabalhadores se relacionam com o objeto de sua atividade, privilegiando, dessa forma, o desenvolvimento de habilidades intelectivas no lugar de corporais, estendendo a capacidade de cálculo e memória dos trabalhadores e gerando novos questionamentos sobre a necessidade de regular a carga de trabalho cognitiva de modo a evitar acidentes e melhorar a produtividade. Sendo assim, essas pesquisas compreendem o trabalho informatizado como uma atividade prevalentemente cognitiva, onde os problemas são resolvidos por meio do pensamento analítico de forma similar a um programa de computador e onde é possível otimizar a criação de interfaces gráficas de modo a compatibilizar as tarefas e as capacidades intrínsecas da mente do trabalhador. O presente trabalho questiona essa visão predominantemente cognitivista por meio de um estudo de inspiração etnográfica das práticas de trabalho de uma sala de controle de uma companhia energética no Estado de Minas Gerais, onde se controla, remotamente, usinas hidrelétricas e subestações. Para analisar esse campo empírico, esse estudo se baseou na Fenomenologia da Percepção de Merleau-Ponty e no conceito de expertise intuitiva proposto por Hubert e Stuart Dreyfus. A partir dessa análise, esse estudo argumenta que mesmo em uma atividade totalmente informatizada, as ações e percepções dos trabalhadores experientes não são aspectos que acontecem apenas de maneira lógica e analítica como pressuposto pelos cognitivistas. Por outro lado, discutiu-se que devido a experiências práticas, as habilidades tornam-se incorporadas e o trabalhador é capaz de perceber com significado e agir de maneira fluida, por meio do corpo. Com essa proposta, esse estudo mostra que os operadores da sala de controle, ao incorporar as interfaces informatizadas em seu campo fenomenológico (i.e. absorver por meio de seu corpo essa experiência) eles são capazes de perceber além das telas do computador. Entender que é por meio de experiências práticas incorporadas que os trabalhadores desenvolvem expertises pode contribuir positivamente para melhorar a forma como as organizações encaram a relação humano-máquina e, com isso, atualizar a maneira como são propostos os treinamentos e formuladas as regras e interfaces gráficas que vão além de prescrições universalistas sobre a capacidade cognitiva dos trabalhadores.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectExperiências incorporadaspt_BR
dc.subjectSala de controlept_BR
dc.subjectIntencionalidade do corpopt_BR
dc.subjectFenomenologia da percepçãopt_BR
dc.subjectExpertisept_BR
dc.subject.otherEspecialistapt_BR
dc.subject.otherSalas de controle Experiênciaspt_BR
dc.subject.otherTrabalhadores da indústria elétricapt_BR
dc.subject.otherPercepçãopt_BR
dc.subject.otherIntencionalidade (Filosofia)pt_BR
dc.subject.otherEngenharia de produçãopt_BR
dc.subject.otherFenomenologiapt_BR
dc.subject.otherCorpo e mentept_BR
dc.titlePercepção além da cognição: experiências por detrás das telas de uma sala de controlept_BR
dc.typeDissertação de Mestradopt_BR
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
disserta__o_final_em_pdf.pdf1.74 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.