Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9QHH3L
Tipo: Tese de Doutorado
Título: As metamorfoses da coisa: modos de apresentação do real nos escritos de Primo Levi
Autor(es): Luciola Freitas de Macedo
Primeiro Orientador: Antonio Marcio Ribeiro Teixeira
Primeiro Coorientador: Marco Aurelio Maximo Prado
Primeiro membro da banca : Vladimir Pinheiro Safatle
Segundo membro da banca: Newton Bignotto de Souza
Terceiro membro da banca: Renato de Andrade Lessa
Quarto membro da banca: Marcia Maria Rosa Vieira
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo apresentar e elucidar, partindo da noção de Coisa tal como conceituada por Jacques Lacan, na esteira de Sigmund Freud, as diferentes maneiras através das quais, Primo Levi, químico, escritor e sobrevivente de Auschwitz, serviu-se da escrita como modo de enfrentar o que chamou de Coisa Nazi, o trauma da deportação e do confinamento, e o que desta experiência continuara a traumatizar, mesmo após a liberação dos Campos de Concentração, em janeiro de 1945. Para tanto, recorremos a um amplo exame de sua obra: relato testemunhal, poesia, conto, ensaio, artigos publicados em jornais e entrevistas dadas ao longo de sua vida. Num primeiro momento, abordou-se a Coisa e o problema da verdade através do exame dos seus contos fantásticos e da noção de zona cinzenta, eixo central sobre o qual se constitui seu livro Os afogados e os sobreviventes. Num segundo momento optou-se por situar a noção de Coisa no ensino de Jacques Lacan, para em seguida examinar como, diante da face inassimilável da Coisa e do real do trauma, o escritor lança mão do recurso à escrita poética. Ao final, procurou-se acompanhar as metamorfoses da Coisa à luz de É isto um homem?, seu primeiro testemunho publicado, por meio de um contraponto com o recurso ao oximoro, até a gênese do conceito original de zona cinzenta.
Abstract: This research aims to present and clarify, based on the notion of Thing as conceptualized by Jacques Lacan, on the heels of Sigmund Freud, the different ways in which Primo Levi, chemist, writer and an Auschwitz survivor, has used writing as a way to face the Nazi thing ", the trauma of deportation and confinement and what continues to traumatize even after the liberation of the concentration camps in January 1945. For this purpose, we will examine several dimensions of his work: testimony, poetry, short story, essay, articles in newspapers and interviews given throughout his life. First, we discuss the concept of Thing and the problem of truth by examining his fantastic tales, and, above all, the notion of gray zone, central axis on which constitutes his book, The drowned and the saved. Second, we chose to investigate the concept of the Thing in the teachings of Jacques Lacan. The next step examines how, in face of the Thing and of the inassimilable of the real trauma, the writer uses his poetic writing. Finally, we follow the metamorphosis of the Thing in If this is a man, his first testimony, and as from his trajectory as a writer, through the use of oxymoron, until the genesis of the original concept of "gray zone".
Assunto: Testemunhas
Psicanálise
Levi, Primo
Escrita
Psicologia
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9QHH3L
Data do documento: 28-Abr-2014
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