Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BATFSF
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Soroterapia no pós-operatório de colecistectomias videolaparoscópicas: prática essencial ou dispensável?
Autor(es): Jessimara Ribeiro Henrique
primer Tutor: Maria Isabel Toulson Davisson Correia
primer miembro del tribunal : Simone de Vasconcelos Generoso
Segundo miembro del tribunal: José Eduardo de Aguilar Siqueira do Nascimento
Resumen: A administração de soro no perioperatório é realizada desde 1832, tratando-se de prática bastante utilizada, algumas vezes sem critérios adequados. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo verificar a necessidade clínica que justifique a prescrição rotineira de soroterapia no pós-operatório (PO) de colecistectomias videolaparoscópicas (CVL) eletivas. Pacientes maiores de 18 anos com diagnóstico de colelitíase, submetidos a CVLs foram incluídos no estudo e avaliados antes da operação, no PO imediato e momentos antes da alta hospitalar (1o. DPO). Ao final da operação, os doentes foram randomizados para os grupos: controle (com soro no PO, n = 50) e estudo (sem soro no PO; n = 50). Foram quantificados os volumes de soro infundidos no perioperatório, realizado exame de Bioimpedância Elétrica, e aferido peso corporal (pré-operatório, antes da liberação da dieta e da alta hospitalar), quantificado o volume urinário no PO, creatinina plasmática pré e pósoperatório e, também avaliadas as sensações de fome, sede e mal-estar no PO, bem como a incidência de náuseas e vômitos. O tempo dispensado pela enfermagem para a manutenção da soroterapia no PO foi mensurado e os custos associados à prática foram calculados. O tempo de jejum pré-operatório, a duração da operação, o tempo de jejum PO e o jejum total foram semelhantes entre os grupos (p>0,05). O volume médio de soro infundido durante operação não diferiu entre os grupos (p>0,05), mas o volume total no perioperatório foi maior no grupo controle (3000 vs 1600 mL; p < 0,05). O volume urinário (0,7 ± 0,3 mL/kg/h vs 0,8 ± 0,5 mL/kg/h) e os níveis de creatinina pré-operatórios (0,78 ± 0,17 mg/dL e 0,79 ± 0,16 mg/dL) não foram diferentes entre os grupos (p > 0,05), enquanto, no PO, os níveis plasmáticos de creatinina se mostraram maiores no grupo controle (respectivamente, 0,62 ± 0,17 mg/dL e 0,54 ± 0,17 mg/dL; p < 0,05). Quanto à variação de peso entre os grupos (peso pré-operatório peso pós-operatório), os valores foram maiores no grupo controle (1,11 ± 0,95 kg vs 0,84 ± 0,58 kg; p < 0,05). Os percentuais de água corporal foram semelhantes entre as medições realizadas, assim como a água extracelular (p > 0,05). Os níveis de fome, sede e mal-estar entre os grupos foram semelhantes (p > 0,05), bem como a incidência de náusea e vômito. O tempo médio gasto para manutenção da soroterapia no PO foi de 10,7 minutos e os custos foram maiores no grupo controle (p < 0,05). Assim, concluímos que não há indicação clínica que justifique a administração de soro no pósoperatório de CVL eletiva.
Abstract: Perioperative intravenous fluid (IV) administration has been the standard procedure since 1832 and, is a widely used practice sometimes under inadequate criteria. The present work aims at verifying the clinical need that justifies the common IV fluid prescription on the postoperative (PO) period in patients undergoing videolaparoscopic cholecystectomy (CVL) elective. Patients over eighteen years old diagnosed with cholelithiasis, were included in the study and assessed before the operation, in the immediate PO and moments before hospital discharge (1st day postoperative). At the end of the operation, the patients were randomly distributed into the groups: a control group (received PO IV fluids, n = 50) and a study group (no PO IV fluids, n = 50). The amounts of IV fluids infused in the perioperative were quantified, the electric Bioeletrical impedance was carried out, body weight was measured, urinary output was quantified in the PO, plasma creatinine was assessed preoperatively and PO. Postoperative hunger and thirst wellbeing levels were also evaluated, as well as the incidence of nausea and vomiting. Preoperative fasting time, the duration of the operation, postoperative fasting time and the total fasting time were similar between the groups (p > 0,05). Total peroperative IV fluids did not differ between the groups (1500 mL; p > 0,05). The total volume in the perioperative was higher in the control group (3000 vs. 1600 mL; p < 0,05). The urinary volume (0,7 ± 0,3 mL/kg/h vs. 0,8 ± 0,5 mL/kg/h) and preoperative creatinine levels (0,78 ± 0,17 mg/dL e 0,79 ± 0,16 mg/dL) did no differ (p > 0,05), while in the PO, the plasma creatinine levels proved to be higher in the control group (0,62 ± 0,17 mg/dL and 0,54 ± 0,17 mg/dL; p < 0,05). In both groups there was a decrease in postoperative creatinine levels (p < 0,05). Concerning weight variation (preoperative weight postoperative weight), the values were higher in the control group (1,11 ± 0,95 kg vs. 0,84 ± 0,58 kg; p < 0,05). The body water ratio did not differ between measurements, as well as the extracellular water (p > 0,05). The levels of hunger, thirst and wellbeing were similar between the groups (p > 0,05), as well as the incidence of nausea and vomiting. So we conclude that there is no clinical indication that justifies the administration of postoperative IV fluids in patients undergoing laparoscopic cholecystectomy.
Asunto: Soroterapia
Colecistectomia
Colelitiase Diagnostico
Pós-operatório
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-BATFSF
Fecha del documento: 8-mar-2017
Aparece en las colecciones:Dissertações de Mestrado

archivos asociados a este elemento:
archivo Descripción TamañoFormato 
disserta__o_mestrado_jessimara_ribeiro_henrique.pdf1.77 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Los elementos en el repositorio están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, salvo cuando es indicado lo contrario.