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Tipo: Tese de Doutorado
Título: Dominação e violência, entre a história e a ficção: uma análise do projeto ideológico e do projeto estético de "Sargento Getúlio", de João Ubaldo Ribeiro
Autor(es): Fabio Roberto Rodrigues Belo
primer Tutor: Sergio Alves Peixoto
primer miembro del tribunal : Jose Americo de Miranda Barros
Segundo miembro del tribunal: Maria Nazareth Soares Fonseca
Tercer miembro del tribunal: Vera Lucia de Carvalho Casa Nova
Cuarto miembro del tribunal: Antonio Marcos da Silva Pereira
Resumen: Nessa tese, analisamos o romance Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro. Nosso estudo está dividido em duas partes. Na primeira, dedicamos nossa atenção ao projeto ideológico do romance. Mostramos que a obra de Ubaldo permite ver que patrimonialismo patriarcal e burocracia não são tão separadas como, a princípio, era de se esperar. O contexto sócio-pólítico da narrativa, a década de 50, no nordeste brasileiro, mostra como essas duas formas de dominação se relacionam. Além de analisarmos as características de cada uma delas, dedicamos o maior espaço para examinar Getúlio, fruto, em grande medida, dessa relação. Mostramos como sua consciência dependia de seu contexto. Ao mesmo tempo obediente a seu superior, Getúlio reproduzia a violência que sofria.Terminamos essa primeira parte, mostrando como cangaço desempenha um papel importante no imaginário político de Getúlio.Na segunda parte da tese, enfocamos o projeto estético do romance. Mostramos, em primeiro lugar, como as relações amorosas presentes no romance são também relações políticas. A relação de Getúlio com os outros personagens da narrativa é construída de tal forma a deixar isso claro. Um outro aspecto importante é a tensão existente entre a ficção e a história no romance. Por um lado, o romance é claramente político e faz referências a eventos históricos tais como os partidos políticos da década de 50 e ao cangaço. Por outro, há uma forte presença do ficcional ao longo da narrativa, em forma de estórias, canções ou gestas populares. Finalmente, destacamos, no projeto estético de Sargento Getúlio, o que se pode chamar dialética das formas. Entendemos tal recurso como crítica às imagens idealizadas do humano: seja na forma da política, seja na forma do próprio sujeito. Contrapondo imagens tais como o chefe de Getúlio seja na forma do próprio sujeito. Contrapondo imagens tais como o chefe de Getúlio usando brilhantina no cabelo e os corpos despedaçados produzidos pela política por ele comandada, é possível perceber que as imagens ideais só existem à custa do recalcamento desses elementos heterogêneos, em especial, a violência.
Asunto: Política na literatura
Violencia na literatura
Literatura e história
Poder (Ciências sociais)
Ribeiro, João Ubaldo, 1940- Sargento Getulio Crítica e interpretação
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-79YGNA
Fecha del documento: 14-dic-2007
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