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dc.contributor.advisor1Ana Maria Clark Perespt_BR
dc.contributor.referee1Rachel Esteves Limapt_BR
dc.contributor.referee2Silvana Maria Pessoa de Oliveirapt_BR
dc.contributor.referee3Ram Avraham Mandilpt_BR
dc.contributor.referee4Heloisa Fernandes Caldas Ribeiropt_BR
dc.creatorEdson Santos de Oliveirapt_BR
dc.date.accessioned2019-08-12T05:27:11Z-
dc.date.available2019-08-12T05:27:11Z-
dc.date.issued2008-03-07pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/ECAP-7CLF4Q-
dc.description.resumoDialogando com a noção de letra de Jacques Lacan e com proposições sobre a escrita de Barthes e Blanchot, procuramos demonstrar que há em Guimarães Rosa uma "consciência da letra", ou , em outros termos, um programa estético de investimento na letra. O projeto rosiano se confirma nas correspondências do escritor mineiro com seus tradutores, trabalho em que Rosa aposta nos aspectos sonoros e visuais não só da palavra e da frase, mas até mesmo nos fonemas e no espaço em branco, apontando já para uma escrita sintonizada com a visualidade e a materialidade sonora. Percebemos que desde Sagarana, passando por Corpo de baile, Primeiras estórias, Estas estórias e Tutaméia, Guimarães Rosa vai construindo uma escrita que, se por um lado se aproxima da noção lacaniana de letra, tem também suas peculiaridades. Em Sagarana e Corpo de baile, o escritor mineiro já cria narrativas direcionadas para a letra, mas ainda prioriza o significado, embora faça ligeiros esboços de uma escrita que já tende para os limites da representação. A partir de Primeiras estórias, Rosa começa a condensar seu texto, principalmente em algumas metanarrativas (Partida do aldaz navegante, O espelho) e contos de memória (Nenhum, nenhuma). Esse processo vai sendo apurado em Grande sertão: veredas e em Estas estórias. Nessa última obra já há contos com uma significativa fragmentação, como se pode constatar em Páramo, Meu tio,o Iauaretê e A estória do homem do Pinguelo. No entanto, é em Tutaméia que Guimarães Rosa vai construir narrativas mais embaçadas, como Mechéu, Lá nas campinas, Zingaresca além de outras, realçando elementos que escapam ao escrito como o gesto, o toque, a voz, o som e a imagem. Para isso, ele constrói textos extremamente concentrados e seu processo de construção é explicitado nos quatro prefácios das Terceiras estórias, paratextos que, juntamente com algumas epígrafes, sinalizam para uma escrita próxima do silêncio, associando o oral ao escrito, a voz à imagem. Nesse processo, a linguagem deixa de ser uma mera reprodução do som, mas é enfocada na sua plenitude, não se atendo ao significado, mas entrando na categoria do verbivocovisual. À medida que avança, a escrita rosiana vai sofrendo um significativo processo de redução não só da linguagem, mas também da imagem. Esse processo está sintonizado com as últimas pesquisas de Lacan, quando tentou estabelecer relações entre o vazio do Taoísmo, a plasticidade e a flexibilidade do ideograma com o caráter inominável do Real. Optando pela ilegibilidade, mostrando que a linguagem não foi feita apenas para a comunicação, Rosa cria assim um texto opaco e ilegível, convidando o leitor a entrar nesse gozo da linguagem. Mais do que um escritor, ele é também um artista gráfico.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectconsciência da letrapt_BR
dc.subjectJacques Lacanpt_BR
dc.subjectBarthes e Blanchotpt_BR
dc.subjectGuimarães Rosapt_BR
dc.subject.otherPsicanálise e literaturapt_BR
dc.subject.otherOpacidadept_BR
dc.subject.otherTranstextualidadept_BR
dc.subject.otherRosa, Joao Guimarães, 1908-1967 Linguagempt_BR
dc.subject.otherRosa, João Guimarães, 1908-1967 Critica textualpt_BR
dc.subject.otherRosa, João Guimarães, 1908-1967 Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subject.otherRosa, João Guimarães, 1908-1967 Personagenspt_BR
dc.subject.otherLiteraturapt_BR
dc.subject.otherPersonagens literáriospt_BR
dc.titleNicas, nonadas, tutameíces: o percurso da letra na obra de Guimarães Rosapt_BR
dc.typeTese de Doutoradopt_BR
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