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http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7K7GS4
Tipo: | Tese de Doutorado |
Título: | Representações da natureza na ficção amazonense |
Autor(es): | Allison Marcos Leao da Silva |
Primeiro Orientador: | Eliana Lourenco de Lima Reis |
Primeiro membro da banca : | Myriam Correa de Araujo Avila |
Segundo membro da banca: | Maria Zilda Ferreira Cury |
Terceiro membro da banca: | Valter Sinder |
Quarto membro da banca: | Luis Heleno Montoril del Castilo |
Resumo: | O trabalho consiste na identificação e no exame de imagens da natureza amazônica presentes na produção ficcional amazonense do século XX, tanto no que se refere à escolha das imagens a serem apresentadas, como a maneira pela qual se dá sua representação, isto é, a linguagem que lhe serve de suporte e que, por assim dizer, recria, no texto, a natureza. De início, a pesquisa detém-se em textos que, por motivos que a tese também se ocupa em investigar, acabaram por exercer grande influência entre os ficcionistas do Amazonas, a saber: 'Inferno verde', de Alberto Rangel, bem como o prefácio que acompanha tal obra, escrito por Euclides da Cunha, e 'A selva', do português Ferreira de Castro. Nesse ponto, tanto são consideradas as representações da natureza no interior dessas obras, como a recepção que os intelectuais da província deram a elas, posto que foi nesse movimento duplo que se constituiu uma tradição literária das representações da natureza no Amazonas. Uma pequena extrapolação quanto ao gênero abordado é necessária nesse momento do trabalho, pois a primeira e mais grave recepção que se deu aos textos de Rangel e Euclides aconteceu no campo do ensaio crítico, com Péricles Moraes. Entretanto, já com a análise de 'A selva', retoma-se o fio da narrativa de ficção. Quanto ao trabalho de recepção verificável no plano ficcional, o 'Intermezzo' da tese inicia o exame do reprocessamento que prosadores amazonenses como Arthur Engrácio, Astrid Cabral e Erasmo Linhares executaram na tradição de representação da natureza até ali instituída. A noção de literatura como resposta e resistência acompanha essa parte do trabalho, assim como as contradições, impasses, matizes, permanências e rupturas associáveis a literaturas, como essas, pós-coloniais. É através dessa noção que se busca compreender os movimentos intelectuais amazonenses a partir da década de 1950 (aos quais se liga Engrácio), vistos à luz da oscilação das representações da natureza, bem como as mudanças operadas em tais representações nas décadas de 1960 e 1970 (ainda com Engrácio e agora também com Cabral e Linhares), seja na escolha das imagens da natureza, seja na mudança do tom do discurso que as representa. Postas e analisadas em conjunto, tendo como contínua referência as representações da natureza na prosa de ficção amazonense, essas obras revelam um intenso trânsito de idéias, no qual assimilação decorre de escolhas e revisões, invertendo a noção comumente difundida de que o regionalismo - que, no caso do Amazonas, tem como principal base o abuso das imagens naturais - seja um corpo fechado, constituído só de denegação e isolamento. |
Assunto: | Ficção brasileira Amazonas Séc XX Rangel, Alberto, 1871-1945 Inferno verde Crítica e interpretação Regionalismo na literatura Regionalismo Amazonia Castro, Ferreira de, 1898-1974 A selva Critica e interpretação Natureza na literatura Literatura |
Idioma: | Português |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Instituição: | UFMG |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7K7GS4 |
Data do documento: | 6-Out-2008 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado |
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