Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7MFLPK
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Either/Or: jogo em Kierkegaard - Kierkegaard em jogo
Autor(es): Jacqueline Leao Jacome Ferreira
Primeiro Orientador: Maria Zilda Ferreira Cury
Primeiro membro da banca : Guiomar Maria de Grammont M. A. Souza
Segundo membro da banca: Georg Otte
Terceiro membro da banca: Leda Maria Martins
Quarto membro da banca: Olga Valeska Soares Coelho
Resumo: O jogo de escrita fabricado por Kierkegaard, em "Either/Or", constrói, propositadamente, brechas de interpretação, configurando-se o eu da escritura como autor/jogador astuto que lança mão de artifícios escriturais que se refletem na pseudonímia e na matéria narrada. O conceito de jogo, bem como o próprio ato de jogar, serão, pois, importantes à análise que aqui se intenta. Em "Either/Or", os autores sobrepostos ora se impõem como novos prospectos de leitura e releitura, ora se transformam no elemento lúdico que reverbera em torno de si mesmo enquanto categoria crítica e interpretativa relevante. Sem desconsiderarmos os fatos complexos da interioridade de Kierkegaard como, por exemplo, viver a liberdade subjetiva diante da ética e da pressão religiosa, primeiramente, avaliaremos a incidência lúdica nos seus textos, partindo da visão analítica de jogo, para depois, então, confrontarmos sua autonomia criativa (e de seus pseudônimos) com o jogo de reconstrução de sentido próprio da atividade do leitor. "Either/Or", conforme conceito formulado por Wolfgang Iser, instaura condições de comunicação e suscita o jogo de respostas decorrentes dos efeitos estéticos produzidos na mente do leitor. Se isso pode ser dito, lato sensu, sobre qualquer obra ficcional, no caso da escrita de Kierkegaard essa suspensão se dá como projeto escritural que vai sendo explicitado, simultaneamente, a seu processo de construção, de jogo levado a extremos labirínticos através das sobreposições de eus escriturais. Na análise de "Either/Or", pretendemos, além de contemplar o jogo de autorias forjadas que recortam o texto, tentar apreender a construção do discurso, partindo do princípio que Kierkegaard, ao elaborar os dois prefácios ficcionais, tanto na introdução de "Either/Or" quanto em "Diário de um Sedutor", utiliza-se da memória enquanto estratégia de criação literária. A partir dos dois prefácios citados, procuraremos estabelecer a relação comparativa entre o perfil do narrador e o universo narrado, entre o narrador, simultaneamente, sujeito e objeto da história, entre os acontecimentos passados reconstruídos, no presente, através da escrita
Assunto: Memoria (Filosofia)
Análise do discurso narrativo
Sedução
Escritores dinamarqueses Crítica e interpretação
Kierkegaard, Soren, 1813-1855 Either/Or Crítica e interpretação
Kierkegaard, Soren, 1813-1855 Anonimos e pseudonimos
Tempo(Filosofia)
Filósofos dinamarqueses
Leitores e leitura
Literatura
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-7MFLPK
Data do documento: 18-Dez-2008
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