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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Aspectos do perfil social da gestação e do parto da adolescente e da mulher adulta e suas repercursões sobre o recém-nascido
Authors: Francisco Luiz Zaganelli
First Advisor: Roberto Assis Ferreira
First Referee: Joel Alves Lamounier
Second Referee: Jose Silverio Santos Diniz
Abstract: Introdução: Na literatura, resultados controversos propiciaram este estudo para investigar diferença entre idade das mães adolescentes e adultas e repercussão no parto e condições de nascimento. Objetivos: Descrever aspectos do perfil social da gestação e do parto da adolescente e a da mulher adulta e associações de variáveis maternas e grupo etário com repercussão sobre o recém nascido vivo, no que se refere à presença de anomalia fetal, hipóxia (apgar) no primeiro e quinto minuto de vida, duração da gestação e peso. Metodologia:Foram analisados 6.302 prontuários médicos de gestantes, de todas asidades, internadas no período de cinco anos, de 2000 a 2004, na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Espírito Santo, considerada de alto risco. Foi utilizado o Sistema Informático Perinatal do Centro Latino-Americano de Perinatologia e Desenvolvimento Humano (SIP-CLAP), criado e desenvolvido pelaOrganização Mundial de Saúde (OMS). A análise estatística foi realizada com a assessoria de profissional da área e em duas etapas para controlar os fatores de confusão. Inicialmente foi realizada a análise univariada e em seguida a multivariada. O modelo de regressão logística foi utilizado em ambas as análises para anomalias.Foi utilizado o modelo de regressão politômica nas duas análises para as variáveis de duração de gestação, apgar de um minuto, apgar de cinco minuto e peso. As mulheres foram divididas em grupos I (10-14 anos); II (15-19 anos); III (20-34); IV ( 35 anos). Grupo III serviu de referência para fins de comparação. Resultados: De todos os nascimentos, 89(1,4%) foram de adolescentes de 10-14 anos (Grupo I) e 1.462 (23,2%) foram de 15-19 anos (Grupo II), 4.138 (65,7%) demães do 20-34 anos (Grupo III) e 613 (9,7%) de 35 anos e mais idade (Grupo IV). Entre as 89 adolescentes de 10 a 14 anos, não havia analfabetas; 96,6% tinham de 4 a 7 anos de estudo; 46,1% viviam com um companheiro. Nesse grupo, no pré-natal 43,8% realizaram 7 ou mais consultas; não relataram ter filho vivo prévio e 98,9% relataram não ter filho morto prévio. Também, nesse grupo 57,3% tiveram filho departo normal; em 89,9% deles em boas condições de vitalidade ou com Apgar de 7 a 10 no primeiro minuto de vida e 98,9% no quinto minuto; 73% foram a termo, 95,5% de gestação de um feto, 51,7% nasceram com peso adequado e não portadores de anomalias em 100%. Entre as 1.462 adolescentes de 15 a 19 anos (grupo II) 18 (1,2%) eram analfabetas; 41,7% tinham de 4 a 7 anos de estudo; 61,9% viviam comum companheiro. No pré-natal 45,1% realizaram 7 ou mais consultas; 79% relataram ter filho vivo prévio e 99,3% relataram não ter filho morto prévio. Quanto ao parto e nascimento, observou-se que 65,6% delas tiveram filho de parto normal; em 88,2% em boas condições de vitalidade ou com Apgar de 7 a 10 no primeiro minuto de vida e97,7% no quinto minuto; 76,4% foram recém-nascidos a termo, 95,8% de gestação de um feto, 47,3% nasceram com peso adequado e não portadores de anomalias em 98,8%. Após análise univariada e multivariada verificou-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos de mães adolescentes e adultas no quese refere à anomalia, ao apgar de primeiro e quinto minutos de vida e prematuridade. Entretanto observou-se diferença estatisticamente significativa em relação ao Grupo materno, ao peso do recém-nascido, ao número de consultas, à cesariana e filho vivo prévio. A chance do recém nascido ser de baixo peso quando a mãe pertencia ao Grupo I foi de 0,76 vezes (24% menor) que a chance do recém-nascido da mãepertencente ao Grupo III (p=0,004). A chance do recém-nascido ser de baixo peso quando a mãe pertencia ao Grupo II foi de 0,90 (10% menor) que a chance do recém nascido da mãe pertencente ao Grupo III (p<0,0001). Quanto maior o número de consultas, a chance de um RN ter hipóxia grave e moderada com um minuto de vida reduziu-se em 40% (p<0,0001) e 18% (p<0,0003). Aos cinco minutos de vida a hipóxiagrave e moderada foi reduzida em 35% (p<0,033) e 44% (p<0,0001) respectivamente. Ter peso insuficiente foi reduzida em 29% (p<0,0001). Uma consulta a mais, a chance de um RN ter baixo peso é reduzida em 54% (p<0,0001). A chance de uma criança que nasceu por cesariana e ter peso insuficiente foi 0,8 vezes maior (p<0,0002) daquele nascido de parto vaginal. Para o aumento em uma unidade do número de filhovivo prévio, a chance de um RN ser pré-termo reduz-se em 23% (p<0,0001), ser baixo peso reduz-se em 20% (p<0,0001) e ser a termo reduz-se em 10,8% (p<0,0001). Conclusões: Conclui-se que o principal fator para a ocorrência de hipóxia grave e moderada com um e cinco minutos de vida, baixo peso, peso insuficiente e prematuridade foi o número de consultas no pré-natal. Com o aumento de uma consulta, a chance de um RN ter baixo peso foi reduzida em 54% (p<0,0001).Observou-se que com o aumento do número de consultas, reduziu-se a chance de um RN ter hipóxia grave e moderada com um minuto de vida em 40% (p<0,0001) e em 18% (p<0,0003), respectivamente. Com cinco minutos de vida, reduziu-se a chance de ter hipóxia grave e moderada em 35% (p<0,033) e em 44% (p<0,0001), respectivamente. Também foi reduzido o número de recém-nascido de peso insuficiente em 29% (p<,0,0001) e prematuridade em 19% (p<0,0001). A idade da mãe adolescente não foi fator importante para aumento destas condições e para anomalia fetal.
Abstract: Introduction: The controversial results, pointed in literature, had propitiated this study to investigate if there were differences between the age groups of adolescents and adult mothers and which were the outcomes in the newborns.. Objectives: To compare aspects of the social profile of the gestation and the childbirth of the adolescent and of the adult women and to search if the mothers age, classified by age groups, had consequences on the newborn, as far as to the presence of anomaly, hypoxia (to apgar) in first and the fifth minute of life, gestation length and weight. Methodology: 6,302 medical records of pregnant women were analyzed, of all ages, admitted during the five year period, from 2000 to 2004, in the maternity of the Hospital of the Clinics of the Federal University of the Espírito Santo. It was used the Computer Perinatal System from the Latin American Center of Perinatology and Human Development (SIP-CLAP), created and developed byWorld Health Organization (WHO). The statistics analyses were carried through with assistance of a professional in the area and in two stages to control the confusion factors. Initially the univariate analysis was carried through and after that the multivaried one. The model of logistic regression was used in both the analyses for anomalies. The politomic regression model was used for duration of the gestation, for one and five minutes apgar and birth weight. Groups I, II and IV had been compared with group III, which served as reference Results: Of all the births, 89 (1,4%) had been of adolescents 10-14 years (Group I) and 1,462 (23,2%) had been of 15-19 years (Group II), 4,138 (65,7%) of mothers 20-34 years (Group III) and 613 (9,7%) of mothers 35 years and older (Group IV). Among 89 adolescents, age range 10 to 14 years, 74.8% declared to be mulattos; none were illiterate; 96,6% had 4 to 7 years schooling;46,1% lived with the boyfriend. Regarding prenatal care, 43.8% had 7 or more office visits; they didnt report previous live birth and 98.9% reported not having stillbirth. Regarding labor and delivery, it was observed that 57.3% of them had normal delivery and 89,9% of them were in good conditions at birth, or with Apgar of 7 the 10 in the first minute of life and 98.9% in the fifth minute; 73% were full term, 95.5% single fetus, 51.7% born with adequate weight and 100% not carrying any anomalies. Among 1,462 adolescents, age range 15 to 19 years, 76.4% declared to be mulattos, 18 (1,2%) to be illiterate; 41,7% had from 4 to 7 years of study; 61,9% lived with a boyfriend. As far as prenatal care 45,1% had 7 or more office visits; 79% reported having had a previous live birth and 99.3% reported that they didnt have previous stillbirth. Regarding labor anddelivery, it was observed that 65.6% of them had normal delivery, 88,2% were in good conditions with Apgar of 7 the 10 in the first and 97.7% in the fifth minute; 76,4% were full term, 95.8% single fetus, 47.3% born with adequate weight and 98,8% not carrying any anomalies. Conclusions: It was concluded that the main factor for the occurrence of hipoxia grave and moderated with one and five minutes of life, low birth weight,insufficient weight and prematurity was the number of consultations in the prenatal. With the increase of one medical consultation, the chance of a newborn to have low birth weight was of 54% (p<0.0001) The maternal age, being adolescent mother did not contribute for the increase of these conditions related with the newborn.
Subject: Cuidado pré-natal/utilização
Estado conjugal
Gravidez na adolescência/estatística & dados numéricos
Recém-nascido de baixo peso
Cesárea
Fatores de risco
Adolescente
Escolaridade
Gravidez de alto risco/estatística & dados numéricos
Gravidez/estatística & dados numéricos
Adulto
Hospitais de ensino
Idade materna
Hospitais públicos
Anormalidades
Prematuro
Asfixia neonatal
Criança
Pediatria
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-72EPNT
Issue Date: 20-Sep-2006
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