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Type: Tese de Doutorado
Title: Articulações do feminino em narrativas de mulheres dirigentes sindicais: saber-poder e gênero
Authors: Shirley Aparecida de Miranda
First Advisor: Rogerio Cunha de Campos
First Co-advisor: Eloisa Helena Santos
First Referee: Ines Assuncao de Castro Teixeira
Second Referee: Eliane Marta Santos Teixeira Lopes
Third Referee: Carmem Lucia Eiterer
metadata.dc.contributor.referee4: Guacira Lopes Louro
Abstract: No entrecruzamento de relações de saber e direito à diferença, a pesquisa realizada com mulheres dirigentes sindicais interroga a produção de subjetividades focalizando, no conjunto dos movimentos sociais, o movimento sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e sua performance a partir da intercorrência da década de 1980. Estuda-se a conjunção saber-poder na atividade sindical, inserindo a noção relação com o saber numa rede conceitual capaz de oferecer novas interpretações a essa noção. A partir da utilização do aporte foucaultiano, interroga-se a mobilização do sujeito diante dos dispositivos da atividade sindical e a maneira como essa posição participa da produção do próprio sujeito. Parte-se da premissa que, na atividade sindical, a política de gênero organiza estratégias de poder, formas de saber e contínuos convites para que o sujeito entre em relações de força consigo mesmo. Sendo assim, a conjugação saber-poder não é tratada do ponto de vista da relação entre teoria e prática e sim a partir da constituição de um saber na atividade sindical, admitindo-se que formulações, conceitos, opções teóricas são investidos institucionalmente de relações de poder. Compreende-se a relação com o saber como parte integrante do jogo de fabricação das diferenças. Por isso, formulam-se as seguintes questões: O que está em jogo no momento de ingresso das mulheres nas direções sindicais? Como essas mulheres dizem de si mesmas? Que ambivalências manifestam em relação à identidade reguladora e àquela que se propõe na atividade sindical? Que deslocamentos produzem diante da gramaticidade estabelecida pelo dispositivo política de gênero? Nas entrevistas, formula-se uma questão mobilizadora para desencadear as narrativas: conte sobre sua trajetória de ingresso na direção sindical, iniciando por onde você achar que deva começar. Considerava- se que a pergunta sobre a trajetória admitiria uma perspectiva temporal longitudinal na qual se poderia entrever uma forma das entrevistadas posicionarem-se diante de si, que remeteria a um jogo de poder-saber sobre si. A partir das narrativas, identificam-se as técnicas utilizadas pelas entrevistadas na fabricação de subjetividades que, em meio a relações de poder-saber, indicam a forma como as dirigentes sindicais experimentam as relações sociais a partir de um lugar sexual. Busca-se identificar as modalidades da relação que as entrevistadas estabelecem consigo mesmas definir-se entre o âmbito público e privado, entre a intimidade e a política. Constata-se que aprender a estratégia de posicionamento no interior do movimento sindical implica em posicionar-se, em ver-se e atribuir valores ao seu posicionamento, em inverter os próprios argumentos utilizando-os de modo estratégico. O encontro com referências que, no campo da cultura, problematizavam o acesso das mulheres aos espaços de poder político, permitiu às dirigentes uma atividade original. Conclui-se que as dirigentes fizeram uso da tecnologia que propõem uma estilização das condutas não por uma característica intrínseca do feminino, mas por oposição a demarcações das relações de poder. Enunciando em suas distintas escolhas um modo ativo de viver o próprio corpo, as entrevistadas se transformam e se redefinem.
Abstract: Dans la bifurcation des relations de savoir et de droit à la différence, la recherche réalisée avec des femmes dirigeantes syndicales interroge la production de subjectivités en se focalisant, dans l'ensemble des mouvements sociaux, du mouvement syndical de la Central Única dos Trabalhadores du Brésil (CUT) et sa performance à partir du cours de la décennie de 1980. S'étudie la conjonction savoir- pouvoir dans l'activité syndicale, en insérant la notion relation avec le savoir dans un réseau conceptuel capable d'offrir de nouveaux interprétations à la cette notion. À partir de l'utilisation dês idées de Michel Foucault, s'interroge la mobilisation du sujet devant les dispositifs de l'activité syndicale et la manière comme cette position participe de la production du sujet lui-même. Approprie la prémisse que, dans l'activité syndicale, la politique du genre organise des stratégies de pouvoir, formes de savoir et continuum invitations pour que le sujet entre dans des relations de force avec lui même. En étant ainsi, la conjugaison savoir-pouvoir n'est pas traitée du point de vue de la relation entre théorie et pratique. Elle est analysée à partir de la constitution d'un savoir dans l'activité syndicale, en s'admettant que des formulations, concepts, options théoriques sont investis institutionnellement de relations de pouvoir. Se comprend la relation avec le savoir comme partie intégrante du jeu de fabrication des différences. Donc, se formulent les suivantes questions : Ce que est en jeu au moment d'admission des femmes dans les directions syndicales ? Comment ces femmes disent de lui mêmes? Quelles ambivalences manifestent-elles concernant l'identité régulatrice et à l'laquelle il se propose dans l'activité syndicale ? Quels disloquements produisent devant la language établie par le dispositif politique du genre ? Dans les entrevues, se formule une question mobilisatrice pour déchaîner les récits : « parle-toi sur ta trajectoire d'admission dans la direction syndicale, en initiant par où tu veux commencer ». Il se considérait que la question sur la trajectoire admettrait une perspective longitudinale dans laquelle une forme pourrait de anticiper une manière des interviewées se placer devant lui mêmes, laquelle il enverrait à un jeu de savoir-pouvoir sur lui mêmes. À partir des récits, s'identifient les techniques utilisées par interviewées dans la fabrication de subjectivités que, dans les relations de savoir-pouvoir, indiquent la forme comme les dirigeantes syndicales essayent les relations sociales à partir d'une place sexuelle. Il se cherche identifier les modalités de la relation que interviewées établissent avec lui mêmes - se définir entre le contexte public et privé, entre l'intimité et la politique. Il se constate qu'apprendre la stratégie de positionnement à l'intérieur du mouvement syndical implique de se placer, à se voir et attribuer des valeurs à son positionnement, à inverser les arguments en les utilisant ce de manière stratégique. La rencontre avec des références que, dans le champ de la culture, mettent em question l'accès des femmes aux espaces de pouvoir politique, a permis aux dirigeantes une activité originale. Il se conclut que les dirigeantes ont fait utilisation de la technologie qui proposent une stylisation des conduites non par une caractéristique intrinsèque du féminin, mais par de l'opposition à des démarcations des relations de pouvoir. En énonçant dans leurs distincts choix une manière active de vivre ses corps lui-même, les dirigeantes se transforment et se redéfinissent.
Subject: Educação feminina
Educação
Sindicatos Brasil
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/HJPB-7FKHGD
Issue Date: 31-May-2008
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