Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-87YHD5
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: Agricultura urbana: práticas populares e sua inserção em políticas públicas
Autor(es): Maura Neves Coutinho
Primeiro Orientador: Heloisa Soares de Moura Costa
Primeiro membro da banca : Cassio Eduardo Viana Hissa
Segundo membro da banca: Maria Luiza Grossi Araujo
Terceiro membro da banca: Roberto Luís de Melo Monte-mór
Resumo: Convencionalmente o planejamento urbano busca resolver o que, usualmente, se denomina caos urbano, contudo há espontaneidades que a racionalidade hegemonica do planejamento não consegue abarcar. Um exemplo são as práticas de Agricultura Urbana (AU), fenomeno manifesto em Belo Horizonte e em várias outras cidades do mundo. Trata-se de atividades agricolas que ocorrem em vazios urbanos cuja produção é voltada para o auto-consumo ou venda no mercado local. Interage com as dimensoes sociais, ecológicas e economicas do urbano, contudo não é legitimada enquanto uma atividade urbana formal. Foram estes os objetivos desta dissertação: identificar e analisar as diversas formas pelas quais homens e mulheres urbanos, através do uso de recursos locais próprios, desenvolvem práticas da AU em Belo Horizonte; fazer uma discussão conceitual sobre a Agricultura Urbana, Agroecologa, Segurança Alimentar e Nutricional e Economia Solidária; compreender a conexão das práticas e do atual movimento da agricultura urbana com outras práticas e movimentos, compreender como os conceitos e as práticas produtivas são arranjados e pensados como ação política e economica dos produtores e qual a importância destes dentro das políticas públicas urbanas. Foram realizadas entrevistas, eventos e acompanhamento das açoes dos produtores. A pesquisa mostra que a AU não é uma panacéia para os problemas urbanos e socloambientais, causados por certo modelo de organização socioespacial, contudo é uma opção, dentre várias, tais como a agroecologia, as políticas de segurança alimentar e a economia solidâria, que responde aos sinais do esgotamento das relaçoes convencionais entre os chamados campo urbano e ambiental. Os sinais podem nos ajudar a assumir os problemas e vislumbrar novas formas de olhar e pensar a cidade e a sociedade que nela vive. A discussão sobre AU ainda é frágil e enfrenta desafios para a sua efetivação enquanto politica social com rebatimento nas politicas urbanas. Pode assumir a forma de um projeto contra-hegemonico favorável à cooperação e às transforrnaçoes sociais profundas ou favoráveis ao ideário neoliberal com respostas pontuais às carências urbanas desconsiderando problemas estruturais. Apesar dos riscos de uma adequação neoliberal as politicas públicas e o planejamento podem ajudar a criar instrumentos e açoes para fortalecer as práticas populares que estão voltadas ao atendimento nutricional de grupos sociais que sofrem de carências alimentares e tem na AU uma prática que mobiliza e fortalece a cultura alimentar popular. A AU não é prática nova, mas é um campo de pesquisa novo para a Geografia Urbana e, por isso, deve ser referenciada como parte dos processos e lutas do meio urbano que compoe a realidade atual.
Assunto: Economia solidária
Agricultura urbana Belo Horizonte (MG)
Políticas públicas Belo Horizonte (MG)
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-87YHD5
Data do documento: 28-Abr-2010
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