Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-88UEHP
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dc.contributor.advisor1Alexandre Uhleinpt_BR
dc.contributor.referee1Elton Luiz Dantaspt_BR
dc.contributor.referee2Marcos Egydio Silvapt_BR
dc.creatorFabricio de Andrade Caxitopt_BR
dc.date.accessioned2019-08-10T01:52:54Z-
dc.date.available2019-08-10T01:52:54Z-
dc.date.issued2010-07-01pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/MPBB-88UEHP-
dc.description.resumoA Faixa Rio Preto bordeja o Cráton do São Francisco em sua margem noroeste, na região limítrofe entre os estados da Bahia e Piauí. Nessa área, o Grupo Rio Preto aflora nas escarpas de regressão entre o Chapadão do Urucuia, a oeste, e a Planície do Rio São Francisco, a leste. O Grupo Rio Preto representa o preenchimento sedimentar da bacia precursora da faixa dobrada, sendo subdividido nesse trabalho em duas formações: Canabravinha, a sul, e Formosa, a norte.A Formação Canabravinha é composta por quartzito, metagrauvaca, metapelito, metaritmito areno-pelítico, metadiamictito e, localmente, metamarga. As camadas de metadiamictito apresentam-se interestratificadas com quartzitos com estratificação gradacional e metapelitos. Não foram encontradas evidências diretas convincentes da atuação de processos glacio-sedimentares nessas rochas, tais como, presença de clastos caídos nas intercalações de metapelitos.A Formação Formosa aflora nas imediações do rio Preto. E composta por mica xisto granatífero, com intercalações de quartzito, metaritmito areno-pelitico, metachert ferro-manganesífero, e, localmente, clorita-actinolita-epidoto xisto verde.As rochas do Grupo Rio Preto foram depositadas por fluxos sedimentares gravitacionais, com fluxos de lama a sul que gradam para correntes de turbidez de alta a baixa densidade a norte, que por sua vez dão lugar a processos de decantação e de precipitação química mais a norte. A análise de fácies permite modelar um ambiente marinho profundo tectonicamente ativo, do tipo siope-apron, com a formação de rampas íngremes devido à movimentação em falhas normais mergulhantes predominantemente para norte. Uma bacia do tipo rift, cuja principal área-fonte é o Craton do Sao Francisco a sul, é indicada para a deposição do Grupo Rio Preto.A Faixa Rio Preto apresenta evolução estrutural polifásica, com o desenvolvimento de três fohações durante a Orogênese Brasiliana (~600 Ma). S2 é a principal estrutura planar. De acordo com a análise de fotolineamentos combinada aos dados de campo, a área pode ser subdividida em três compartimentos estruturais: Sul, Central e Norte. Os compartimentos Sul e Norte apresentam direção geral dos lineamentos NE-SW, enquanto o compartimento Central apresenta orientação ENEWSW. Os máximos modais para S2 e L2 (CS: 334/29 e 356/36; CC: 170/72 e 90/40; CN: 139/15 e 67/7) indicam mudança de vergência entre os três compartimentos, caracterizando um leque assimétrico de dupla vergência. S2 mergulha para noroeste no Compartimento Sul, tornando-se progressivamente mais empinada em direção ao norte até atingir valores sub-verticais no Compartimento Central, e invertendo seu mergulho para sudeste no Compartimento Norte. O Compartimento Central corresponde a uma zona de cisalhamento transpressional destrógira, denominada Zona de Cisalhamento de Malhadinha - Rio Preto.Na região da fazenda Angico, a oeste de Formosa do Rio Preto, uma camada de aproximadamente 200 metros de espessura estimada de anfibolito ocorre tectonicamente intercalada com granada-míca xistos da Formação Formosa. A análise geoquímica dos anfibolitos sugere uma afinidade com basaltos tholeiíticos oceânicos. Diagramas de discriminação de ambiente tectônico baseados tanto em elementos maiores como traços classificam os protólitos dessas rochas como IAT lsland Are Tholeiítes. Os padrões de terras raras e elementos incompatíveis (spidergrarns) também apresentam forte correlação com padrões publicados para tholeiítos de arco de ilhas.A análise das razões isotópicas de Nd sugere que o Grupo Rio Preto, de idade Neoproterozóica (~0,9 Ga), provêm da erosão de fontes predominantemente paleoproterozóicas (Tdm: 1,97-2,68 Ga), com a intercalação de fontes mais novas a sul. Uma amostra de gnaisse do Complexo Cristalândia do Piauí apresenta idade modelo Tdm de 2,70 Ga. Isócronas rocha total / agregado mineral (granada / homblenda) indicam que os anfibolitos da fazenda Angico foram metamorfisados entre 2,0 e 1,8 Ga atrás, evidenciando seu caráter mais antigo em relação às rochas do Grupo Rio Preto. Dessa forma, essas rochas são interpretadas como lascas de embasamento que foram tectonicamente intercaladas à Formação Formosa durante a Orogênese Brasiliana.O modelo tectônico apresentado para a Faixa Rio Preto envolve a abertura de uma bacia do tipo rift no Neoproterozóico (~0,9 Ga), sobre crosta continental estabilizada no Paleoproterozóico (~1 ,8 Ga). A inversão dessa estrutura essencialmente aulacogênica ocorreu durante a Orogênese Brasiliana (~0,6 Ga), provavelmente induzida à distância pelos mecanismos de deformação nos orógenos marginais ao cráton. Devido à posição relativa entre o bloco de Cristalândia e o cráton quando ocorreram os esforços transpressivos, a faixa dobrada resultante apresenta a estruturação em leque divergente com transpressão destrógira em sua porção central.pt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectgeologiapt_BR
dc.subject.otherTectônica de placaspt_BR
dc.subject.otherGeodinâmicapt_BR
dc.subject.otherSedimentologiapt_BR
dc.subject.otherFormosa do Rio Preto (BA)pt_BR
dc.titleEvolução tectônica da Faixa Rio Preto, Noroeste da Bahia/Sul do Piauípt_BR
dc.typeDissertação de Mestradopt_BR
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