Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/VGRO-6Y8M3B
Type: Tese de Doutorado
Title: Vida e morte na Bahia colonial: sociedades festivas e rituais fúnebres
Authors: Humberto Jose Fonseca
First Advisor: Junia Ferreira Furtado
First Referee: Iris Kantor
Second Referee: Marco Antonio Silveira
Third Referee: Guiomar Maria de Grammont M. A. Souza
metadata.dc.contributor.referee4: Avanete Pereira Sousa
Abstract: Analisamos as representações da vida e da morte na Bahia colonial, as ambigüidades e contradições da sociedade baiana dos séculos XVII e XVIII, tendo como pano de fundo o ideal de vida nobre e honrada das elites, as grandes festas promovidas pela Igreja, pelo Estado e pelas Confrarias, em meio à pobreza que caracterizava a população colonial e a violência que representava a escravidão africana. Estudamos o modo de vida das elites, as representações da morte e os rituais fúnebres, inserindo-os todos, religiosidade, ideal de nobreza e honra, as festas e a morte, no tempo longo das representações coletivas que se modelam ao longo dos séculos. Pretendemos, com isso, colaborar para melhor situar a importância histórica do fenômeno da sociabilidade, tanto pela morte quanto pela festa, em sua visão didática, como elemento de difusão de novos motivos condutores que nortearam a sociabilidade e a devoção nos séculos XVII e XVIII na Bahia, no fulcro do domínio de uma sensibilidade que chamamos barroca. Procuramos entender como se lançaram sobre a América portuguesa os rituais fúnebres barrocos, cercados de todo o esplendor e pompa, principalmente em se tratando dos rituais fúnebres ligados à família real, aos governadores e Vice-reis e às elites locais. Discutimos, ainda, como o sentido do dionisíaco, oprimido pelos exercícios da obediência civil e religiosa, acaba por infiltrar-se pelas dobras proporcionadas pelos eventos festivos, levando à carnavalização do barroco. Partimos, neste trabalho, de um pressuposto central: o de que na Bahia dos séculos XVII e XVIII estamos diante de uma sociedade barroca, elitista e hierarquizada. Uma sociedade cuja elite se caracterizava pela busca desenfreada da nobilitação, pela exposição fáustica dos símbolos de distinção de status, pela constante procura e exposição de poder e prestígio social. Tal comportamento acreditamos dever-se às pressões resultantes da consciência de instabilidade estamental das elites, ameaçadas principalmente por elementos que, embora discriminados socialmente por questões religiosas, ou pelo exercício de funções consideradas pouco nobres, ou ambas, como os comerciantes e cristãos-novos, uns sempre associados aos outros, possuíam características que permitiam ameaçar a hegemonia social das elites aristocráticas: A mesma cor da pele e muito cabedal, o que levaria, em meados do século XVIII, com o progresso econômico dos comerciantes e homens de negócio, a estarem eles completamente assimilados às elites locais.
Subject: Morte
Brasil História
Elites (Ciências sociais)
Funerais no Brasil História
Bahia Historia
História
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/VGRO-6Y8M3B
Issue Date: 24-Mar-2006
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