Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/31386
Tipo: Tese
Título: Entre celulares, tablets, consoles e computadores: práticas digitais de adolescentes de uma escola pública de ensino fundamental
Autor(es): Guilherme Carvalho Franco da Silveira
Primeiro Orientador: Rafael Fortes Soares
Primeiro membro da banca : Bruno Roberto Campanella
Segundo membro da banca: Cléber Autgusto Gonçalves Dias
Terceiro membro da banca: Karla Caldas Ehrenberg
Quarto membro da banca: José Alfredo Oliveira Debortoli
Resumo: Esta tese se inspirou nas seguintes questões: a) quais são as práticas digitais, em celulares, tablets, consoles e computadores, de adolescentes de 12 a 15 anos de idade? e b) qual é o lugar das práticas digitais na vida de adolescentes do ensino fundamental? O objetivo é compreender os usos, os sentidos e as relações sociais que emergem de práticas mediadas pelas mídias digitais de adolescentes do terceiro ciclo de uma escola pública de ensino fundamental de tempo integral. A investigação se justifica pela escassez, no Brasil, na faixa etária pesquisada, de dados qualitativos sobre o tema, derivados de observação direta dos sujeitos. A pesquisa se caracterizou como uma etnografia e envolveu a observação participante das práticas digitais dos adolescentes assim como oficinas de práticas digitais na escola. As práticas digitais observadas eram, em sua maioria, banais, e tinham como sentidos predominantes, para os próprios adolescentes, o lazer e a interação, e não a inovação, o questionamento do conhecimento escolar ou os usos “sérios” das mídias digitais. Ao contrário de nativos digitais, os adolescentes mostraram-se bem menos letrados ou fluentes nas mídias digitais do que se tem assumido e não muito distantes qualitativamente dos interesses e habilidades digitais dos adultos que os cercam. As práticas digitais na escola eram práticas de sociabilidade e não de isolamento social, com destaque para a sociabilidade ao redor das práticas digitais. Em casa, as práticas digitais eram o que restava quando os adolescentes não podiam encontrar os amigos para jogar, conversar ou passear, em função de restrições impostas à sua livre circulação pela cidade. Em casa e na escola, quando confrontados com proibições relativas ao acesso a dispositivos e práticas, com barreiras técnicas ou com limites de tempo de uso, os adolescentes inventavam formas de burlar tais restrições, mostrando que simplesmente proibir, censurar ou demonizar as práticas digitais não afasta esses sujeitos de tais práticas, nem os ajuda a navegar mais lúdica, crítica e competentemente na cultura digital.
Abstract: This thesis was inspired by the following questions: a) what are the digital practices, in mobile phones, tablets, consoles and computers, of adolescents from 12 to 15 years of age? and b) what is the place of digital practices in the life of school adolescents? The objective is to understand the uses, senses and social relations that emerge from practices mediated by the digital media of adolescents of the third cycle of a full-time public elementary school. The investigation is justified by the scarcity of qualitative data about the subject in Brazil, in the age group studied, derived from the direct observation of the subjects. The research was characterized as an ethnography and involved participant observation of the digital practices of adolescents as well as workshops of digital practices in the school. The digital practices observed were, for the most part, banal, and had the predominant meanings for adolescents themselves, leisure and interaction, not innovation, questioning of school knowledge or the "serious" uses of digital media. Unlike digital natives, adolescents were far less literate or fluent in digital media than it has been assumed and not very qualitatively distant from the digital interests and abilities of the adults around them. Digital practices at school were practices of sociability rather than social isolation, with emphasis on sociability around digital practices. At home, digital practices seemed to be what remained when teens could not find friends to play or talk, due to restrictions imposed on their free movement through the city. At home and at school, when confronted with bans on access to devices and practices, with technical barriers or time limits, teenagers created ways of circumventing such restrictions, showing that simply prohibiting, censoring or demonizing digital practices does not keep these subjects away from such practices, nor does it help them to navigate more playfully, critically and competently in digital culture.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Curso: Programa de Pós-Graduação em Estudos do Lazer
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/31386
Data do documento: 6-Jun-2019
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