Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/42092
Tipo: Artigo de Evento
Título: Um capítulo na história da arquitetura e da construção escolar pública no brasil: a experiência da CARPE
Autor(es): Geraldo Ângelo de Almeida e Silva
Roberto Eustaáquio dos Santos
Resumo: Em contrapartida à importância dada pela historiografia da construção e da arquitetura às grandes obras públicas, elementos singulares na paisagem das cidades, a atenção deste trabalho se volta aos edifícios escolares padronizados, no que poderíamos definir como arquitetura de caráter ordinário, ainda muito pouco estudada. Analisamos a experiência de duas instituições públicas – as autarquias Campanha de Reparo e Restauração dos Prédios Escolares do Estado (CARRPE) e Comissão de Construção, Ampliação e Reconstrução dos Prédios Escolares do Estado (CARPE) – discutindo sua relevância para a cultura arquitetônica e para a história da construção em Minas Gerais, Brasil. A análise baseia-se numa leitura crítica de documentos oficiais, reportagens e obras, com ênfase em seu processo de produção e construção. Nossa intenção é ampliar a leitura desse sistema e colaborar para a reconstituição de sua história. Em conjunto, CARRPE e CARPE, foram os órgãos públicos que mais projetaram e construíram edifícios escolares em Minas Gerais (1958-1987). A trajetória dessas entidades pode ser periodizada em três momentos: fundação, consolidação e esgotamento. O primeiro momento é marcado pela atuação da CARRPE (1958-1967), cuja atribuição principal era a manutenção e a reforma predial. Ela se revela como um laboratório de experimentações projetuais, tecnológicas e construtivas. Num segundo momento, impulsionada pelas mudanças institucional (de campanha para comissão) e de atribuição, a CARPE consolida novo sistema de produção, elaborando de maneira singular e sistemática um inédito modelo de produção de edificações. Esse período é caracterizado por eficiência e rapidez no desenvolvimento de projetos e na execução de obras, definindo um significativo salto quantitativo e qualitativo. O esgotamento inicia-se a partir de um intenso questionamento acerca do caráter massivo e padronizado dessa produção. Tais críticas, provenientes principalmente do ambiente acadêmico, parecem ter sido determinantes no declínio da CARPE, extinta em 1987. Entre outras coisas, destaca-se nesse cenário a peculiaridade da forma da atuação pública da CARPE em relação a outras experiências brasileiras com racionalização e padronização construtiva. É especialmente relevante o fato de que não se verifica aí a reprodução da lógica de imprimir nas obras públicas a marca dos governos e arquitetos. São objetos sem autoria definida, concebidos coletivamente de acordo com rigorosa e organizada estrutura. Assim, essa produção arquitetônica se mostra exemplar na forma como congregou profissionais para a boa projetação e para criação de sistemas produtivos de qualidade.
Assunto: Projeto arquitetônico
Escolas
Edifícios públicos
Construção civil
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: ARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/42092
Data do documento: Set-2016
metadata.dc.url.externa: http://www.spehc.pt/publicacoes.html
metadata.dc.relation.ispartof: Congresso Internacional de História da Construção Luso-Brasileira
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