Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/58785
Tipo: Tese
Título: Isto não é uma Vênus : das cartografias venusianas às potências de um v(entre)
Autor(es): Flávia Virgínia Santos Teixeira Lana
Primeiro Orientador: Virgínia de Araújo Figueiredo
Primeiro membro da banca : Angélica de Oliveira Adverse
Segundo membro da banca: Cíntia Vieira da Silva
Terceiro membro da banca: Mariana Rodrigues Pimentel
Quarto membro da banca: Renata Lima Aspis
Resumo: Esta tese tem como objetivo cartografar parte da iconografia da deusa Vênus, com o intuito de mostrar como essa mitologia atravessa os tempos e os espaços transportando uma série de caracteres e formas em comum, como o próprio ventre, que passa a se repetir nas imagens fundando padrões de gênero e sexualidade. A pesquisa se dividiu em 5 capítulos que entrelaçam poemas antigos, esculturas clássicas, pinturas renascentistas, arte moderna, arte primitiva e alguns conceitos apresentados, principalmente por Deleuze e Guattari, em diálogo com outras(os) autoras(es) da própria Filosofia e também das Artes, História, Arqueologia. No capítulo 1, Vênus como sentido, discutimos como os signos e conceitos relativos à deusa da beleza e do amor, desde as primeiras cosmogonias e esculturas antigas, fazem de Vênus, uma imagem hegemônica que ajuda a conceber o sentido de um suposto feminino, através de suas formas sensíveis, para além e aquém do que é sentido. No capítulo 2, Vênus como representação, apresentamos o lugar do patriarcado na construção de categorias representativas que faz de um certo tipo de homem a representação universal, em detrimento da mulher ou do corpo com útero, como seu mero duplo, oposto e conceitual. No capítulo 3, Vênus como rostidade, retornamos às esculturas antigas de Vênus para mostrar como a replicação de certos padrões, bem como a restauração recebida no século XVII, parecem marcar uma redundância que transforma todo o corpo feminino em uma única rostidade. No capítulo 4, Vênus como estrutura, partimos da pintura O Nascimento de Vênus, de Botticelli, para apresentar como a retomada do mito de Vênus pela arte renascentista se relaciona com o nascimento do Estado capitalista e com a moderna divisão sexual do trabalho. No capítulo 5, Vênus como devir, investigamos os motivos pelos quais algumas estátuas dos períodos Paleolítico e Neolítico, encontradas entre os séculos XIX e XX, receberam o nome de Vênus e como a arte primitiva pode nos ajudar a romper com a máquina binária que separa os sexos, corpos e a natureza.
Assunto: Filosofia - Teses
Estética - Teses
Arte - Filosofia - Teses
Relações de gênero - Teses
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/58785
Data do documento: 16-Mai-2023
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