Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/63551
Type: Dissertação
Title: As representações de gênero em o bebê de Rosemary (1968): um olhar crítico
Authors: Altair dos Santos Bernardo Júnior
First Advisor: Leonardo Antonio Soares
First Referee: Cláudio Márcio do Carmo
Second Referee: Luciano Magnoni Tocaia
Abstract: Dentre os gêneros cinematográficos, o horror é aquele em que encontramos uma exploração mais intensa dos nossos medos e ansiedades (CLARK; SENN, 2011). Levando em consideração que a produção fílmica se desenrola em meio a relação dialética entre discurso e sociedade (FAIRCLOUGH, 2003; 2016), o gênero do horror nos serve como uma porta para o estudo entre a dominação de determinados grupos e a marginalização de outros. Sendo assim, a partir da visão do filme como texto multissemiótico (WILDFEUER, 2014; SOARES, 2022) o objetivo desse trabalho é analisar como as relações de gênero são representadas no filme estadunidense de horror O bebê de Rosemary (1968). Amparado nos estudos da Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2003; 2016) e da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1978; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014), as análises desse trabalho seguiram um caminho micro-macro no qual as sequências do corpus foram analisadas em dimensões. A primeira dimensão, linguística, se desenvolveu a partir da metafunção Ideacional da Gramática Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014). A segunda dimensão, multimodal, se ancorou na Semiótica Social (HODGE; KRESS, 1988; van LEEUWEN, 2005), mais especificamente na Gramática do Design Visual (KRESS; van LEEUWEN, 2022). A terceira dimensão, discursiva fílmica, se amparou na teoria cognitiva da narratividade cinematográfica de Bordwell (1985), assim como nas relações discursivas fílmicas (WILDFEUER, 2014; SOARES, 2022). Por fim, a quarta dimensão, macro análise, se pautou nos conceitos de hegemonia e ideologia da Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2003; 2016), esquemas mentais (van DIJK, 2020) e dominação masculina (BOURDIEU, 2020). Os resultados mostram que o horror de O bebê de Rosemary (1968) não é construído por meio da utilização de cenas de assassinato, possessão, ou quaisquer outros tipos de horror gráfico. O horror de O bebê de Rosemary (1968) é sustentado por relações de dominação atravessadas pelas questões de gênero entre Rosemary e aqueles que a rodeiam, como seu marido, seus vizinhos, seu médico, etc., convidando-nos a pensar sobre a junção entre poder, discurso e gênero.
Abstract: Among film genres, horror is the one in which we find the most intense exploration of our fears and anxieties (CLARK; SENN, 2011). Bearing in mind that film production takes place in the midst of the dialectical relationship between discourse and society (FAIRCLOUGH, 2003; 2016), the horror genre serves as a gateway for studying the domination of certain groups and the marginalization of others. Therefore, based on the view of film as a multisemiotic text (WILDFEUER, 2014; SOARES, 2022), the aim of this work is to analyze how gender relations are represented in the American horror film Rosemary's Baby (1968). Based on the studies of Critical Discourse Analysis (FAIRCLOUGH, 2003; 2016) and Systemic-Functional Linguistics (HALLIDAY, 1978; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014), the analysis of this work followed a micro-macro path in which the sequences of the corpus were analyzed in dimensions. The first dimension, linguistic, was developed from the Ideational metafunction of Systemic-Functional Grammar (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014). The second dimension, multimodal, was anchored in Social Semiotics (HODGE; KRESS, 1988; van LEEUWEN, 2005), more specifically in Visual Design Grammar (KRESS; van LEEUWEN, 2022). The third dimension, filmic discourse, was based on Bordwell's cognitive theory of cinematic narrativity (1985), as well as on filmic discursive relations (WILDFEUER, 2014; SOARES, 2022). Finally, the fourth dimension, macro analysis, was based on the concepts of hegemony and ideology from Critical Discourse Analysis (FAIRCLOUGH, 2003; 2016), mental schemas (van DIJK, 2020) and male domination (BOURDIEU, 2020). The results show that the horror of Rosemary's Baby (1968) is not constructed through the use of scenes of murder, possession, or any other types of graphic horror. The horror of Rosemary's Baby (1968) is sustained by relations of domination based on gender issues between Rosemary and those around her, such as her husband, her neighbors, her doctor, etc., inviting us to think about the connection between power, discourse and gender.
Subject: Análise do discurso
Bebê de Rosemary (Filme)
Funcionalismo (Linguística)
Relações de gênero
Semiótica
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/63551
Issue Date: 13-Dec-2023
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
As representações de gênero em O bebê de Rosemary (1968) um olhar crítico.pdf3.07 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons