Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9W2PRQ
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Choques externos e efeitos realocativos: Impactos sobre a estrutura e dinâmica das firmas industriais brasileiras
Autor(es): Juliana Dias Alves
Primeiro Orientador: Mauro Sayar Ferreira
Primeiro membro da banca : Lizia de Figueiredo
Segundo membro da banca: Ana Maria Hermeto Camilo de Oliveira
Terceiro membro da banca: Naercio Aquino Menezes Filho
Quarto membro da banca: Mauro Rodrigues Júnior
Resumo: Este trabalho tem como principal objetivo analisar o impacto de choques externos sobre a realocação de recursos na indústria brasileira no período de 1996 a 2009. Num primeiro momento, procurou-se estimar o impacto do crescimento da participação da China nas importações brasileiras sobre a probabilidade de saída das firmas do mercado, sobre a variação do emprego, sobre o uso relativo dos fatores de produção e, também, sobre o crescimento da produtividade. Dentre os resultados apurados, observa-se que a China contribuiu para saída de firmas brasileiras do mercado e que as mais produtivas, que estavam em indústrias com maior entrada de importações chinesas, variaram mais o emprego. Foi constatado ainda que a entrada de insumos chineses teve impacto positivo na variação da produtividade das firmas industriais brasileiras no período analisado. Há evidências também de que as firmas que alteraram a CNAE principal o fizeram em direção à indústrias menos intensivas em capital e mais intensivas em trabalho não qualificado. Num segundo momento, analisou-se os diferenciais das características das firmas quanto a classificação multiproduto, multi-industria e multissetor. Além disso, as estratégias das firmas industriais brasileiras de adicionar, retirar, ou não alterar o mix produtivo, bem como os impactos da crise internacional de 2008/2009 sobre a escolha de estratégias. Os dados da Pesquisa Industrial Anual, Empresa e Produto, viabilizaram as análises para o período de 2005 a 2009. Os resultados encontrados mostram que as firmas brasileiras alteram o escopo produtivo com frequência e estas alterações possuem impactos significativos no Valor da Produção da indústria. Observou-se ainda que, no período da crise de 2008, segundo choque externo considerado, as firmas exportadoras tiveram melhor desempenho na margem intensiva do valor da produção. Por outro lado, as firmas menores apresentaram maior probabilidade de alterar o leque de produtos adicionando e retirando itens do escopo produtivo de forma simultânea.Este trabalho tem como principal objetivo analisar o impacto de choques externos sobre a realocação de recursos na indústria brasileira no período de 1996 a 2009. Num primeiro momento, procurou-se estimar o impacto do crescimento da participação da China nas importações brasileiras sobre a probabilidade de saída das firmas do mercado, sobre a variação do emprego, sobre o uso relativo dos fatores de produção e, também, sobre o crescimento da produtividade. Dentre os resultados apurados, observa-se que a China contribuiu para saída de firmas brasileiras do mercado e que as mais produtivas, que estavam em indústrias com maior entrada de importações chinesas, variaram mais o emprego. Foi constatado ainda que a entrada de insumos chineses teve impacto positivo na variação da produtividade das firmas industriais brasileiras no período analisado. Há evidências também de que as firmas que alteraram a CNAE principal o fizeram em direção à indústrias menos intensivas em capital e mais intensivas em trabalho não qualificado. Num segundo momento, analisou-se os diferenciais das características das firmas quanto a classificação multiproduto, multi-industria e multissetor. Além disso, as estratégias das firmas industriais brasileiras de adicionar, retirar, ou não alterar o mix produtivo, bem como os impactos da crise internacional de 2008/2009 sobre a escolha de estratégias. Os dados da Pesquisa Industrial Anual, Empresa e Produto, viabilizaram as análises para o período de 2005 a 2009. Os resultados encontrados mostram que as firmas brasileiras alteram o escopo produtivo com frequência e estas alterações possuem impactos significativos no Valor da Produção da indústria. Observou-se ainda que, no período da crise de 2008, segundo choque externo considerado, as firmas exportadoras tiveram melhor desempenho na margem intensiva do valor da produção. Por outro lado, as firmas menores apresentaram maior probabilidade de alterar o leque de produtos adicionando e retirando itens do escopo produtivo de forma simultânea.
Abstract: This work aims to analyze the impact of external shocks on the reallocation of resources in the Brazilian industry from 1996 to 2009. At first, we estimate the impact of China's share of growth in Brazilian imports on the probability of exiting market, on the change in employment on the relative use of production factors and also on productivity growth. Among the results, it is observed that China accounted for exiting Brazilian market firms and the most productive, who were in industries with higher input Chinese imports, more varied employment. It was also found that the entry of Chinese inputs had a positive impact on the variation in the productivity of Brazilian firms during the period. There is also evidence that firms that changed the main CNAE did toward less capital intensive industries and more intensive in unskilled labor. Secondly, we analyzed the differences of the characteristics of firms as multiproduct, multi-industry and multissetor. In addition, the strategies of Brazilian firms to add, remove, or otherwise change the product mix as well as the impacts of the international crisis of 2008/2009 on the choice of strategies. Data from the Annual Industrial Research Company and Product, made possible the analysis for the period 2005 to 2009. The results show that Brazilian firms alter the productive scope with frequency and these changes have significant impacts on the industry production value. It was also observed that, during the 2008 crisis were considered external shock, the exporting firms outperformed the intensive margin of production value. On the other hand, smaller firms were more likely to change the range of products by adding and removing items simultaneously the production scope
Assunto: China Comércio exterior
Brasil Indústrias
Brasil Comércio exterior
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9W2PRQ
Data do documento: 27-Fev-2015
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
tese_cedeplar_juliana_dias_alves.pdf838.42 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.