Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AARE5G
Tipo: Tese de Doutorado
Título: Heróis antigos e modernos: a falsificação para se pensar a história
Autor(es): Lorena Lopes da Costa
Primeiro Orientador: Jose Antonio Dabdab Trabulsi
Primeiro membro da banca : Fabio de Souza Lessa
Segundo membro da banca: Glaydson José da Silva
Terceiro membro da banca: Olimar Flores Junior
Quarto membro da banca: Jacyntho Jose Lins Brandao
Resumo: Falsificar é uma necessidade histórica. Tal necessidade histórica verifica-se em contextos nos quais a ruptura com o passado é tão pujante que algo familiar à tradição precisa ser mantido na comunicação de tal experiência. Esta tese elege dois desses contextos para analisar o processo de falsificação pelo qual passam as histórias de herói.Em comum, os dois contextos escolhidos têm como causa maior de seu choque com o passado a guerra (mais especificamente, o novo formato da guerra resultante das novas tecnologias de que ela dispõe). Do contexto da Guerra do Peloponeso, três peças são analisadas: Troianas (415 a. C.) e Helena (412 a. C.) de Eurípides e Filoctetes (409 a. C.) de Sófocles. Do segundo contexto, em território francês, a experiência da Grande Guerra dá nova estampa às aventuras de Odisseu, transformando-as em desventuras só cabíveis a quem experimentou o horror das trincheiras. Analisam-se, então, Elpénor (1926) de Jean Giraudoux; Naissance de l'Odyssée (1930) de Jean Giono; Les Aventures de Télémaque (1922) de Louis Aragon e Le Retour d'Ulysse (1921) de Valmy-Baysse. O estudo de cada uma das tragédias ou cada um dos romances busca apreender de que forma a atualizaçãodo herói e das histórias de herói está em diálogo com a guerra vivida. Deseja-se, a partir delas e da percepção das necessidades coevas, propor de que forma as velhas histórias, ao serem renovadas, participam desse processo de falsificação que as permite elaborar osdesafios do presente num código já conhecido, dando conta assim de formular e demarcar ao mesmo tempo o ineditismo da necessidade.
Abstract: Falsifying is a historical necessity. This historical necessity occurs in contexts in which the rupture with the past is so strong that something familiar to a long tradition must be preserved in the communication of such experience. This thesis chooses two contexts to analyze the falsification process through the hero stories. In common, both contexts have as the major cause of their confrontation with the past the war (morespecifically, the war's new format arising as new technologies become available). From the context of the Peloponnesian War, three tragedies are taken up as object: The Trojan Women (415 BC) and Helen (412 BC) by Euripides and Philoctetes by Sophocles (409 BC). From the second context, in France, the Great War places a new seal upon Odysseus' adventures, which are converted into misfortunes only applicable to someone who has experienced the trenches. The novels analyzed are: Elpénor (1926) by Jean Giraudoux; Naissance de l'Odyssée (1930) by Jean Giono; Les Aventures de Télémaque (1922) by Louis Aragon and Le Retour d'Ulysse (1921) by Valmy-Baysse. Each tragedy or each novel's study tries to figure out how the updating of the hero and his stories are in a close dialogue with the war. From them and from the perception of contemporary needs, we would like to propose how the old stories being updated participate in this falsification process that aids develop the current challenges in a code already known, presenting and endorsing the uniqueness of that necessity.
Assunto: Guerra
Falsificações
História
Heróis
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AARE5G
Data do documento: 11-Mai-2016
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
costa_lopes_lorena___tese___vers_o_final.pdf4.03 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.