Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8XTPMV
Tipo: Dissertação de Mestrado
Título: O direito das ruas: as culturas do graffiti e do hip hop como constituintes do patrimônio cultural brasileiro
Autor(es): Mariana Fernandes Gontijo
Primeiro Orientador: Monica Sette Lopes
Primeiro membro da banca : Miracy Barbosa de Sousa Gustin
Segundo membro da banca: Ana Beatriz Vianna Mendes
Resumo: A presente investigação buscou verificar, por meio da experiência de campo antropológica, em que medida os conteúdos e práticas artísticos e culturais do graffiti, bem como do hip hop, geram efetiva participação de seus autores no debate acerca do tratamento dado ao grafite em nosso ordenamento jurídico e demonstram ser ele expressão de nossa cultura, e não crime ambiental contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural. Pressupõe-se, a partir da concepção de práticas estéticas formulada por Jacques Rancière, que as práticas do graffiti e do hip hop na cidade têm caráter político e identitário, aptos a gerar a referida participação de suas culturas no debate acerca do tratamento jurídico dado ao grafite pelo direito formal. Por meio de um direito das ruas, que toma como base o pluralismo jurídico, verifica-se a inscrição do indivíduo na cidade, em sentido político, o que se dá justamente pela realização de suas culturas, tomadas, neste trabalho, separadamente, como as culturas do graffiti e do hip hop grupos culturalmente diferenciados, em sentido antropológico. A arte é o que o inscreve esse indivíduo na vida comum, na cidade, esteja ele outorgado ou não pelo Estado, sendo a partir dos próprios modos de vida artísticos do graffiti e do hip hop que se demonstra ser o grafite cultura, isto é, patrimônio cultural brasileiro que deve ser protegido pelo direito e, dessa forma, descriminalizado.
Abstract: Le but de cette recherche a été de vérifier, à travers une expérience anthropologique sur le terrain, dans quelle mesure les contenus et les pratiques artistiques et culturelles du graffiti, ainsi que du hip hop, créent une participation effective de leurs auteurs au débat sur le traitement donné au graffiti dans nos règles juridiques et sont une expression de notre culture et non un crime environnemental contre lordre urbain et le patrimoine culturel. On suppose, à partir de la conception de « pratiques esthétiques » formulées par Jacques Rancière, que les pratiques du graffiti et du hip hop dans les villes ont un caractère politique et identitaire, capables dengendrer cette participation de leur culture au débat sur le traitement juridique donné au graffiti par le droit formel. Au moyen du droit de la rue, basé sur le pluralisme juridique, on vérifie linscription de lindividu dans la ville, dans un sens politique, ce qui se produit justement par la création de ses cultures, envisagées séparemment dans ce travail, comme la culture du graffiti et du hip hop - des groupes culturellement différents, dans un sens anthropologique. Lart est ce qui inscrit cet individu dans la vie commune, dans la ville, quil soit autorisé ou non par lEtat. Cest à partir des modes de vie artistiques des graffiteurs et des auteurs du hip hop que lon peut démontrer que le graffiti est une culture, cest-à-dire, un patrimoine culturel brésilien qui doit être protégé par le droit et donc décriminalisé.
Assunto: Direito
Idioma: Português
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8XTPMV
Data do documento: 13-Ago-2012
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
disserta__o_mariana_fernandes_gontijo.pdf1.98 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.